segunda-feira, 29 de junho de 2015

Escândalo: o lobby das petroleiras que se transformou em projeto de lei – por Antonio Lassance


Escândalo: o lobby das petroleiras que se transformou em projeto de lei 


Plano do lobby das petroleiras estrangeiras revelado pelo Wikileaks mostra o entreguismo de José Serra: senador quer dar de bandeja o pré-sal. 

Entreguismo juramentado
O senador José Serra (PSDB-SP) transformou interesses do lobby das petroleiras estrangeiras em projeto de lei. Com o apoio de vários congressistas, conseguiu aprovar requerimento de urgência para que o projeto seja votado o quanto antes.

A proposta (Projeto de Lei do Senado 131/2015) permite excluir a Petrobrás do pré-sal e deixar a exploração do petróleo brasileiro exclusivamente por conta de empresas estrangeiras.

Na justificativa de seu projeto, ruge e urge o Senador:

“Torna-se imprescindível então a revogação da participação obrigatória da estatal no modelo de exploração de partilha de produção, bem como da condicionante de participação mínima da estatal de, ao menos, 30% da exploração e produção de petróleo do pré-sal em cada licitação.”

O entreguismo sequer nos poupou do sarcasmo. Bafeja que a permissão para excluir a Petrobras é para "ajudá-la" nesse momento difícil. O empurrãozinho é para tirá-la do jogo. Os campos podem vir a ser explorados com 100% de participação estrangeira e zero de presença da empresa brasileira.

Para os setores nacionalistas, a participação, mesmo que minoritária (30% da Petrobrás, no mínimo, e até 70% de outras empresas), é considerada essencial para se ter um mínimo controle sobre o real volume de Petróleo extraído, além do domínio fundamental que a Petrobrás exerce sobre a tecnologia de extração.

O regime de partilha também garante o conteúdo nacional que alimenta uma ampla rede de empresas brasileiras relacionadas direta ou indiretamente à economia do petróleo e gás. A mudança nas regras do jogo pode tirar de cena essas empresas e os respectivos empregos mantidos em nosso território.

É disso que se trata: manter ou entregar. É resgatar e fortalecer a Petrobras ou dela subtrair uma importante fonte de recursos.

Serra e as petroleiras estrangeiras: “nós”
Um vazamento feito pelo grupo Wikileaks (o Cable 09RIODEJANEIRO369) revelou que o lobby das empresas petrolíferas estrangeiras atuou pesadamente para, desde 2009, derrubar a proposta encaminhada pelo presidente Lula ao Congresso e aprovada sob muita polêmica, mas com uma correlação de forças, na época, mais favorável aos interesses nacionais. A correlação de forças agora mudou, e o lobby estrangeiro voltou à carga com toda força.

No Cable (a mensagem descoberta e vazada pelo grupo Wikileaks), José Serra aparece como interlocutor privilegiado do lobby petrolífero. O Cable tem origem no Consulado dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro. É classificado como confidencial seguindo o código 1.4(B) das regras de classificação de documentos do Departamento de Estado. O código é usado em informações relacionadas a governos de outros países e cujo vazamento possa significar "dano aos interesses nacionais" - dos Estados Unidos, bem entendido.

O Cable revela detalhes de conversas tidas com Serra quando este era, pela segunda vez, pretendente à Presidência da República. Serra já anunciava o mesmo simulacro de seu projeto atual no Senado: não se colocar publicamente contra o regime de partilha, mas apresentar emendas que, na prática, significassem sua reversão.

A julgar pelas mensagens reveladas, Serra fez mais do que apenas expressar sua posição. Agiu quase como um consultor das petroleiras estrangeiras, ao sugerir que uma boa saída seria boicotar os leilões do pré-sal. Se elas não fizessem ofertas, o modelo de partilha se revelaria um fracasso e forçaria o retorno ao antigo modelo de exploração.

Diz o texto em inglês, atribuindo a Serra a estratégia: "There will be no bid rounds, and then we will show everyone that the old model worked… And we will change it back". Um detalhe importante que não pode passar desapercebido, estampado na mensagem do Cable atribuída a Serra: ele se refere às petroleiras e ao PSDB como "nós". "Não haverá ofertas" (obviamente, ofertas das petroleiras estrangeiras nos leilões) "e então nós mostraremos a todos que o velho modelo funcionava… e nós vamos fazê-lo voltar."

Os ventos mudaram e o lobby quer ir à forra
Ao contrário da aposta do tucano e da maioria das empresas associadas ao lobby petrolífero estrangeiro, quando se fez o leilão do Campo de Libra (2013), localizado no litoral do Rio de Janeiro - até então, o maior da camada pré-sal , o resultado foi considerado um sucesso.

Coincidentemente, a maioria das gigantes do petróleo, as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas British Petroleum (BP) e British Gas Group (BG), cumpriram o combinado: não participaram. Seguiram a aposta de fazer o leilão fracassar.

Mas o lobby falhou e o consórcio vencedor teve a participação de uma das gigantes do petróleo, a Shell. Todo o plano arquitetado em 2010 tinha ido por água abaixo e uma das gigantes roeu a corda do lobby. A Chevron, que encabeça o lobby das petroleiras no Brasil, é a principal concorrente mundial da Shell. A Shell, por sua vez, comprou a BG e tornou-se a principal parceira da Petrobras.

Os ventos começaram a mudar desde que o Governo Dilma passou a sofrer fissuras em sua base de apoio; depois que o Congresso elegeu uma bancada ainda maior de parlamentares interessados em fazer negócios por meio da política; e a partir do exato momento em que José Serra retornou ao Senado.

A segunda empresa que mais gasta dinheiro em lobby do petróleo, nos Estados Unidos, a ultrareacionária Koch Industries, inclusive financia direitistas que estiveram à frente de protestos de 15 de março e 12 de abril deste ano, contra o governo Dilma.

A partir de agora, eles têm a faca e o queijo na mão - e não é para fazer a partilha com nenhum dos brasileiros, a não ser os que façam parte do seu lobby. A orgia do parlamentarismo de negócios testa a consciência dos brasileiros e sua disposição para reagir, antes que seja tarde demais.

(*) Antonio Lassance é cientista político.

Fonte: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Escandalo-o-lobby-das-petroleiras-que-se-transformou-em-projeto-de-lei/4/33849

Ataque a igreja frequentada por negros nos EUA deixa 9 mortos - por Latuff

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/40739/charge+do+latuff+ataque+a+igreja+frequentada+por+negros+nos+eua+deixa+9+mortos.shtml

Julian Assenge: como a NSA espionou Paris

Julian Assenge: como a NSA espionou Paris

Ainda exilado na embaixada do Equador em Londres, Assange falou, na noite de ontem (24/6) à rede de TV francesa RF1, no rastro do escândalo suscitado por suas revelações

Em revelação-bomba, que marca sua volta à cena global, criador do Wikileaks desvenda vigilância de Washington sobre três presidentes franceses, ministros, diplomatas, altos funcionários e parlamentares

Os Estados Unidos colocaram a República francesa sob escuta. Os presidentes François Hollande, Nicolas Sarkozy e Jacques Chirac, assim como numerosos ministros, altos funcionários, parlamentares e diplomatas, estiveram sob escuta, diretamente ou indiretamente, por quase uma década pelos serviços secretos norte-americanos, de acordo com documentos confidenciais da Agência de Segurança Nacional (NSA), obtidos pelo Wikileaks.

De acordo com as informações da NSA a que a Mediapart e o Libération, em conjunto com o WikiLeaks, tiveram acesso sob a operação de espionagem do Palácio do Eliseu [sede do governo francês], as interceptações foram instaladas de 2006 a 2012 – mas nada impede que tenham começado antes e não tenham continuado depois. Classificadas como “top secret”, as notas detalham a espionagem obsessiva da França pelos Estados Unidos em questões diplomáticas, de política local ou econômicas de todo tipo.
Que os Estados Unidos mantenham sob escuta os principais dirigentes de um país aliado como a França revela, para alguns, um segredo de polichinelo. A informação é agora comprovada por documentos originados no coração do aparelho de Estado dos EUA.

Sobretudo, os elementos que tornamos públicos a partir de hoje (veja aqui a análise dos documentos) revelam a magnitude até então insuspeita da espionagem estadunidense, desprovida de qualquer suporte judicial e controle real. Pois não são apenas os sucessivos presidentes da República que foram espionados nos últimos anos; todos os estratos do poder público foram, em um ou outro momento, alvo dos EUA, quer fossem ministros, conselheiros presidenciais e ministeriais, diplomatas, porta-vozes. Até mesmo dentro do Palácio do Eliseu, por exemplo, muitas linhas telefônicas (fixas ou celulares) foram grampeadas.

Já um pouco manchada pelas revelações do ex-agente Edward Snowden, a imagem da NSA e, com ele, a dos Estados Unidos, não deve sair engrandecida a partir destas novas revelações, que lançam uma luz crua sobre as práticas agressivas e injustas da maior potência mundial contra um país normalmente considerado “amigo”. Ao menos de fachada.

Procurada, a NSA não quis comentar.
Assim como seus dois antecessores de direita, o atual presidente socialista François Hollande não escapou à curiosidade dos grandes ouvidos de Washington. Um relatório de 22 de maio de 2012 da NSA fez explicitamente referência a uma conversa mantida quatro dias antes entre o recém-eleito presidente e seu primeiro-ministro na época, Jean-Marc Ayrault. A conversa gira em torno da vontade de François Hollande de organizar “consultas secretas” com a oposição alemã a respeito de uma possível saída da Grécia da zona do euro – um assunto ainda atual.
Os analistas da NSA evocam, no mesmo documento, a existência de “relatórios anteriores” relativos a entrevistas sobre a chanceler Angela Merkel. Isso sugere, portanto, que as interceptações do presidente francês pelos EUA têm sido constantes.

No Palácio do Eliseu afirmou-se na terça-feira (23/6) que, mesmo sem haver registro oficial desta conversa, ela é “bastante crível.” Mas a presidência da República não quis fazer qualquer comentário quanto ao mérito do tema, neste estágio. Na comitiva do presidente, contudo, diz-se que antes do encontro entre François Hollande e Barack Obama, em 11 de fevereiro de 2014, em Washington, em seguida a essa entrevista, “foi assumido o compromisso de não praticar mais escutas indiferenciadas dos serviços de Estado de um país aliado”.

O diretor geral do partido de Nicolas Sarkozi (LR, ex-UMP), Frédéric Péchenard, levou a informação para o ex-chefe de Estado, que “não pretende responder neste momento.”

Os documentos classificados como “top secret”
Como a maior parte dos documentos obtidos pelo WikiLeaks, o relatório de maio de 2012 da NSA, que tem como alvo François Hollande relava numerosas iniciais que, uma vez decifradas, dão a dimensão da natureza ultrassensível dos documentos revelados. Carimbadas como “top secret” (TS), essas notas discutem as informações obtidas por meio de interceptações eletrônicas (SI para SIGINT, ou seja “sinal inteligente”) e não deveriam ser, sob nenhuma circunstância, compartilhadas com um país estrangeiro (NF para NOFORN, sendo “nenhum estrangeiro”).

A nota sobre Hollande também é acompanhada, além de muitas outras, da menção “não convencional”, uma categoria particular da numenclatura na NSA, que corresponde à obtenção de documentos por meio de operações excepcionais.

Nesta mesma nota sobre Hollande, aparece uma pequena menção adicional, nem um pouco anódina: “Satélite Estrangeiro”. Este termo, FORNSAT abreviado, refere-se a uma rede mundial de estações de escutas da NSA espalhadas em países aliados dos Estados Unidos. Todas as suspeitas dirigem-se — sem que seja possível ter certeza absoluta — às antenas alemãs.

Nos últimos meses, a imprensa de fato revelou como o serviços secretos alemão, o BND, foi subcontratado para apoiar a espionagem norte-americana. Isso que gerou uma forte indignação na Alemanha e a abertura de um inquérito parlamentar que visa descobrir o tipo de decumento obtido pelo WikiLeaks.

Além do atual chefe do estado francês, outras personalidades francesas da alta cúpula foram vigiadas. De acordo com os documentos em nossa posse, que revelaremos nos próximos dias, o antigo presidente Nicolas Sarkozy e Jacques Chirac, o ex-ministro socialista da economia Pierre Moscovici (hoje é comissário europeu) e o ex-embaixador da França em Washington Pierre Vimont também foram espionados.

É preciso dizer que o apetite da inteligência norte-americana pela França revela enorme voracidade. Um outro documento confidencial (ver abaixo) da NSA, redigido sobre o ex-presidente Sarkozy (2007-2012), aponta a lista de alvos franceses definidos pelos EUA. Os dados são preocupantes. Foram espionados membros destacados da assessoria pessoal do então presidente, Nicolas Sarkozy: o conselheiro diplomático Jean-David Levitte, o secretário geral do governo Claude Guéant, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores Bernard Valero, o ex-ministro Jean-Pierre Jouyet (hoje secretário geral do governo), um dirigente da diplomacia não identificado, e o ministro do Comércio Exterior Pierre Lellouche.
A lista de alvos franceses estabelecidos pela NSA sobre o presidente Sarkozy

Para Claude Guéant, antigo secretário geral do governo e ex-ministro do interior, “esta prática é escandalosa”. “O governo francês deve reagir de forma apropriada. No mínimo, é necessário uma explicação em alto nível, colocando um compromisso absoluto para acabar com essas práticas. Estamos caminhando em direção a um mundo que é extremamente preocupante, onde ninguém mais tem intimidade ou confidencialidade”, queixa-se o assessor próximo de Nicolas Sarkozy.

“Se os americanos espionaram Merkel, por que os outros não teriam sido grampeados?”, comentou Frédéric Péchenard, ex-chefe da policia nacional e atual diretor geral dos Republicanos. “Mas se quisermos ser capazes de nos defender, precisamos que nossos serviços estejam à altura. Precisamos de meio técnicos, humanos e jurídicos mais eficazes. Ser vigiado por aqueles que deveriam ser nossos aliados, pode causar um problema diplomático”, frisa ele.

“Eu, que era um grande amigo dos EUA, sou cada vez menos”, disse o deputado Pierre Lellouche ao Midiapart. “Não estou surpreso. Não me surpreende de ter sido vigiado enquanto estava no Comércio Exterior, porque a espionagem industrial interessa muito aos norte-americanos. Sempre temos esse tipo de conversações. Agora, retrucam com o argumento no âmbito da lei sobre inteligência: nós vigiamos a todos, por que nos impedir de vigiar? Vigiamos todos em qualquer lugar. Infelizmente, vou ter que dizer à Assembleia Nacional, que estamos inseridos num império global construído no plano econômico, onde os EUA não hesitam em conectar as redes da CIA, NSA, e também a justiça norte-americana, que na sequencia amarra o processo. Eu denunciarei isso sem parar”, acrescenta.

Segundo os documentos da NSA, telefones fixos de conselheiros africanos a serviço do governo francês e os ministérios da Agricultura e das Finanças foram igualmente grampeados. Encontramos também uma lista de alvos conectados â antena do Centro de Transmissão Governamental (CTG), situado no Palácio do Eliseu. Este é responsável de assegurar a “defesa secreta”, em permanente contato com o governo e particularmente com os chefes de Estado e o primeiro-ministro. Em outro número, referido com o título “FR VIP AIRCRAFT REL”, reenvia para verificação uma linha da frota aérea governamental, o ETEC [French Air Force], ligado a Força Aérea.

Au-delà du scandale que peut susciter aujourd’hui cet espionnage américain, la facilité avec laquelle les États-Unis paraissent pouvoir intercepter la moindre conversation des plus hauts dirigeants français interroge aujourd’hui la faiblesse des capacités de contre-ingérence des services de renseignement français. À ce propos, l’Élysée a coutume de rappeler que sur les questions diplomatiques et militaires, il n’y a jamais eu de fuite quelle qu’elle soit, précisant que s’agissant des sujets les plus sensibles, toutes les précautions sont prises. Jusqu’à preuve du contraire.

Além do escândalo que pode suscitar, a espionagem norte-americana demonstra a facilidade com a qual os EUA podem interceptar qualquer conversa do mais alto escalão francês, diante da questiona fraca capacidade dos serviços da contra-inteligência francesa. A este respeito, o governo francês costuma lembrar que nas questões diplomáticas e militares, nunca houve vazamento de nenhuma natureza, acrescentando que nos casos mais sensíveis, são tomadas devidas precauções. Até que prova em contrário…

Por Julian Assange, Fabrice Arfi e Jérôme Hourdeaux, no Miadiapart | Tradução: Inês Castilho e Cauê Ameni

Fonte: http://outraspalavras.net/destaques/julian-assange-como-a-nsa-espionou-paris/

sexta-feira, 19 de junho de 2015

FEIRA SAMBAQUI - Dia 20 de Junho de 2015 - FANZINE AVISO FINAL - 25 ANOS!

Queridos amigos!

No próximo sábado, dia 20 de junho, estarei na FEIRA SAMBAQUI.
 
Lá divulgarei meu livro FANZINE NA EDUCAÇÃO e lançarei oficialmente a edição # 33 do fanzine AVISO FINAL, que completará 25 anos em setembro!
 
A feira contará, dentre vários convidados, com as presenças dos amigos e autores Márcio Sno, Zhô Bertholini e Jurema Barreto.
 
Abraços!
Renato

FEIRA SAMBAQUI
Dia 20 de Junho de 2015
das 9h às 16h
Biblioteca Municipal Paul Harris
Rua Augusto de Toledo, 255
São Caetano do Sul - SP
 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

[EUA] Comunicado sobre a saúde de Mumia Abu-Jamal - por ANA



[EUA] Comunicado sobre a saúde de Mumia Abu-Jamal
Estimados amigos e amigas:

Os seus telefonemas, e-mails e cartas ao Departamento de Correções (DOC), a prisão SCI Mahanoy, e ao governador da Pensilvânia salvaram a vida de Mumia. Neste processo, também destacamos a crise e o péssimo atendimento médico para milhares de homens e mulheres nas prisões dos Estados Unidos.

Desde março deste ano, Mumia esteve na enfermaria da prisão três vezes e duas vezes em um hospital fora da prisão. No entanto, estamos preocupados pois até hoje não temos um diagnóstico de seus muitos problemas de saúde. Apesar de uma aparente melhora, Mumia quase sempre tem de usar uma cadeira de rodas para ir de um lugar para outro, tem as pernas e tornozelos muito inchados e ainda tem uma afecção de pele, embora não esteja tão extrema como antes. Dada a experiência de Mumia de quase morrer há dois meses, complicado com esses problemas que não são resolvidos, a falta de um diagnóstico o deixa em perigo clínico.

Outro problema, relacionado com a sua saúde, é que o DOC se recusa a entregar a Mumia, a sua esposa e a seus advogados os registros hospitalares que têm direito a receber. O DOC argumenta que não tem nenhuma razão para entregar os registros por causa da ação movida pelos advogados de Mumia que acusa o DOC de inconstitucionalmente proibir o acesso de Mumia a visitas com seus advogados e sua esposa durante sua última internação. Mas a violação dos direitos de Mumia para ter acesso aos registros médicos é ilegal. Os advogados entraram com um forte protesto.

Pedimos a todas as pessoas que apoiam Mumia que liguem, enviem e-mails, ou escrevam cartas para o DOC e o governador da Pensilvânia, para exigir o seguinte:

1. Liberar Mumia Abu-Jamal.
Mumia nunca deveria ter sido preso, em primeiro lugar. Ele nunca recebeu um julgamento imparcial e há muitas provas de sua inocência. Em vista da crise de saúde que ameaça sua vida e o tratamento desastroso que ele recebeu do DOC, ele não pode permanecer na prisão por mais um dia. É imperativo que o liberem para que ele possa obter um bom diagnóstico e um tratamento por uma equipe de médicos independentes e competentes.

2. Divulgar os registros médicos de Mumia.

O DOC se recusa a divulgar os últimos registros de Mumia. A ação arbitrária e ilegal do DOC, em retaliação a uma demanda apresentada pelos advogados de Mumia, põe Mumia em perigo ao reter informações essenciais para o seu tratamento.

3. Permitir que os médicos independentes de Mumia tenham acesso regular a ele para que possam desenvolver um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

4. Liberar o Major Tillery (#AM 9786) do isolamento prolongado em uma cela da prisão SCI Frackville. Antes de Mumia entrar em choque diabético em março deste ano, um preso solidário, Major Tillery, enfrentou o Superintendente da prisão SCI Mahanoy John Kerestes para perguntar se as autoridades da prisão iriam permitir que Mumia morresse. Em retaliação, Major Tillery foi transferido para a prisão SCI Frackville, em confinamento solitário durante seis meses sob acusações forjadas. Essa punição é parte de uma longa prática de retaliação por parte do Estado contra qualquer pessoa que defenda Mumia. Major Tillery tinha começado a recolher informações e comparar a devastadora condição da pele de Mumia com problemas de pele sofridos por outros presos na prisão SCI Mahanoy.

International Concerned Family and Friends of Mumia Abu-Jamal

International Action Center

Educators for Mumia Abu-Jamal

Free Mumia Abu-Jamal Coalition (NYC)

Campaign to Bring Mumia Home

Prison Radio

MOVE
• Secretário, Pennsylvania Department of Corrections
John Wetzel 
Telefone:  001  717 728 4109, 001 717 728 2573


• Governador Tom Wolf
Telefone:  001  717 787 2500
                                                             
E-mail: governor@pa.gov

Conteúdo relacionado:

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À sombra, num banco,

folha cai suave

sobre meu cabelo branco
Winston

Após escândalo de corrupção na Fifa, CBF entra na mira - por Latuff

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/40599/charge+do+latuff+apos+escandalo+de+corrupcao+na+fifa+cbf+entra+na+mira.shtml