quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Previsão do tempo para os professores gaúchos - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

(Israel) Um leilão de arte para defender o grupo "Anarquistas Contra o Muro" - por ANA

(Israel) Um leilão de arte para defender o grupo "Anarquistas Contra o Muro"
 
O grupo anarquista precisa de um milhão de shekels para pagar honorários advocatícios em sua luta contra o Estado sionista e encontrou na arte uma maneira de arrecadar fundos, com obras doadas por artistas solidários.

Anarquistas Contra o Muro - conhecido grupo anarquista contra à construção de barreiras na fronteira com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza - encontrou uma maneira de se financiar: leiloando obras de arte.

Este grupo, cujos membros são frequentemente detidos e perseguidos de diversas formas pelo aparato judiciário-repressivo, encontrou no leilão de arte uma maneira de cobrir os honorários advocatícios (que não são poucos). Apesar de seus advogados cobrarem taxas reduzidas, a contas se acumulam e chegam a um total de 1 milhão de shekels (cerca de 280.000 dólares). Graças a artistas como Sigalit Landau, que doou várias obras, estes anarquistas encontram gênero que vender. Esta fórmula de financiamento é inspirada em diversas ONGs que fazem isso há anos.

Recentemente, membros do grupo anarquista foram se aproximando de artistas e galerias, pedindo doações de obras para uma exposição de venda, em troca de 25% do preço final. Cerca de 100 artistas concordaram em participar - alguns internacionalmente conhecidos como Landau, David Reeb e David Tartakover. Juntos, doaram mais de 150 obras, com um preço médio de 280 dólares. Embora cada artista decida que trabalho doar, muitos deles aproveitaram e cederam obras de caráter político claro, o que dá mais interesse para o leilão. A maioria dos artistas-doadores é de origem israelense, embora a exposição também inclua obras de ativistas e artistas palestinos que começaram sua carreira fotografando manifestações em suas aldeias.

Por uma "questão de princípio", Anarquistas Contra o Muro carece de personalidade jurídica, de modo que, para fazer a venda, um dos organizadores, Kobi Snitz, informou que chegou a um acordo com a ONG israelense Mulheres pela Paz, e a estadunidense Justiça Global. Segundo Snitz, esperam arrecadar 50.000 dólares através da venda e transformar este leilão em um evento anual.

A exposição será realizada na escola de arte Minshar em Tel Aviv e abrirá ao público em 29 de agosto. Os trabalhos também podem ser comprados online.

Veja as obras deste leilão aqui:


Mais informações (em Inglês) sobre o leilão aqui:


Anarquistas Contra o Muro:


agência de notícias anarquistas-ana

na teia de aranha
pernilongo desafina
fim da picada

Cachone

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A paz dos cemitérios das UPPs no Rio - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

[EUA] Sacco e Vanzetti por Mumia Abu-Jamal - por ANA



[EUA] Sacco e Vanzetti por Mumia Abu-Jamal

[Evento comemorativo será realizado na Biblioteca Antiautoritária Sacco e Vanzetti¹, em Santiago do Chile, nesta sexta-feira, 23 agosto.]

Sacco e Vanzetti

Já se passaram 86 anos desde a eletrocussão de dois anarquistas de origem italiana em 23 de agosto de 1927, em Massachusetts.

Ferdinando Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, foram acusados de assassinar dois homens durante um assalto à mão armada de uma fábrica de sapatos em South Braintree, Massachusetts, em 1920. Várias pessoas depuseram em vários lugares, sobre a data e hora do roubo e dos assassinatos. De acordo com estas testemunhas, Sacco estava no extremo norte de Boston, e Vanzetti, em Plymouth. Mas tais testemunhos foram em vão. Tanto o juiz quanto a imprensa destacaram o pensamento anticapitalista e anarquista dos acusados, que foi apresentado como prova não só de seu radicalismo, mas de culpa.

Houve consideráveis evidências conflitantes sobre balística e testemunhas oculares, mas todas foram irrelevantes.

Sim, é verdade que, quando presos, os dois homens deram nomes falsos, provavelmente por temer a deportação. Além disso, eles andavam armados. Ao serem pressionados no tribunal para dizer por que portavam armas, explicaram que eram anarquistas e, ao fazer isso, talvez alentaram os prejuízos do júri ainda mais.

Quando os dois homens apresentaram petições de demissão depois de condenados para conseguir um novo julgamento, como esperado, o juiz Webster Thayer disse a um professor da Universidade de Dartmouth: "Você viu o que eu fiz para aqueles bastardos anarquistas alguns dias atrás?" O que ele fez foi negar um novo julgamento.

Entre as muitas pessoas que apoiaram Sacco e Vanzetti, uma foi o professor de Direito na Universidade de Harvard, Felix Frankfurter, que mais tarde tornou-se juiz da Suprema Corte da Nação. Ele escreveu um artigo que mostrou a sua inocência, que foi publicado na revista The Atlantic.

Em seu discurso no tribunal, Vanzetti fez as seguintes observações comovedoras: "Eu fui forçado a conter as lágrimas dos meus olhos e segurar a batida do meu coração na minha garganta para não chorar diante dele. Mas o nome de Sacco vai viver nos corações das pessoas como seu. Suas leis, suas instituições e seu falso deus não são mais do que uma vaga lembrança de um passado maldito em que o homem era lobo do homem".

Sacco e Vanzetti foram executados em 23 de agosto de 1927.

Em 1977, o governador de Massachusetts emitiu uma proclamação exonerando os dois anarquistas - 50 anos depois de sua eletrocussão.

Da nação encarcerada, sou Mumia Abu-Jamal.

O áudio para ouvir a voz de Mumia, aqui:


[1] A Biblioteca e Centro Social Sacco e Vanzetti havia existido como okupa antes de vários membros do grupo serem presos em uma caça à anarquistas em agosto de 2010, resultando em um processo conhecido na imprensa como o "Caso Bombas". Depois de 9 meses em uma prisão de segurança máxima, uma greve de fome de 65 dias e um julgamento que durou seis meses, foram absolvidos de todas as acusações de conspiração e associação terrorista. Em 14 de agosto passado inaugurou as novas instalações da biblioteca, onde se encontra como parte de seu acervo um livro de Mumia Abu-Jamal, “Queremos liberdade: Uma vida com os Panteras Negras”.

agência de notícias anarquistas-ana

insônia:
uivo de lobos
nas pupilas

Cláudio Daniel

CIA assume envolvimento no golpe de Estado no Irã em 1953 - Esquerda.net



CIA assume envolvimento no golpe de Estado no Irã em 1953
Os serviços secretos americanos reconheceram publicamente que estiveram diretamente envolvidos no golpe de Estado que derrubou o primeiro-ministro Mohamed Mossadegh, democraticamente eleito em 1951. O ex-primeiro-ministro queria o controle público dos recursos naturais do país, como o petróleo, o que lhe valeu muitas inimizades no Ocidente.

A CIA reconheceu explicitamente que esteve por detrás do golpe de Estado que derrubou o primeiro-ministro iraniano Mohamed Mossadegh em 1953, segundo documentos publicados no passado domingo pelo Arquivo da Segurança Nacional.

Ainda que a agência tenha já difundido uma versão da sua intervenção nesses acontecimentos em 1981, esta é a primeira vez que se faz referência concreta ao seu envolvimento no planejamento e na execução do golpe.

O nome de código da operação da CIA era TPAJAX e nunca tinha sido mencionada nos documentos revelados pela agência em 1981. “As participações do Reino Unido e dos Estados Unidos sempre foram do domínio público e está bem documentada, mas esta é a primeira vez que a CIA reconhece que ajudou a criar e a levar a cabo o golpe de Estado”, assinala o Arquivo.

A operação TPAJAX incluía o uso de propaganda para minar a credibilidade política de Mossadegh, com a colaboração do Xá, o suborno a vários membros do Parlamento, a organização de forças de segurança e a incitação a manifestações e protestos.

A iniciativa prevista em TPAJAX falhou, mas finalmente todos que de alguma maneira compartilhavam o interesse em derrubar o primeiro-ministro, conseguiram coordenar e juntar as suas forças com sucesso a 19 de agosto.

“A nova propaganda acusa o primeiro-ministro de se fazer passar pelo “salvador do Irã” e admite que em vez disso construiu um amplo aparelho de espionagem para o qual capturou todos os setores da sociedade, desde o Exército à imprensa, passando por políticos e líderes religiosos. Mostram-se imagens da sua suposta aliança com os bolcheviques sob o lema: “É esta a maneira como pretendes salvar o Irã, Mossadegh? Sabemos o que queres salvar, queres salvar a ditadura de Mossadegh!”, lê-se nos documentos revelados sobre as operações de propaganda previstas no TPAJAX.

O novo papel da agência no golpe deu-se a conhecer na véspera do 60º aniversário da expulsão do poder de Mossadegh, eleito democraticamente como primeiro-ministro do Irã em 1951. O seu sucessor, o general Fazlollah Zahedi, foi imposto através de uma decisão conjunta dos serviços secretos britânicos MEU6 e da CIA.

“Aplaudimos a decisão da CIA em tornar acessível ao público estes documentos. A nova informação demonstra claramente que este material poderia se ter desclassificado perfeitamente há muitos anos sem nenhum perigo para a segurança nacional”, defende o Arquivo.

Durante muitos anos, membros da CIA asseguravam que os relatórios relativos ao sucedido no Irão nessa data tinham sido destruídos e extraviados em 1960. No entanto, nos últimos anos, várias publicações provaram o envolvimento da CIA e inclusive dois presidentes, Bill Clinton e Barack Obama, reconheceram a intervenção dos Estados Unidos da América no derrube de Mossadegh.

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Denise Stoklos leva à reflexão em 'Carta ao Pai' – por Davi Brandão




Denise Stoklos leva à reflexão em 'Carta ao Pai'


“Teatro é considerado quase a forma embaixadora de um país, pois mostra como  ele é”. A explicação anunciada é de Denise Stoklos, nome de referência na cena teatral brasileira, durante entrevista à nossa reportagem. "Mas isso está longe de ser visto aqui, em especial pelos meios que deveriam ver isso, como o Ministério da Cultura, Secretarias de Cultura, os governos”, completou Denise.

Em comemoração aos 45 anos de carreira, a paranaense que se transferiu para São Paulo no final dos anos 70 estreia na noite desta sexta-feira seu novo espetáculo solo “Carta ao Pai”, baseado na obra homônima de Franz Kafka. Em cartaz no palco Teatro Anchieta, no Sesc Consolação (R. Dr. Vila Nova, 245, na Vila Buarque, o público poderá conferir até o dia 29 de setembro o trabalho da artista reconhecida no mundo pela criação do método Teatro Essencial, que leva o público à reflexão e destaca a essência do teatro que pode ser feito de todos os modos, porém não sem a presença de um ator.

Em tom de acerto de contas,  mas nunca entregue ao seu destinatário,  a carta de Franz Kafka a seu pai, Herman, um comerciante austero e tirânico, tornou-se um clássico da literatura universal. Publicada em 1919 e, desde então, exaustivamente examinada por críticos e pesquisadores, traduz com profundidade singular o universo kafkiano e sua extrema capacidade de análise e argumentação sobre as relações humanas. “No Teatro Essencial o ator é o fundamento da cena e sua contingência política é o ponto de interpretação. Nesta “Carta ao Pai”, não é necessário fantasiar o texto ou envolvê-lo de aspectos de 1919. A busca é justamente por entregar alguns fragmentos de forma que a plateia os receba como atualizantes”, destaca.

Segundo a autora, diretora e atriz, que se especializou em mímica em Londres, em 1979, um momento importante, pois o espetáculo reflete os tempos atuais do Brasil que acordou e está nas ruas. Acompanhe o bate-papo:

Quando é observado este dom para o segmento da arte?
Desde muito pequena. Creio que desde quando tenho percepção de estar viva faço teatro. Como isso? Escrevendo, dirigindo, coreografando, iluminando, interpretando, sempre para contar alguma coisa que me tocou emocionalmente e isso sempre percebi. Depois comecei a fazer isso profissionalmente. Estudei Ciências Sociais, na Universidade Católica e Jornalismo, na Universidade Federal, áreas que me levaram a ter um approach muito grande de sociologia dos meus temas e de jornalismo, por fazer uma comunicação de tudo que estava me tocando.

As formações acadêmicas também explicam o engajamento político observado em suas montagens?
Comecei profissionalmente em 1968, com 18 anos, quando cursava o segundo ano de ambos os cursos. Claro, que o momento político da época me trouxe uma noção de engajamento político e meu trabalho não pode deixar de ser relacionado e baseado nas questões sócio, políticas e econômicas, como é feito até hoje. Logo desenvolvi este trabalho do modo que eu desejei, com o jeito que eu queria fazer, de me mexer no palco, a luz, as músicas. Fiz algo que depois dei o nome de Teatro Essencial.

Comente um pouco mais sobre este método.
Depois de muito tempo este Teatro Essencial, após muitas peças foi reconhecido nos Estados Unidos, e fui convidada para dar aulas por lá. Na verdade, o conceito do Teatro Essencial é de que o que se passa no palco não é uma ficção, pois o espectador não assiste como um voyeur (somente olhando pelo buraco da fechadura), mas neste teatro que eu faço o espectador é que dá o sentido, ele quem dirá o que está acontecendo. Apresento em diversas camadas sociais, da mais simples a literal, e cada um lê de acordo com quer ler e pode. Um modo que chamo de fricção, onde não existe uma historinha. Sempre dou o exemplo, que para fazer o “Padre Antônio Vieira” eu não coloco a batina, não faço trejeitos de quando fazia seus sermões, não faço os cenários do Maranhão, mas sim entro com o palco nu e com uma roupa de exercícios, e como eu mesmo, como mulher falo o texto. O público ao ver e perceber pelo instrumento da cena que é o ator e torna o texto atual e atualizante. Ele não assiste de fora, mas sim participa e autêntica como verdadeiro ou não. Não é de mentira o teatro que faço, mas sim uma espécie de dever da dona.

Poderia ser definido como um teatro de simplicidade, mas com a compreensão da mensagem?
Exatamente. Totalmente simples que não tem enfeites que é feito com a base do teatro. Um teatro sem texto ainda existe, um teatro sem luz ainda existe, um teatro se cenário ainda existe, um teatro sem som ainda existe, mas um teatro sem ator não é teatro. O teatro é ator, e o que ele tem como instrumento, o corpo, a voz e essa parte que vai organizar o corpo a voz, que é a sua inteligência, sua memória afetiva, suas escolhas ideológicas, sua intuição. E com isso se faz o teatro, que não é um passatempo, mas sim um ganha tempo, onde a pessoa vai para refletir sobre a natureza humana.
Na verdade não existe entretenimento, como é trabalho o teatro atual?

Não é entretenimento. Não tem como entreter-se, pois o espectador tem que ler o que está acontecendo. Ele tem que dar um sentido para aquilo que está vendo, pois não tem enfeites, histórias. Tem que se identificar  com aquilo. As pessoas precisam refletir. O teatro se faz necessário. Por isso que se diz “pão e circo”, pão para o alimento e o circo [teatro] para reflexão. Inclusive na Grécia Antiga os médicos receitavam pessoas de teatro para as pessoas melhorarem a compreensão de justiça ou altivez da vida. É algo sagrado e não entretenimento. Hoje é ruim pois é considerado supérfluo, e muitos que fazem correm para a televisão, vislumbrando o financeiro.
Muitos especialistas discutem o teatro atual. Você acredita que muitos dos problemas são reflexos desta perda de essência

Não acho que tenha perdido. Na verdade é que as manchetes sempre dizem que está morrendo. Mas isso hoje, ontem, o ano passado, sempre foi dito isso. Isso porque ele não possui produto, pois ele não é defendido por ninguém. Ele não paga para ninguém o suficiente para ele fazer aqui. Ele produz reflexão e isso não é produto, não é commodity. Ele vai sobrevivendo porque tem alguns apoiadores. Por isso temos que festejar quando chegamos aos 45 anos de profissão e o jovem tem que ver que mesmo diante de muita luta é possível fazer teatro e nem sempre é necessário se esconder na televisão

E você sempre se manteve do teatro? Recebeu convites para esse esconderijo chamado televisão?
Sou privilegiada e com essa oportunidade que tive de ter uma carreira internacional me beneficiou. Também o método construído foi importante. Tive minha valorização que me abriu muitas chances. Tenho um apoiador que é o Sesc, uma das mais importantes entidades do País. Não somente recebi, como fiz minha experiência na televisão. O Abujamra diz que todo ator tem que fazer uma novela na vida e eu já fiz uma, na TV Bandeirantes. Na televisão você tem um patrão, você fica preso àquilo e você perde o seu eu. Felizmente consigo manter minha carreira no teatro.

Algumas pessoas criticam o público, pois ainda o vê muito distante do teatro. Qual sua avaliação sobre isso?
Vivemos em um país cheio de contrastes, onde temos falta de escolas, de hospitais, de transporte. E claro que o teatro se torna uma coisa supérflua e difícil e nem todos tiveram a oportunidade de estar em uma sala de teatro. Isso é diferente na Escandinávia, por exemplo, pois lá a vida social é resolvida.
Você também destaca a juventude, comente sobre o jovem brasileiro deste imenso Brasil.
Eles são maravilhosos. O bom é que continuam fazendo teatro, algo de vanguarda. Talvez seja neste tempo de comunicação virtual, a única que irá permanecer, pois é a oportunidade de gente viva se encontrar com gente viva.

Nesta sexta-feira, um dos presentes destes 45 anos de trajetória é a estreia do espetáculo “Carta ao Pai”, certo? Comente sobre este texto, que traz ao brasileiro um texto refletido no mundo, com fragmentos de Franz Kafka.
“Carta ao Pai” é um texto muito importante do Kafka, pois ele inaugurou a literatura e o jornalismo moderno. Este texto serve muito ao meu teatro, pois fazer o filho aqui para mim, não é aquele que morava na  Tchecoslováquia, que teve um pai severo. O filho é um ser brasileiro que é maltratado pelo pai, que é o Estado. Aqui o filho fala para o pai, o que ele fez com ele. Como o espanca moralmente e quanto é difícil para ele ter uma vida de pé com toda essa repressão e opressão daquele que deveria estar defendendo este homem brasileiro. Então como eu não faço ficção, aqui a gente assiste nós todos, o ser brasileiro falando, se manifestando, apontando o que o sistema faz com a gente. A Carta ao Pai foi uma carta escrita onde ele denunciava tudo isso, nada de choro, mas sim como muita ação, de renúncia que sua mãe nunca deixara entregar ao seu pai, que nunca a leu. Mas todo o mundo leu.

O texto pode servir de reflexão para o atual momento vivenciado pelo Brasil, que decidiu ir às ruas para lutar pelos direitos sociais?
Com certeza. É completamente aplicado a isso. Estamos apontando: não suba os vinte centavos  no ônibus, não faça isso, pois impede que consigamos melhorar o Produto Interno Bruto, em virtude deste desvalidando aplicado por aqueles que estão no comando. Então “Carta ao Pai” vem muito em um momento apropriado que o Brasil vive.