sexta-feira, 30 de maio de 2014

Catraca livre é prejuízo direto ao patrão. Pergunte ao @geraldoalckmin - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

200 years of Mikhail Bakunin - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

Para calcular o futuro - Por José Luis Fiori


Para calcular o futuro
Busca de novo papel internacional, pelo Brasil, impõe riscos. Enfrentá-los exigirá enorme inventividade, mas acovardar-se seria trágico. E já não há como voltar atrás
 
As “grandes potências” se protegem coletivamente, impedindo o surgimento de novos estados e economias líderes,
através da monopolização das armas, da moeda e das finanças,
da informação e da inovação tecnológica. Por isto, uma “potencia emergente”
é sempre um fator de desestabilização e mudança do sistema mundial,
porque sua ascensão ameaça o monopólio das potências estabelecidas.
J.L.F. História, Estratégia e Desenvolvimento. Para uma Geopolítica do Capitalismo
Editora Boitempo, 2014, SP ( no prelo )

No Século XX, o Brasil deu um passo enorme e sofreu uma transformação profunda e irreversível, do ponto de vista econômico, sociológico e político. No início do século, era um país agrário, com um estado fraco e fragmentado, e com um poder econômico e militar muito inferior ao da Argentina. Hoje, na segunda década do século XXI, o Brasil é o país mais industrializado da América Latina, e a sétima maior economia do mundo; possui um estado centralizado e democrático, uma sociedade altamente urbanizada – ainda que desigual — e é o principal player internacional do continente sul-americano. Além disso, é um dos países do mundo com maior potencial de crescimento pela frente, se tomarmos em conta seu território, sua população e sua dotação de recursos estratégicos, sobretudo se for capaz de combinar seu potencial exportador de commodities com a expansão sustentada do seu próprio parque industrial e tecnológico. 

Tudo isto são fatos e conquistas inquestionáveis, mas estes fatos e conquistas colocaram o Brasil frente a um novo elenco de desafios internacionais, e hoje, em particular, o país está enfrentando uma disjuntiva extremamente complexa. As próprias dimensões que o Brasil adquiriu, e as decisões que tomou no passado recente, colocaram o país dentro do grupo dos estados e das economias nacionais que fazem parte do núcleo de poder do “caleidoscópio mundial”: um pequeno número de estados e economias nacionais que exercem – em maior ou menor grau – um efeito gravitacional sobre todo o sistema, e que são capazes, simultaneamente, de produzir um “rastro de crescimento” dentro de suas próprias regiões. Queiram ou não queiram, estes países criam em torno de si “zonas de influencia”, onde têm uma responsabilidade política maior que a dos seus vizinhos, enquanto são chamados a se posicionar sobre acontecimentos e situações longe de suas regiões, o que não acontecia antes de sua ascensão. Mas ao mesmo tempo, os países que ingressam neste pequeno “clube” dos países mais ricos e poderosos tem que estar preparados, porque entram automaticamente num novo patamar de competição, cada vez mais feroz, entre os próprios membros desse “núcleo” que lutam entre si para impor a todo o sistema, os seus objetivos e as suas estratégias nacionais de expansão e crescimento.
Neste momento, o Brasil já não tem como recuar sem pagar um preço muito alto. Mas por outro lado, para avançar, o país precisará de uma dose extra de coragem, persistência e inventividade. Além disto, terá que ter objetivos claros e uma coordenação estreita, entre as agencias responsáveis pela política externa do país, envolvendo a sua diplomacia, a sua política de defesa, articuladas com sua política econômica e com sua política de difusão global de sua cultura e dos seus valores. E o que é mais importante, o Brasil terá que sustentar uma “vontade estratégica” consistente e permanente, ou seja, uma capacidade social e estatal de construir consensos em torno de objetivos internacionais de longo prazo, junto com a capacidade de planejar e implementar ações de curto e médio prazo, mobilizando os atores sociais, políticos e econômicos relevantes, frente a cada situação e desafio em particular. 

Mais difícil do que tudo isto, entretanto, será o Brasil descobrir um novo caminho de afirmação da sua liderança e do seu poder internacional, dentro e fora de sua zona de influencia imediata. Um caminho que não siga o mesmo roteiro das grandes potências do passado, e que não utilize a mesma arrogância e a mesma violência que utilizaram os europeus e os norte-americanos para conquistar, submeter e “civilizar” suas colônias e protetorados. Em segundo lugar, como todo país que ascende dentro do sistema internacional, o Brasil terá que questionar de forma cada vez mais incisiva, a ordem institucional estabelecida e os grandes acordos geopolíticos em que se sustenta. Mas o Brasil terá que fazê-lo sem o uso das armas, e através de sua capacidade de construir alianças com quem quer que seja desde que mantenha seus objetivos e valores, e consiga expandir-se e conquistar novas posições dentro da hierarquia política e econômica internacional. 

Este objetivo já não obedece mais a nenhum tipo de ideologia nacionalista, nem muito menos a qualquer tipo de cartilha militar, obedece a um imperativo “funcional”’ do próprio “sistema interestatal capitalista”: neste sistema, “quem não sobe cai”1. Mas ao mesmo tempo, “quem sobe”, tem que estar preparado, porque será atacado e desqualificado inevitavelmente e de forma cada vez mais intensa e coordenada, dentro e fora de suas próprias fronteiras, caso não se submeta à vontade estratégica dos antigos donos do poder global. Em qualquer momento da história, é possível acovardar-se e submeter-se. Mas atenção, porque o preço desta humilhação será cada vez maior e insuportável para a sociedade brasileira.
__
1
Elias, N. O Processo Civilizador, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, vol 2, p: 134
Fonte: http://outraspalavras.net

terça-feira, 27 de maio de 2014

Marine Le Pen e a vitória da extrema direita na França - por Latuff

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/35425/charge+do+latuff+marine+le+pen+e+a+vitoria+da+extrema+direita+na+franca.shtml

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A misteriosa desaparição do subcomandante Marcos - Por Isaín Manjuano


A misteriosa desaparição do subcomandante Marcos
Zapatista anuncia que seu personagem “foi uma máscara” e deixou de ser necessário. Resta dúvida: ele sairá de cena? Ou se converterá em Subcomandante Galeano?

Meu imaginário militante foi forjado pelo personagem Marcos. Seu autor (não importa quem ele seja) construiu conscientemente um arquétipo muito poderoso quando vestiu um passa-montanha e afirmou: a história nãoacabou, nem nunca acabará. Da Selva Lancadona, no México, emitia seus comunicados, belíssimos textos de inestimável valor político e estético, que nós, ainda adolescentes, sorvíamos por meio das traduções do Emílio Genari. O nosso guerrilheiro ideal era um escritor que fazia uso da nascente internet para chegar a corações e mentes do mundo todo. E era também o SUP, porque o comando sempre esteve nas mãos do povo, dos indígenas de Chiapas. Um líder/plataforma, por meio do qual a linguagem de um agrupamento político se expressava nos termos exigidos por nosso ocidentalismo. E agora Marcos já não existe…já não é mais necessário, como sua carta final anuncia. Persistirá como linguagem e como afeto, o que talvez seja tudo o que tenha sido (Rodrigo Savazoni, em sua página no Facebook).

O subcomandante insurgente Marcos anunciou esta madrugada (25.05) numa coletiva de imprensa que a partir de hoje deixa de existir como tal entre as filas do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EXLN), para dar passagem a sua nova identidade e personagem, o subcomandante insurgente Galeano. E, brincando, disse do personagem anterior: “Foi uma máscara”.

“Pensamos ser necessário que um de nós morra para que Galeano viva. E para satisfazer a morte, essa impertinente, em lugar de Galeano colocamos outro nome para que Galeano viva e a morte leve, não uma vida, mas apenas um nome, umas letras esvaziadas de todo sentido, sem história própria, sem vida. Assim decidimos que Marcos deixe de existir hoje”, disse o Subcomandante Marcos diante dos representantes da mídia livre que o ouviam na coletiva.

Por um momento ficaram confusos, mas logo entenderam, mais uma vez, a metáfora das declarações do porta-voz e líder político militar do EZLN, quando ele disse, ao iniciar sua declaração: “estas serão minhas últimas palavras em público, antes de deixar de existir”.

Com o olho direito coberto por um tapa-olho de pirata negro com uma caveira, o até então subcomandante Marcos reconheceu que seu personagem anterior deixou de ser um porta-voz do EZLN para dedicar-se a “confundir”.

“Se me permitem definir o personagem Marcos, diria sem vacilar que foi uma máscara. Na construção e manutenção do personagem, cometemos alguns erros. ‘É dos humanos ferrar, disse o ferrador’“, emendou Marcosi.

“Entre a luz e a sombra”, como se denomina o comunicado que leu na madrugada deste domingo, Marcos disse que ao longo desses 20 anos de luta “teve início uma manobra de distração complexa, um truque de magia terrível e maravilhoso, uma maliciosa jogada do coração indígena que somos, a sabedoria indígena desafiando a modernidade num de seus bastiões: os meios de comunicação”.
Explicou então que nesses 20 anos construiu o personagem denominado “Marcos”, porém “o sistema inteiro, especialmente seus meios de comunicação, entretêm-se construindo famas para logo depois destruí-las, quando não se submetem a seus desígnios.”

E que, no caso do subcomandante Marcos, “de porta-voz passou a ser um distraidor”.

Ressaltou que “Marcos tinha um dia olhos azuis, outro dia verdes, ou castanhos, ou cor de mel, ou negros, tudo dependendo de quem fazia a entrevista e tirava a foto. Foi reserva em time de futebol profissional, empregado em loja de departamentos, motorista, filósofo, cineasta, e todos os etecéteras que puderem encontrar na mídia empresarial nesses calendários e em geografias”.

“Havia um Marcos para cada ocasião, quer dizer, para cada entrevista. E não foi fácil, acreditem, na época não havia Wikipedia, e se eram espanhóis tinham de investigar, por exemplo, se o corte Inglês era de um traje da Inglaterra, de um supermercado ou de uma loja de departamento”, ironizou.
E emendou: “Se me permitem definir Marcos, o personagem, diria sem vacilar que foi uma máscara. Na construção e manutenção do personagem cometemos alguns erros. ‘É humano ferrar, diz o ferreiro’”.

Disse que durante o primeiro ano de 1994 esgotou, como se diz, o repertório de “Marcos” possíveis. Assim que no início de 1995 estava em apuros, e o processo dos povos, em seus primeiros passos.
E que quando já não sabiam o que fazer com Marcos, foi Ernesto Zedillo quem, em fevereiro de 1995, com o Partido de Ação Nacional (PAN) da mão, “descobriu” Marcos com o mesmo métodos científico com que se encontram ossadas – quer dizer, por delação esotérica.

“A história do tampiquenho nos deu fôlego, ainda que a fraude posterior da Paca de Lozano nos tenha levado a temer que a mídia paga questionasse também o “desmascaramento” de Marcos, e descobrisse que era uma fraude a mais. Felizmente não foi assim. Como esta, a mídia continuou engolindo outras rodas do moinho semelhantes”, disse o agora Subcomandante Insurgente Galeano.
“Revelou” que após a alegada descoberta de Zedillo, em 9 de fevereiro de 1995, um tampiquenho, sem mencionar o nome de Rafael Sebastian Guillén, chegou na Selva Lacandona e nela buscou refúgio. Que não quis se mostrar para os meios de comunicação, mas quem quiser pode vê-lo nas fotos do funeral de seus pais, acompanhado de perto tanto pelos meios de comunicação como pelos serviços de inteligência.

“Ah, não quer que saibam onde vive. Não diremos mais nada para que, se assim desejar um dia, ele possa contar a história que viveu desde 9 de fevereiro de 1995”, falou.

“De nossa parte, só nos resta agradecer-lhe por nos ter dado informações que, de quando em quando, usamos para alimentar a ‘certeza’ de que o Sub Marcos não é o que ele realmente é, ou seja, uma máscara ou um holograma, mas um professor universitário, originário do hoje doloroso Tamaulipas”, disse ele.

Disse que depois de várias iniciativas e movimentos, durante esses 20 anos, surgiram as Escolinhas Zapatistas com seu curso “A Liberdade segundo @s zapatistas”, e foi a partir delas que se deram conta da existência de uma geração que podia encará-los de frente, que podia escutá-los e falar-lhes “sem esperar orientação ou liderança, nem pretender submissão ou acompanhamento”,

“Marcos, o personagem, já não era necessário”, sentenciou.

O que buscam agora, explicou, e aquilo por que lutam, não se esgota em encontrar os assassinos de Galeano e cuidar que recebam castigo.

“Nós nos perguntamos, não o que fazemos com sua morte, mas o que devemos fazer com sua vida. Desculpem se entro no terreno pantanoso dos lugares comuns, mas esse companheiro não merecia morrer, não assim. Todo o seu empenho, seu sacrifício cotidiano, pontual, invisível para quem não fosse nós mesmos, foi pela vida”, completou.

“Já nos disse o companheiro-chefe e porta-voz da EZLN, o Subcomandante Insurgente Moisés, que ao assassinar Galeano, ou qualquer dos zapatistas, os de cima queriam assassinar o EZLN. Não como exército, mas como rebelde insensato que constrói e levanta vida onde eles, os de cima, desejam o deserto das empresas mineradoras, petrolíferas, turísticas, a morte da terra e de quem nela trabalha e habita”, disse ele em sua última declaração como Sub Marcos.

E que o tributo desta noite não foi para enterrar Galeano, mas que o Comando Geral do Exército Zapatista de Liberação Nacional veio para desenterrá-lo.

“Pensamos ser necessário que um de nós morra para que Galeano viva. E para que a morte, essa impertinente, se satisfaça, no lugar de Galeano colocamos outro nome, para que Galeano viva e a morte carregue não uma vida, mas um nome, apenas, umas letras esvaziadas de todo sentido, sem história própria, sem vida. Assim decidimos que Marcos deixe de existir hoje”, explicou.

Assim sendo, às duas e oito minutos da manhã de 25 de maio de 2014, na frente de combate Sul Oriental do EZLN, declarou que deixou de existir o Subcomandante Insurgente Marcos, o autodenominado “subcomandante de aço inoxidável”: “Meu nome é Galeano, subcomandante insurgente Galeano. Alguém mais se chama Galeano?”

iNo original, uma paródia do dito popular “Errar é humano” com as palavras homófonas “errar” e “herrar” (NT).

Tradução: Inês Castilho

Fonte: http://outraspalavras.net

A criminalização explícita das lideranças Kaingang no RS @ciminacional - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

SP: VERDURADA - 07 DE JUNHO : PUNCH, O CÚMPLICE, DESERDADOS, UNDER BAD EYES, WEREWOLF


SP: VERDURADA - 07 DE JUNHO : PUNCH, O CÚMPLICE, DESERDADOS, UNDER BAD EYES, WEREWOLF
Quando?
07 de junho, sábado.
A partir das 16h.
 
Onde?
Rua Guaicurus, 857, Lapa (próximo às estações Lapa e Água Branca da CPTM e com fácil acesso de ônibus)
 
Quanto
R$15
 
Após mais de um ano a Verdurada está de volta. Não encontramos nenhum local viável do tamanho que estávamos acostumados, mas resolvemos que ficar parados era pior. Por isso, decidimos fazer o evento num local menor, mas com proposta e ambiente totalmente adequados ao evento.
 
E nada melhor para este retorno do que a vinda dos americanos do PUNCH. Além de ser uma banda com som e idéias que se identificam com as nossas, a turnê é organizada no mais puro esquema faça-você-mesmo por amigos de longa data.
 
E para melhorar, também tocam os veteranos do punk 77 DESERDADOS, O CÚMPLICE e seu hardcore das trevas, UNDER BAD EYES de Curitiba com suas melodias ásperas e a nova sensação do hardcore paulistano, o WEREWOLF.
 
Convidamos também o Movimento Passe Livre para fazer um balanço sobre os protestos que se desencadearam pelo país no ano passado, na palestra – JORNADAS DE JUNHO, UM ANO DEPOIS.
 
Então, não se esqueçam: os ingressos já estão à venda nas Lojas The Records (galeria Nova Barão) e 255 (galeria do rock) em QUANTIDADE EXTREMAMENTE LIMITADA. Compre antes, se acabar já era. E desta vez é mais sério do que nunca, porque o local é bem menor do que os anteriores. Quem for de fora de São Paulo, reserve seu ingresso mandando seu nome e cidade para verdurada@riseup.net (mais informações abaixo).
 
BANDAS
 
PUNCH
http://punchcrew.bandcamp.com/
A Verdurada tem a honra de voltar recebendo pela primeira vez no Brasil uma das bandas mais legais do cenário norte-americano. Com sua combinação de velocidade, agressividade e letras políticas o Punch confirma a tradição de “som e fúria” que sempre marcou o melhor do hardcore.
 
O CÚMPLICE
http://ocumplice.bandcamp.com/
Uma das melhores e mais ativas bandas da cena paulistana atual, O Cúmplice costuma levar as plateias aos mais profundos abismos da escuridão com seu som feroz que alia o que há de mais sujo no metal ao que há de mais pesado e agressivo no hardcore. É tudo o que você espera (e mais), vindo de ex-integrantes de bandas como Constrito, Abuso Sonoro, I Shot Cyrus e muito mais.
 
DESERDADOS

http://deserdados.bandcamp.com/
Na estrada há quase 20 anos, o Deserdados é um dos nomes mais queridos do punk rock paulistano. Lançando o álbum “Mais Um Dia”, a banda mistura os refrões grundentos e a sonoridade de clássicos como Stiff Little Fingers e The Clash à postura dura de quem cresceu na periferia de São Paulo. Prepare-se para pogar.
 
UNDER BAD EYES
http://underbadeyes.bandcamp.com/
Com seu som que alia melodia e aspereza como uma espécie de Lifetime mais sinistro e misterioso, o Under Bad Eyes representa a movimentação atual que está rolando em Curitiba. Recomendado tanto para entusiastas do hardcore old school quanto para quem se interessa pelos lados mais desafiadores da música punk.
 
WEREWOLF
http://werewolfcrew.bandcamp.com/
Com pouco tempo de estrada, o jovem quinteto (o baterista tem 15 anos) proveniente dos extremos da Grande São Paulo se tornou em poucos instantes uma das bandas novas mais celebradas da cidade com seus shows cheios de carisma e sonoridade dura baseada no som nova-iorquino dos anos 80 e no lado mais rueiro do hardcore americano atual.
 
+ PALESTRA
Um ano após o início da onda de protestos que mudou a história recente do país, convidamos os amigos do MOVIMENTO PASSE LIVRE para fazer um balanço sobre as JORNADAS DE JUNHO. Assista e participe da discussão.
 
Comida VEGetariANA grátis no final
 
Venda de material independente!
 
SOBRE OS INGRESSOS
São Paulo (Capital): Os ingressos estão à venda nos seguintes locais: Loja 255: Rua 24 de Maio, 62, primeiro, Loja 255 (Galeria do Rock). The Records – Rua Barão de Itapetininga, 37, loja 43 - rua alta (Galeria Nova Barão). 

ATENÇÃO: O espaço novo é bem menor e a quantidade de ingressos disponíveis também. Não demore para adquirir o seu. Quando acabar já era!
 
Outras Cidades e Estados:
Envie um e-mail para verdurada@riseup.net (não faça pedidos através do site da Verdurada, Facebook ou outras redes sociais), informando nome completo, RG, cidade/estado. A retirada do ingresso será no dia do show. Os ingressos não retirados serão vendidos na portaria.
 
BANQUINHAS:
Devido ao fato da Verdurada ter um público grande em relação ao espaço físico do local, somente os selos, coletivos ou pessoas que recebem o e-mail convite diretamente do Coletivo Verdurada podem montar banquinhas no evento.
O novo local é MUITO MENOR do que os anteriores, de modo que é realmente mais necessário do que nunca economizar espaço desta vez. Se você tem interesse em divulgar material faça-você-mesmo nas próximas edições, mande um e-mail: verdurada@riseup.net 
Lembramos que as bandas que tocam no dia têm seu espaço para banquinha
garantido.
 
O QUE MAIS?
1- Por favor, sem álcool, drogas ou cigarro dentro do local do evento.
2- Nada de alimentos de origem animal.
3- Banquinhas de livros, cds, fanzines e material independente e divergente.
4- Venda de comida vegetariana.
5- Os shows acabarão antes das 22h30 para que os espectadores possam se valer do sistema público de transporte.
6- O dinheiro arrecadado com os ingressos é utilizado para pagar as despesas com o evento (transporte das bandas, locação do espaço, divulgação, locação da aparelhagem de som, etc).
7- Havendo lucro, a renda será utilizada em campanhas públicas de assuntos ligados aos interesses do Coletivo Verdurada, como vegetarianismo ético, práticas de democracia direta, questões políticas e sociais variadas, ou doada para iniciativas que estejam de acordo com os princípios do evento e do
coletivo.
  
Coletivo Verdurada
Verdurada.Org
www.facebook.com/Verdurada

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Latuff: professor é profissão em extinção no Brasil.

:
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/140841/Latuff-professor-%C3%A9-profiss%C3%A3o-em-extin%C3%A7%C3%A3o-no-Brasil.htm

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Estado Assassino: (Cisjordânia) Vídeo do assassinato a sangue friu de dois jovens palestinos por soldados israelenses - ANA


Estado Assassino: (Cisjordânia) Vídeo do assassinato a sangue friu de dois jovens palestinos por soldados israelenses 
Um grupo de defesa dos direitos humanos divulgou um vídeo nesta terça-feira (20 de maio) no qual dois adolescentes palestinos aparecem sendo mortos a tiros por soldados israelenses durante um protesto na semana passada, nos arredores da prisão militar israelense de Ofer. Segundo a organização Defesa das Crianças Internacionais (DCI), as imagens mostram que os dois jovens que atiravam pedras não representavam perigo.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) emitiu um comunicado nesta terça-feira acusando Israel de “assassinato a sangue frio”, de “crime de guerra contra crianças” e que “os jovens não estavam armados e não representavam uma ameaça imediata nem direta à vida no momento dos tiros”.

Dirigentes de um hospital palestino afirmaram que Muhammad Abu Thahr (16 anos) e Nadim Sian Nuwara (17 anos) foram mortos com tiros no peito e costas. Nadim foi baleado no peito; Muhammad levou um tiro nas costas.

As mortes ocorreram durante protestos por toda a Cisjordânia durante o Dia da Nakba (Dia da Catástrofe), quando os palestinos relembram a perda de suas casas com a guerra de 1948, que resultou na criação de Israel e na fuga de centenas de milhares de palestinos.

A DCI postou dois minutos de um vídeo no YouTube, que disse ter sido editado de um total de seis horas de imagens de câmeras de vigilância fixas em uma loja de propriedade de um palestino, diante do local do protesto.

Vídeo:

Notícia relacionada:

agência de notícias anarquistas-ana

Flutuando,
Abandona-se ao vento
Uma borboleta.
Shiki

quarta-feira, 21 de maio de 2014

“Putinhas Aborteiras” no @RadarTVE: 2 pesos e 2 medidas de @monicalealrs – por Latuff


Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

São Paulo: Grande Piquenique Libertário – 5 anos da Biblioteca Livre - ANA


São Paulo: Grande Piquenique Libertário – 5 anos da Biblioteca Livre
Comunicado:

Dia 1º de junho vamos comemorar o aniversário de 10 anos do Terra Livre (como Coletivo) e5 anos como Biblioteca Terra Livre com um grande piquenique libertário no  Parque da Juventude em São Paulo.

O objetivo é reunir toda a “família libertária” e também estar em contato com a população que circula por lá buscando lazer, informação e conhecimento.

Contamos com a presença de camaradas e coletivos/grupos que queiram partilhar um dia agradável ao ar livre conosco nessa data especial! Comemoremos juntos!

Programação confirmada (sujeita a alteração):

• Comidas veganas e/ou vegetarianas e bebidas não alcoólicas (traga sua contribuição)

• 10h – Oficina de Tchoukball com Tekokatu Tribo Tchoukball
Iniciação a esse esporte baseado nos valores da não-violência e da cooperação. Para homens, mulheres, adultos ou crianças. Todos podem participar.

• Futebol misto e libertário com Rosanegra Ação Direta e Futebol durante todo o evento.

• Distribuição gratuita de material anarquista (panfletos, livros e etc)

• Por favor, sem drogas ou bebidas alcoólicas

• Atividade ao ar livre (se chover, cancela)

Programação sujeita à confirmação de horário:

• Ensaio aberto do Coral Filhos do Povo

• Jogos e brincadeiras para crianças e adultos (traga o que quiser e monte sua equipe, grupo, espaço…)

• Canto para crianças com livros e materiais para desenhar – Laboratório de Educação Anarquista (LEA)

• Oficina de construção de livro para crianças e adultos – LEA

• Contação de histórias para crianças e adultos – LEA

• Sarau de poesias (a confirmar)


agência de notícias anarquistas-ana

nos fios
os pássaros
escrevem música
Eugénia Tabosa

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A brutalidade da PM paulista e a mentira na TV - Por Patrícia Rodsenko


A brutalidade da PM paulista e a mentira na TV

Vítima de armas não-letais disparadas pela PM, no protesto do dia 15 em São Paulo, Patrícia relata como seu rosto na região dos olhos foi atingido quase a deixando cega. Já a Secretaria de Segurança de SP desmentiu que havia “mulher ferida” na manifestação
 “Eu, Patrícia Rodsenko, já apenas mais uma pessoa na estatística da violência” (Foto: Reprodução/Facebook)

É com tristeza e indignação que venho compartilhar com vocês como me tornei recentemente mais uma das vítimas do nosso fracassado sistema de segurança pública. Na última quinta-feira, 15 de maio, enquanto voltava para casa durante os protestos que tomavam a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, fui brutalmente atingida por um dos armamentos que a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem usado para conter manifestantes e, como ocorreu comigo, qualquer outra pessoa que esteja ao alcance de suas ações desmedidas e injustificáveis.

Após sair de um cinema com uma amiga na Rua Augusta, fomos para um café ali perto e aguardamos um pouco. Quando a manifestação já parecia ter se dispersado, fomos para a Rua da Consolação pegar nosso ônibus.

Foi nesse pequeno trajeto que tudo aconteceu. Enquanto um grupo de manifestantes tentava se reunir novamente, duas viaturas policiais subiram no sentido oposto atirando bombas e outros dos seus artefatos “não-letais”.

Ouvi dois grandes estouros e logo depois senti uma pancada muito forte no meu rosto, na região dos olhos. Sem entender direito o que havia acontecido, percebi apenas que eu sangrava muito. Minha roupa estava cheia de sangue e eu não conseguia mais abrir meu olho esquerdo. Fui socorrida por minha amiga, cuja presença foi inestimável, e por pessoas que estavam na rua no momento. Alguns médicos que participavam de uma conferência num hotel próximo ao Metro Paulista também me deram os primeiros socorros. A todos gostaria de agradecer imensamente pela solidariedade.

Pensei que ficaria cega, mas por absoluta sorte meu olho não foi atingido. Concluí depois que, infelizmente, a sorte é muitas vezes a única coisa que nos protege da violência policial. Tive “apenas” o nariz quebrado e, segundo o relato médico que tive ao ser atendida no Hospital das Clínicas, uma lesão no osso abaixo dos olhos. E eis o resultado de mais uma ação policial: alguns pontos no rosto, anti-inflamatórios que não consegui adquirir pelo sistema público de saúde, uma cirurgia que farei nesta semana para reparar meu nariz e, o que talvez mais me dói como cidadã brasileira, mais um profundo golpe nos nossos direitos. Em nome da ordem pública e da preservação do patrimônio, se ignora outro dever constitucional do Estado em matéria de segurança pública: a proteção da integridade e da incolumidade das pessoas.

Por que tanta repressão arbitrária? Por que tanto despreparo, tanta violência? Para impedir manifestantes radicais de danificarem bancos e lojas, a polícia atira assumindo o risco de cegar alguém aleatoriamente? Não há inteligência policial para evitar excessos sem pôr em risco a vida de todos nós? É mesmo essa a policia que foi instituída como um dever do Estado para proteger a população? Uma polícia que atira no meu rosto é uma polícia que nos põe em dúvida com relação ao seu próprio sentido de existir!

Não pretendo entrar na discussão política sobre os gastos com o Mundial da FIFA, a qualidade dos serviços públicos no Brasil ou o verdadeiro nível de democracia em nosso país. Essas são discussões extremamente importantes, mas que ficam ofuscadas quando nosso direito básico de ser protegido pelo Estado se transforma na possibilidade de ser atacado por ele arbitraria e brutalmente.

Como um direito humano fundamental, o verdadeiro sentido da segurança jamais será o de uma prerrogativa do Estado para se defender de críticas e dos seus opositores, mas um direito que todas as pessoas têm de não se sentirem vulneráveis em relação à violência de quem quer que seja.

Como alguns de vocês sabem, moro numa das regiões mais pobres da cidade mais rica do país. Aqui, cada pessoa que sabe da violência que sofri me aconselha a não seguir adiante com meu testemunho e a não buscar reparação judicial pelo que estou sofrendo. Infelizmente, as pessoas (e a minha mãe talvez mais que todos) temem que eu possa ser alvo de retaliações policiais.

Até quando seguiremos nos sentindo vulneráveis e impotentes diante da violência? É dessa outra segurança, aquela que nos permite não ser refém do medo, que precisamos para nos tornarmos um dia a sociedade que desejamos ser. É dessa outra segurança que eu e os vários jovens brasileiros que sofrem nas periferias do país precisamos. É dessa segurança que precisam inclusive os policiais que cometem esses atos totalmente descabidos e lamentáveis, moradores que são eles também dessas mesmas periferias abandonadas pelo poder público.

Pelos jornais, pude ver que na última quinta-feira, quando fui vítima do despreparo policial, o Brasil assistiu a dezenas de manifestações em várias cidades do país. Eu não estava na manifestação que ocorreu aqui em São Paulo, mas sou totalmente a favor da população se reunir e expressar suas insatisfações com o Estado. Quantas vezes forem necessárias.

Não é um favor o que os governos fazem ao deixar a população ir às ruas se expressar. É uma obrigação! A liberdade de expressão é um direito do cidadão, não é? Está na constituição, não está? Por mais que se tente, não posso culpar qualquer manifestante “radical” pelo que me ocorreu. A polícia precisa aprender a lidar com eles, com todos os outros manifestantes e não manifestantes sem abandonar outros valores fundamentais para todos nós. Sairemos crescidos desse momento político se formos capazes desse gesto.

Ontem, assisti no jornal de maior audiência do país que a Secretaria de Segurança de São Paulo desmentiu a “mulher ferida em protesto”. Eu, Patrícia Rodsenko, já apenas mais uma pessoa na estatística da violência, estava enganada quando imaginei ter sido atingida por uma bala de borracha disparada pela PM.
Patrícia atingida pela PM no protesto do dia 15 

A Secretaria afirmou em nota que garantiu zelosamente o direito à livre manifestação e que balas de borracha não foram usadas em nenhum momento no protesto. Não pretendo entrar numa discussão semântica sobre qual o nome do artefato que atingiu meu rosto na última quinta-feira. O fato inegável é que, sendo estilhaço de bomba ou bala de borracha, esse objeto quebrou meu nariz e por pouco não me cegou.

O sangue que permanece insistente na roupa que usava no dia é inegável e foi resultado de uma violência cometida em nome e sob a responsabilidade desta mesma Secretaria de Segurança. No meio dessa disputa com a opinião pública para mudar de nome os mesmos gestos injustificáveis, me pergunto apenas porque o Estado de São Paulo teria aceitado do Governo Federal em março desse ano 314 kits com armas de balas de borracha para combater protestos na Copa deste ano. Afinal, a Secretaria de Segurança diz não fará qualquer uso deles.

Fonte: http://www.revistaforum.com.br/

sexta-feira, 16 de maio de 2014

- Pra periferia? Pânico, pólvora, pá!, pá!, pá! Primeira página... (GOG)...




Fonte: http://www.ocafezinho.com

E depois aparecem os desenformadores de opinião dizendo que “querem controlar a mídia”, cadê a “liberdade de impressa”... $$$ quem controla quem...

Provos Brasil – acorda meu povo, acorda Brasil! Anula Brasil!

NakbaDay: A catástrofe palestina de 1948 - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

Vítimas da moda: Fotos evidenciam a crueldade por trás da indústria de peles de focas do Canadá – por ANDA


Vítimas da moda: Fotos evidenciam a crueldade por trás da indústria de peles de focas do Canadá

Segundo o site da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), mais de 50 mil focas já foram mortas até agora na temporada de caça comercial canadense deste ano, e ainda não acabou. A Carino Processing Ltd - indústria de processamento de peles de foca do país – pretende comprar mais 10 mil peles, o que significa que milhares de outros animais serão espancados e mortos.





 





 

Escreva para o governo canadense e manifeste sua indignação. Clique aqui.

Fonte: http://www.anda.jor.br