O capitalismo está em crise global, mas os atores que poderiam oferecer uma alternativa parecem enfraquecidos e dispersos. Rosa Luxemburgo e Marcuse serão capazes de insinuar uma saída?
I.
Há pouco mais de uma década ainda se falava de um mundo
unipolar. O colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, no início dos
anos 1990, haviam dado o domínio absoluto da globalização capitalista e da
geopolítica mundial aos EUA, como única superpotência existente. A grande
preocupação das potências ocidentais era com o acelerado crescimento econômico
global da China, já que a Rússia, isolada pelo avanço e cerco da OTAN em sua
antiga área de influência do Leste Europeu, ainda se recuperava da transição
selvagem ao capitalismo conduzido pelo FMI, e da crise financeira de 1998.
No início do século XXI, a América Latina, com a resistência
heroica de Cuba e o ciclo de vitórias eleitorais de governos de esquerda e
progressistas, era a única região em que alternativas soberanas e democráticas
ao neoliberalismo e aos EUA se desenvolviam, na contracorrente mundial. Após a
derrota histórica das esquerdas no final do século 20 – colapso do comunismo
burocrático e dos nacionalismos anti-imperialistas, conversão da
social-democracia ao liberalismo – o mundo unipolar parecia se impor no
planeta. O capitalismo global triunfante proclamava a sua Nova Ordem Mundial.II.
Por outro lado, em janeiro de 2001, o novo século iniciava de forma promissora com o Fórum Social Mundial de Porto Alegre. O FSM afirmava que “o mundo não é uma mercadoria”, e que “outro mundo é possível”, fazia o contraponto ao Fórum Econômico Mundial, dos ricos e poderosos de Davos, e reunia os movimentos políticos e sociais que lutavam contra a globalização capitalista.
O novo internacionalismo altermundialista emergia,
inaugurado pelo levante zapatista de 1994, ampliado pelas manifestações
antineoliberais de Seattle, em 1999, e de Washington, em 2000 (momentos
marcantes da emergência da nova esquerda global), mostrando que a utopia da
emancipação humana continuava viva. Então, chegou o 11 de setembro, com os
terríveis atentados nos EUA, perpetrados pela Al-Qaeda. Este evento marcou
tragicamente o início do século 21, deflagrando uma nova época, caracterizada
pelo choque de barbáries. Ao contrário da previsão conservadora do “choque de
civilizações”, o que o mundo assistiu a partir daí (como vítima), foi o
confronto de barbáries reacionárias: do imperialismo belicista, financeiro e
tecnológico, e de seus aliados (como as monarquias petrolíferas do Golfo); com
o crescimento da extrema-direita, em suas mais variadas formas e com o retorno
do fascismo; e a expansão global do terrorismo jihadista (monstros criados pelo
imperialismo).
Após a superpotência deflagrar sua resposta militarista ao
terror, invadindo o Afeganistão do Taleban, santuário de Bin-Laden e da
Al-Qaeda, o governo neoconservador de Bush Jr. lança seu plano de reorganização
do Oriente Médio, estágio inicial para pavimentar o caminho do “novo século
americano”. Invade o Iraque, passando por cima da divisão existente na ONU,
enfrenta as maiores manifestações de massas da história, contra a guerra e pela
paz, que se espalharam por centenas de cidades do planeta, entre 2002 e 2003, e
inaugura a sua “cruzada pela democracia”, justificando a invasão com mentiras
sobre supostas “armas de destruição em massa” de Sadan Hussein.
No começo da aventura imperialista da “Guerra Global contra
o Terror”, sob o comando do cada vez mais direitista Partido Republicano,
atendendo aos interesses do complexo industrial-militar e das grandes empresas
petrolíferas, os EUA acreditavam que consolidariam a sua hegemonia inconteste
sobre a nova ordem mundial. Na verdade, em poucos anos, semearam o caos
geopolítico e comprometeram o próprio plano de relançamento da hegemonia global
dos EUA. Infelizmente, para a humanidade, o projeto imperialista havia
deflagrado uma dialética reacionária que empurraria o mundo para o choque de
barbáries e a crise de civilização.
III.Uma década e meia depois qual é a situação mundial? Estagnação econômica e desemprego estrutural, desigualdade crescente e regressão social, mudança climática e risco de colapso ecológico, crise de hegemonia e caos geopolítico, migrações maciças e a pior crise humanitária já vista (conforme a Cruz Vermelha). Um mundo em que a maior crise econômica desde 1929 (Grande Depressão), iniciada em 2008, no coração do capitalismo financeiro anglo-saxão, não parece ter fim. Ao contrário, transformou-se em Grande Recessão (alguns falam de Estagnação Secular).
O sonho neoconservador de prolongar o “momento unipolar” dos
EUA nos anos 1990, e relançar a hegemonia global por todo o século 21, virou
pesadelo. Nesse curto espaço de tempo, o governo de Bush Jr. atolou os EUA no
pântano do Oriente Médio, com guerras desastrosas que minaram e desgastaram a
superpotência imperial, desorganizaram a região, produziram o caos e a
destruição de países, com centenas de milhares de mortes e milhões de
refugiados, além de gerar “fábricas” de terroristas, especialmente o abominável
Estado Islâmico.
O reflexo desse fracasso foi tremendo, a ponto de impedir o
governo do Partido Democrata, de operar o planejado pivô da política externa
para a região da Ásia-Pacífico (buscando retomar o protagonismo e conter a
China). Durante oito, anos Obama tentou, mas não conseguiu retirar os EUA do
atoleiro do Oriente Médio. Tampouco os EUA de Obama conseguiram superar a crise
de 2008 (que já vai completar uma década), o que expressa o esgotamento da
globalização neoliberal, que jogou a economia mundial em uma longa recessão,
com as significativas exceções da China (mas que foi obrigada a reduzir o seu
alto patamar de crescimento), Índia, Austrália e dos países do Sudeste
Asiático, o que também demonstra o relativo deslocamento de poder do Ocidente
para o Oriente.
Uma década de crise mostra, em primeiro lugar, que o
fenômeno não é conjuntural, mas sistêmico e estrutural; em segundo lugar, que
se constitui a partir da convergência de várias crises: econômica, financeira,
social, geopolítica, ecológica. A partir desta compreensão, o FSM de 2009, em
Belém do Pará, caracterizou a situação mundial como de crise de civilização.
Esse conceito não significa a previsão de um colapso iminente do sistema-mundo
capitalista, mas a sua insustentabilidade, a longo prazo, e o seu declínio
inevitável, que, caso não seja detido, pode arrastar a humanidade para a
barbárie e para o colapso ambiental.
Segundo Thomas Piketty, os níveis de desigualdade atuais se
aproximam daqueles existentes no início do século XX (a Oxfam calculou que
apenas oito megabilionários globais possuem riqueza equivalente à da metade mais
pobre da população do planeta, ou seja, incríveis 3 bilhões e 600 milhões de
seres humanos!); e a economia mundial não retomará o crescimento das últimas
décadas, muito menos o padrão do capitalismo fordista e keynesiano do
pós-guerra (“30 anos de ouro”).IV.
O capitalismo financeiro globalizado é uma máquina de exclusão, desdemocratização, desemprego estrutural, ataques ao Estado de Bem Estar, aos direitos dos trabalhadores e dos povos. Nessas primeiras décadas do século XXI, como lembrou o sociólogo e ativista do FSM, Boaventura de Sousa Santos, a democracia perdeu a luta para o capitalismo, que gera apartheid social e implementa uma “democracia de baixa intensidade”. A crise mundial, provocada pelo neoliberalismo, não encontrou ainda uma alternativa democrática. E o paradoxo é que, após os governos salvarem os mercados do próprio colapso, agravaram dramaticamente a situação fiscal, tornando-se ainda mais reféns do sistema financeiro, além de politicamente instáveis e antipopulares.
Assim, com a crise mundial assistimos não ao surgimento de
um novo padrão capitalista de desenvolvimento (mais regulamentado e menos
selvagem), mas o relançamento agressivo do projeto político neoliberal das
elites financeiras — isto é, a luta de classes dos ricos contra os pobres.
Políticas austericidas na Europa; ataques dos mercados contra os direitos dos
trabalhadores mundo afora. Para essa situação contribuíram decisivamente as
derrotas e o refluxo das resistências democráticas dos povos e dos movimentos
sociais na última década (do altermundismo, Primavera Árabe, Indignados e
Occupy Wall Street; capitulação do Syriza, e os golpes contra o ciclo de
governos progressistas na América Latina), sobrepujados pelo relançamento
agressivo do projeto neoliberal de luta de classes contra os pobres em escala
internacional – o capitalismo das elites financeiras – responsável pela
irreversibilidade do aquecimento global e pelos futuros desastres ambientais.
Pode-se resumir o neoliberalismo como a forma e o conteúdo do capitalismo nas últimas
décadas, ideologia dominante e dogma do “pensamento único”, o projeto político
dos ricos contra a maioria da humanidade.
V.Temos hoje um mundo multipolar, em crise sistêmica, profundamente injusto e instável, no qual a única superpotência perdeu a condição de plena hegemonia, vive grandes contradições políticas internas e não tem capacidade de liderar a ordem global ou relançar a economia mundial. O fenômeno político Trump na presidência dos EUA é um sintoma do declínio. Em poucos meses produziu abalos significativos na estratégia imperialista ocidental (UE, OTAN, Acordo Transpacífico, Acordo Climático de Paris, G20), que explicitam a crise de hegemonia das potências imperialistas e da própria superpotência mundial. Para o nacionalista Trump, a União Europeia (superpotência econômica, mas pouco relevante na geopolítica), representa competição comercial e gastos excessivos para os EUA, ou seja, um “mau negócio”.
A União Europeia (UE) encontra-se em uma encruzilhada: o
impacto da crise econômica e financeira atingiu-a fortemente, o “déficit
democrático” e a austeridade ortodoxa do projeto europeu tem alimentado a crise
social e política do bloco, gerando crise de legitimidade, crescimento dos nacionalismos
e da extrema-direita. A saída do Reino Unido (com o Brexit) e o governo Trump
enfraqueceram muito a UE. Se a Alemanha de Merkel consolida sua liderança, em
aliança com a França (agora sob o “neoliberalismo progressista” de Macron),
pode apenas administrar a estrutura institucional e a economia do euro, sem
poder competir com as grandes potências.
Enquanto isso, a China ocupa os espaços abertos pelos EUA
(comerciais, diplomáticos e ambientais); e a Rússia se recoloca no tabuleiro
internacional, depois do colapso dos anos 1990 e da humilhação produzida pelo
cerco da OTAN, absorvendo suas antigas áreas de influência (descumprindo os
acordos com Gorbachov). No início do século XXI, a China evitava envolver-se em
disputas internacionais, mantinha um discreto protagonismo diplomático,
centrado no seu próprio fortalecimento. Mas nos últimos trinta anos, teve o
mais rápido desenvolvimento econômico da história da humanidade, que converteu
um país de camponeses pobres na potência econômica mais relevante do planeta,
junto com os EUA. Transformar-se na “fábrica do mundo” em poucas décadas teve
um alto custo para a China, com sua transição econômica para um capitalismo de
Estado globalizado, sob a “ditadura do proletariado” do Partido Comunista:
corrupção sistêmica, urbanização e consumismo desenfreados, aumento da
desigualdade, autoritarismo estatal, poluição e desastres ambientais. Porém,
suas grandes reservas financeiras, incomparável capacidade industrial, a
expansão de seus investimentos em diversas regiões do globo (África, Ásia e
América Latina), o aumento da capacidade militar e a aliança estratégica com a
Rússia (fornecedora de energia e de tecnologia militar), são pontos fortes da
potência emergente.
Por outro lado, os EUA possuem um conjunto de alianças e
bases militares na região Ásia-Pacífico, e tem usado a questão da Coreia do
Norte como elemento de pressão (negando-se a estabelecer um elementar acordo de
paz definitivo, uma situação que se arrasta desde a Guerra da Coreia), enquanto
a China ainda não tem status de potência naval para competir diretamente (mas
já vem desenvolvendo novas alianças regionais e a sua marinha de guerra de
forma acelerada). A Rússia reergueu-se no cenário internacional e, mesmo sem
voltar à condição de uma superpotência, como a antiga União Soviética, ainda é
o único poder nuclear a fazer frente aos EUA. A fobia anti-Rússia dos EUA
empurrou o gigante da Eurásia para uma aliança estratégica com a China,
incluindo a criação da poderosa Organização para a Cooperação de Xangai, entre
outros projetos comuns; e os erros estratégicos das potências ocidentais no
Oriente Médio, e a provocação golpista na Ucrânia, permitiram ao regime
autoritário de Putin vitórias militares e diplomáticas na Síria e na Crimeia (a
política de Trump para Cuba, também abriu a oportunidade do retorno da relação
russa com a ilha socialista).
VI.O cenário do próximo período aponta para a continuidade da crise econômica (sujeita ao estouro de uma nova bolha financeira), baixo crescimento, desemprego estrutural e exclusão social crescentes, ataque aos direitos dos povos, desastres ambientais, caos geopolítico, e uma confusa assimetria multilateral (característica da atual desordem mundial), sem hegemonia clara, além da ditadura das finanças globais.
A hipótese de aliança de um bloco Rússia e China com os EUA,
poderia conformar um novo sistema internacional bipolar, na medida em que a
potência asiática emergente (ainda) não explicita um projeto de hegemonia
global, enquanto a superpotência ocidental declinante não consegue sustentar
mais o poder absoluto. Os EUA continuam tendo enorme poder científico,
tecnológico, energético, cultural e econômico, além de incomparável poder
militar, capaz de se projetar em todo o planeta (nesse aspecto, somente a
Rússia pode confrontar os EUA no terreno do armamento nuclear estratégico). Mas
todo o poderio dos EUA não foi suficiente para superar a crise econômica e
financeira mundial, manter a liderança hegemônica ou vencer as guerras
assimétricas no Afeganistão (a mais longa dos EUA) e no Iraque.
VII.Para o sociólogo Immanuel Wallerstein, o sistema-mundo capitalista vive uma crise estrutural, e parece ter entrado em um período de transição, que deve durar décadas. Nessa transição sistêmica, bifurcações históricas devem se multiplicar e alternativas podem surgir mais facilmente do que em períodos em que o sistema está estabilizado. Porém, sem o surgimento de alternativas democráticas sustentáveis, impulsionadas por sujeitos políticos coletivos (e não por novas hegemonias estatais), o sistema pode continuar o seu declínio e arrastar a sociedade para a barbárie e a destruição de todas as classes envolvidas (como Marx e Engels assinalaram no Manifesto Comunista).
O capitalismo encontra-se em crise terminal, de longa
duração, que pode desembocar em guerras generalizadas (simétricas e/ou
assimétricas), crise humanitária, estagnação econômica prolongada, desastres
ecológicos e aumento exponencial da exclusão e da desigualdade. O tempo para a
humanidade encontrar uma saída democrática e sustentável está se esgotando.
Existe o perigo real de que os EUA, na medida em que não
consigam retomar a condição hegemônica ou construir um acordo bipolar com a
China ou a Rússia, lancem mão de guerras para manter sua dominação global. A
presidência de Trump, como um comerciante da morte, vendendo bilhões de dólares
em armas sofisticadas para seus aliados (alguns, inclusive, são inimigos entre
si), em pleno caos geopolítico do Oriente Médio, se parece com a imagem do
piromaníaco dentro do paiol de pólvora.
A alternativa democrática e ecológica à crise de civilização
capitalista depende da emergência de um amplo movimento popular e progressista
mundial, capaz de retomar, em escala ampliada, a agenda e o papel que o
altermundismo cumpriu na virada do século, superando a dialética reacionária do
choque de barbáries, impondo uma alteração radical na correlação de forças
sociopolíticas, para buscarmos uma mudança de paradigma socioeconômico em
escala global.
A frustração política de uma urgente revolução democrática
mundial e/ou de um novo período de reformismo social sustentado (uma “utopia
possível”, ou uma “utopia disponível”), significará que as catástrofes
continuarão a se acumular no horizonte da humanidade (conforme a terrível
imagem do Anjo da História, de Walter Benjamin). Para o historiador marxista
Mike Davis, contra este futuro devemos lutar como o Exército Vermelho nas
ruínas de Stalingrado. Lutar com esperança, ou sem ela, mas em todos os casos,
lutar.VIII.
Quais seriam, então as tarefas de uma nova esquerda mundial para superar as derrotas históricas (e as mais recentes) e assim poder enfrentar e superar a crise de civilização capitalista?
Em primeiro lugar, como ressalta Boaventura de Sousa Santos,
as esquerdas precisam unir-se em torno das convergências fundamentais,
minimizando as divergências, para assim buscar a hegemonia ampla necessária
para impor soluções programáticas alternativas à agenda repressiva, excludente
e antiecológica dos imperialismos e da ditadura dos mercados. Essa unidade na diversidade
é absolutamente fundamental, pois é preciso ter claro que, como lembra o
filósofo Slavoj Zizek:
a nova política emancipatória não será ato de nenhum agente
social particular, mas combinação explosiva de diferentes agentes. O que une
todos, nesse caso, é que, diferente da imagem clássica dos proletários que nada
tinham a perder “além de suas cadeias”, todos estamos sob risco de perder tudo.
Como roteiro para a construção da contra-hegemonia
anticapitalista (ecossocialista?), Göran Therborn sugere uma bela síntese: organizar
e apoiar a resistência à exploração capitalista, à brutalidade humana e às
ameaças ao ambiente e lutar por uma vida boa para os 99% da população mundial.
O grande sociólogo sueco lembra que essas são proposições marxistas clássicas,
mas que alcançá-las hoje requer novas análises e inovações criativas em matéria
de organização e mobilização.
Como estamos no centenário da Revolução de Outubro de 1917,
talvez seja uma boa ideia para a esquerda mundial retomar (e recriar) seus
melhores valores e ensinamentos estratégicos: a atualidade da utopia expressa
na democracia soviética e em seu programa de paz entre as nações e os povos; a
política de Frente Única da Internacional Comunista, de Lenin e Trotsky (que
combinava resistência ao inimigo comum com luta pela hegemonia); o
internacionalismo dos explorados e oprimidos, inspirado nos princípios
fundadores, solidários e democráticos, de autonomia e diversidade da Primeira
Internacional de Marx, e o seu compromisso maior com a emancipação humana.
Rosa Luxemburgo, durante a Primeira Guerra Mundial, anunciou
o dilema da história moderna: socialismo ou barbárie. Walter Benjamin, no
início da Segunda Guerra Mundial, lançou um alerta “heterodoxo” ao avanço da
barbárie, que continua atual na pós-modernidade:
Marx disse que as revoluções são a locomotiva da história
mundial. Mas talvez as coisas se apresentem de maneira muito distinta. Pode ser
que as revoluções sejam o ato pelo qual a humanidade que viaja nesse trem
aciona os freios de emergência.
Imagem: Otto Dix, Tropas de choque avançam sob gás (1924)
Fonte: http://outraspalavras.net/mundo/america-latina/pouco-tempo-para-evitar-a-grande-barbarie/
Nenhum comentário:
Postar um comentário