Um dos maiores personagens da fantástica DC Comics, aclamado por muitos como o maior vilão dos quadrinhos de todos os tempos... Senhoras e senhores, coloquem um sorriso no rosto pois estamos falando do caótico, do sádico, do excêntrico e inconfundível psicopata: Coringa!

Pode parecer piada, mas o personagem Coringa (Joker) consegue contestar sua própria origem! E não falo nos quadrinhos ou no cinema, mas sim da própria realidade. Isso acontece pela dúbia versão apresentada pelos seus criadores Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane. Robinson fala que a origem do personagem se deve a uma carta de baralho que ele levou, contendo o desenho que carrega o nome Joker, enquanto Finger e Kane atribuem sua criação a uma atuação de Conrad Veidt em O homem que ri. Alegam que a carta serviu apenas para atribuir alguns elementos à nova personagem - por exemplo, o baralho que sempre carrega consigo. Evidentemente, é uma pequena disputa autoral para conquistar o singular título de criador, e é facto reconhecido pelos três que todos tiveram participação no processo de invenção do nosso piadista.

A origem da personagem Coringa tem contraversões, sendo que a mais aceita é a presente em Batman: A Piada Mortal, de Alan Moore e Brian Bolland. Coringa seria então um homem comum, casado, assistente de um laboratório químico levando uma vida cotidiana. Acreditando possuir inegável talento para a comédia, o homem pacato e de nome desconhecido é possuído pela fantástica perspectiva de mudar sua vida. Larga o emprego e se joga ao seu sonho. Infelizmente, o talento que acreditava possuir não é reconhecido pelos outros: simplesmente, ele não conseguia fazer ninguém rir.

Antes de efetuar o crime, foi avisado de que sua mulher havia morrido enquanto testava um aquecedor de mamadeiras. Um curto circuito. E é isso, a vida e toda sua fortuita injustiça, o argumento sedimentar para a loucura dada como um presente de Natal. O personagem, atônito, não tem mais motivos para realizar o crime premeditado, porém seus comparsas, indiferentes a sua ruína, o forçam a dar continuidade.

Todos os poderes do Coringa têm algum vínculo com a comédia, um sarcasmo sanguinário. São flores na lapela do terno esguichando ácido. Tortas recheadas com cianeto, charutos com nitroglicerina, descargas elétricas fatais ao alcance de um aperto de mão, gases que levam a vítima a sorrir até a morte, etc.. Para o desenvolvimento destas armas, bem como dos planos grandiosos, sábios e complexos que constantemente testam a habilidade de Batman, retrata-se o Coringa como um mestre nas áreas de química e engenharia.

A luz precisa da escuridão, o bem precisa do mal e Batman precisa do Coringa para existir. E vice-versa.

Fonte: http://obviousmag.org/
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