Ruanda e Uganda estariam financiando rebeldes na RDC, acusa presidente congolês – e com apoio britânico, diz jornal
O governo congolês disse esta semana que não vai negociar com um novo movimento rebelde que está gerando violência no leste do país. No entanto, o porta-voz do governo, Lambert Mende, disse nesta segunda-feira (30) à agência AP que o diálogo é possível com a vizinha Ruanda, que a República Democrática do Congo (RDC) acusa de ajudar os rebeldes.
Uganda negou as acusações de que seu exército estava prestando apoio aos rebeldes do grupo M23, que lutam contra o governo de Kinshasa no leste da RDC, juntando-se o Ruanda, que também refutou acusações semelhantes.
O Presidente da RDC acusou mais uma vez nesta semana Ruanda de apoiar uma nova rebelião no leste do país e classificou o apoio como um “segredo aberto”. O Presidente Joseph Kabila conversou com jornalistas na tarde do sábado (28), em uma rara aparição, e disse que o governo vai investigar acusações de que Uganda também pode ter apoiado a rebelião do M23 no leste.
Investigadores das Nações Unidas confirmam que Ruanda tem fornecido armas e voluntários para rebeldes na RDC, “o que têm causado ainda mais derramamento de sangue sobre esse país ignorado” – escreveu o ‘Telegraph’ de Londres –, tirando 470 mil pessoas de suas casas.
Jornal inglês afirma que Reino Unido financia presidente de Ruanda
O britânico Telegraph, em editorial, afirmou que o Reino Unido dá a Kagame, o presidente de Ruanda, “o apoio de orçamental geral” – 37 milhões de libras, que iriam direto para os seus cofres.
Dada a gravidade das acusações, a “resposta inadequada sugere que a Grã-Bretanha ainda é inibida pela lealdade para com o déspota e o constrangimento sobre ter favorecido ele por tanto tempo”, escreveu o diário. “A ideia de que um líder qualquer que promova o assassinato e o saque deva receber financiamento é abominável”, conclui o editorial.
Missão da ONU em debate
O Conselho de Segurança da ONU está rediscutindo sua missão no país, enquanto funcionários pedem uma mudança no mandato, com o objetivo de fazer buscas aos grupos armados no turbulento nordeste da RDC. A reunião do Conselho de Segurança, ocorrida ontem (30), vem dias depois de a MONUSCO, como é conhecida a missão, ter prorrogado seu mandato por mais um ano com o objetivo de proteger civis.
Os rebeldes do M23 cercaram na segunda-feira (30) uma capital regional na RDC. Segundo a organização ‘Médicos Sem Fronteiras’, foi recebido um grande número de civis feridos, enquanto centenas de outros foram abrigados pela ONG, informou o ‘Independent Online’, da África do Sul.
Fonte: http://www.fazendomedia.com/
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