PM Press, com sede na Bay Area, celebrou seu aniversário de
10 anos de publicações no mês de maio com uma festa badalada em Oakland,
Califórnia, onde a equipe, autores e fãs gargalharam com um esquete cômico de
política, quebraram um drone de entregas da Amazon e dançaram a noite toda ao
som de punk rock.
A PM foi fundada no fim de 2007 por um pequeno grupo de pessoas com décadas de experiências em publicação, mídia e organização. No início nos esforçamos para criar e distribuir áudios, vídeos e textos radicais lançados através de todas as vias disponíveis e formatos possíveis. Fiel a uma variação do nosso nome, “Print Matters” (Matérias Impressas), somos tendenciosos a favor de livros impressos como o melhor formato para transmitir ideias sobre mudança social.
PM Press nunca teve um bestseller no [jornal] New York Times, e você nunca vai achar uma resenha sobre algum de nossos livros em suas páginas. Não faz parte da equação financeira para pequenas publicações alcançar o mainstream vendendo milhões de cópias por cada títulos, mesmo que tenhamos vendido milhões de livros no total, um de cada vez, cara a cara.
Eventos como feira de livros anarquistas e a existência de livrarias radicais são extremamente necessários para expor o trabalho da PM pelo mundo. Nós organizamos, promovemos ou participamos de 370 eventos de autores e 200 exposições de mesas em 2017, por conta própria. A PM é, atualmente, gerenciada por uma equipe de 10 pessoas; a maioria espalhada pela Costa Oeste, outros trabalhando em Rockies, Appalachia, New England, Montreal e no Reino Unido. Após anos de trabalho voluntário, somos capazes de pagar salários produzindo 30 títulos a cada ano, por meio de grandes vendas, ultrapassando um milhão de dólares. E assim como a [revista-jornal] Fifth Estate, PM acaba de celebrar seu 400º lançamento.
Existe uma redução no número de pessoas interessadas nos textos anarquistas históricos em 2018, que há tempos vem sendo líderes do movimento. Enquanto o anarquismo é um tópico de estudo intelectual e debate nas universidades, um discurso desfalcado também ocupa lugar por além das comunidades pobres e da classe trabalhadora que estimularam o movimento nos séculos 19 e 20.
Um dos nossos trabalhos como editores anarquistas, é introduzir a política histórica do anarquismo – auto-organização ativa, promoção da igualdade, oposição a hierarquia, o Estado, e organizações religiosas – nos movimentos, meios e mídias. O anarquismo está sempre do lado do oprimido. Nunca deseja o respeito do mainstream.
Temos um leque grande o suficiente para fazermos parte de discussões com diferentes culturas e experiências, de presos políticos a roqueiros punks, cientistas sociais a cartunistas.
Entre nossos bestsellers, estão livros como Sisters of the Revolution: A Feminist Speculative Fiction Anthology, o colorido Understanding Jim Crow: Using Racist Memorabilia to Teach Tolerance and Promote Social Justice, e o livro de história da Virginia Ocidental Gun Thugs, Rednecks, and Radicals, tapa as lacunas entre os apoiadores das publicações anarquistas, aqueles envolvidos com ativismo de justiça social de base, escritores profissionais e educadores fazendo seus melhores trabalhos em suas áreas.
Com o ritmo em que os editores independentes trabalham, vender 3 mil cópias por ano faz dele um bestseller. No entanto, um conjunto único de literaturas anarquistas, incluindo obras sobre a CNT na Revolução Espanhola, coleções do trabalho do filósofo alemão, Gustav Landauer, e livros dos ativistas britânicos Stuart Christie ou Colin Ward, talvez, não vendam 100 edições ao todo.
Muitos dos problemas atuais em ser um editor independente são os mesmos de décadas atrás. Os custos da produção de um livro – papel, frete, armazenamento, propaganda, distribuição – são preocupações do cotidiano. E poucos querem fazer o trabalho sem glamour e fisicamente exigente de armazenagem, ou gastar anos aprendendo habilidades altamente detalhadas de revisão, indexação e design de livros para projetos que raramente vão gerar lucros.
Entretanto, incontáveis escritores, artistas e ativistas enviam mais manuscritos e propostas do que a PM poderia publicar. Se uma dezena de editores independentes se juntassem para publicar esses textos, em todos os formatos e gêneros, eles teriam muito trabalho pela frente.
Livros antiautoritarismo atrai atenção no movimento anarquista moderno, mas construir alternativas eficientes para o capitalismo é o que devemos fazer, e não apenas lançar livros. As ideias e os exemplos nesses livros devem inspirar os criadores de bibliotecas comunitárias, grupos de cultivo e compartilhamento de comida, lares de cuidados para crianças e idosos não capitalistas, associações de apoio a presidiários – e claro, eventualmente, revoluções.
Veja livros e camisetas da PM em pmpress.org
Craig O’Hara, cofundador da PM Press, passou 25 anos editando e vendendo livros radicais para lojas, em feira de livros, conferências, shows de rock, mercados de pulgas e encontros anarquistas.
A PM foi fundada no fim de 2007 por um pequeno grupo de pessoas com décadas de experiências em publicação, mídia e organização. No início nos esforçamos para criar e distribuir áudios, vídeos e textos radicais lançados através de todas as vias disponíveis e formatos possíveis. Fiel a uma variação do nosso nome, “Print Matters” (Matérias Impressas), somos tendenciosos a favor de livros impressos como o melhor formato para transmitir ideias sobre mudança social.
PM Press nunca teve um bestseller no [jornal] New York Times, e você nunca vai achar uma resenha sobre algum de nossos livros em suas páginas. Não faz parte da equação financeira para pequenas publicações alcançar o mainstream vendendo milhões de cópias por cada títulos, mesmo que tenhamos vendido milhões de livros no total, um de cada vez, cara a cara.
Eventos como feira de livros anarquistas e a existência de livrarias radicais são extremamente necessários para expor o trabalho da PM pelo mundo. Nós organizamos, promovemos ou participamos de 370 eventos de autores e 200 exposições de mesas em 2017, por conta própria. A PM é, atualmente, gerenciada por uma equipe de 10 pessoas; a maioria espalhada pela Costa Oeste, outros trabalhando em Rockies, Appalachia, New England, Montreal e no Reino Unido. Após anos de trabalho voluntário, somos capazes de pagar salários produzindo 30 títulos a cada ano, por meio de grandes vendas, ultrapassando um milhão de dólares. E assim como a [revista-jornal] Fifth Estate, PM acaba de celebrar seu 400º lançamento.
Existe uma redução no número de pessoas interessadas nos textos anarquistas históricos em 2018, que há tempos vem sendo líderes do movimento. Enquanto o anarquismo é um tópico de estudo intelectual e debate nas universidades, um discurso desfalcado também ocupa lugar por além das comunidades pobres e da classe trabalhadora que estimularam o movimento nos séculos 19 e 20.
Um dos nossos trabalhos como editores anarquistas, é introduzir a política histórica do anarquismo – auto-organização ativa, promoção da igualdade, oposição a hierarquia, o Estado, e organizações religiosas – nos movimentos, meios e mídias. O anarquismo está sempre do lado do oprimido. Nunca deseja o respeito do mainstream.
Temos um leque grande o suficiente para fazermos parte de discussões com diferentes culturas e experiências, de presos políticos a roqueiros punks, cientistas sociais a cartunistas.
Entre nossos bestsellers, estão livros como Sisters of the Revolution: A Feminist Speculative Fiction Anthology, o colorido Understanding Jim Crow: Using Racist Memorabilia to Teach Tolerance and Promote Social Justice, e o livro de história da Virginia Ocidental Gun Thugs, Rednecks, and Radicals, tapa as lacunas entre os apoiadores das publicações anarquistas, aqueles envolvidos com ativismo de justiça social de base, escritores profissionais e educadores fazendo seus melhores trabalhos em suas áreas.
Com o ritmo em que os editores independentes trabalham, vender 3 mil cópias por ano faz dele um bestseller. No entanto, um conjunto único de literaturas anarquistas, incluindo obras sobre a CNT na Revolução Espanhola, coleções do trabalho do filósofo alemão, Gustav Landauer, e livros dos ativistas britânicos Stuart Christie ou Colin Ward, talvez, não vendam 100 edições ao todo.
Muitos dos problemas atuais em ser um editor independente são os mesmos de décadas atrás. Os custos da produção de um livro – papel, frete, armazenamento, propaganda, distribuição – são preocupações do cotidiano. E poucos querem fazer o trabalho sem glamour e fisicamente exigente de armazenagem, ou gastar anos aprendendo habilidades altamente detalhadas de revisão, indexação e design de livros para projetos que raramente vão gerar lucros.
Entretanto, incontáveis escritores, artistas e ativistas enviam mais manuscritos e propostas do que a PM poderia publicar. Se uma dezena de editores independentes se juntassem para publicar esses textos, em todos os formatos e gêneros, eles teriam muito trabalho pela frente.
Livros antiautoritarismo atrai atenção no movimento anarquista moderno, mas construir alternativas eficientes para o capitalismo é o que devemos fazer, e não apenas lançar livros. As ideias e os exemplos nesses livros devem inspirar os criadores de bibliotecas comunitárias, grupos de cultivo e compartilhamento de comida, lares de cuidados para crianças e idosos não capitalistas, associações de apoio a presidiários – e claro, eventualmente, revoluções.
Veja livros e camisetas da PM em pmpress.org
Craig O’Hara, cofundador da PM Press, passou 25 anos editando e vendendo livros radicais para lojas, em feira de livros, conferências, shows de rock, mercados de pulgas e encontros anarquistas.
Tradução: Lucas Insuela
agência de notícias anarquistas-ana
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um renascer mais profundo
agarra-se à vida
António Barroso Cruzagarra-se à vida
The Fifth Estate | Verão de 2018
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