segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Atrocidades da vivissecção: Gatos são torturados em experimento chocante nos EUA –

Atrocidades da vivissecção: Gatos são torturados em experimento chocante nos EUA
Experiências tortuosas em gata na Universidade de Winsconsin-Madison. Foto: PETA

Há décadas, gatos vêm sendo aprisionados, cortados e mortos para experimentos cruéis e inúteis de “localização de som” na Universidade de Wisconsin–Madison, nos Estados Unidos.

Quando a ONG PETA descobriu que os envolvidos tiraram fotos para documentar este abuso, foi exigido que a universidade liberasse as fotos. Sabendo que o público irá ficar furioso quando a verdade viesse à tona, a universidade lutou para manter esta crueldade em segredo por mais de três anos, mas um processo jurídico fez a universidade apresentar as imagens. A PETA agora possui várias imagens inéditas mostrando a vida miserável e morte de gatos como “Double Trouble” (Problema Duplo em português), que sofreu por meses como cobaia neste experimento.
De acordo com os registros obtidos pelo PETA, Double Trouble foi submetida a várias cirurgias invasivas em seus olhos, orelhas e cérebro. Na primeira operação, bobinas de aço foram implantadas em seus olhos e um poste de aço inoxidável foi anexado em seu crânio para que sua cabeça pudesse permanecer imóvel durante os experimentos. Na cirurgia seguinte, Double Trouble teve seu crânio aberto por furadeiras para que eletrodos pudessem ser introduzidos em seu cérebro. Os cientistas então aplicaram uma substância tóxica dentro de suas orelhas para ensurdecê-la, e implantes elétricos foram introduzidos no fundo de seus ouvidos.

Registros mostram que a gata acordou da anestesia durante a cirurgia e que estava com dor enquanto os cientistas abriam seu crânio. Outro gato também acordou da anestesia durante uma cirurgia.

Após as cirurgias, a gata foi submetida a sessões experimentais em que sua cabeça foi fixada e ela foi colocada em um saco de nylon e forçada a escutar sons vindo de várias direções. Double Trouble não recebia comida por vários dias antes das sessões para que ela fosse forçada a cooperar em troca de um pouco de comida.

A sua saúde logo se deteriorou. Registros mostram que ela foi vista se contorcendo, o que as anotações clínicas indicavam que era “um sinal neurológico”. Sua face ficou parcialmente paralisada e os ferimentos em sua cabeça nunca curaram. Mais de três meses após sua última cirurgia, os registros descrevem que seus ferimentos como “abertos, úmidos, com secreção de pus e sangue, com inchaço moderado”.

Uma infecção resistente a antibióticos surgiu devido aos ferimentos, mas os experimentos continuaram mesmo assim por dois meses. Uma das últimas anotações nos registros de Double Trouble informa que ela está “aparentemente deprimida”. No fim, ela foi sacrificada e decapitada para que os cientistas pudessem analisar seu cérebro.

Cientistas justificaram o uso de 30 gatos por ano não porque os experimentos resultariam em melhoras para a saúde humana, mas porque “precisavam manter um registro produtivo de publicações que assegurassem constante recebimento de verbas”.

Porém, nenhuma publicação foi vista em nenhuma revista científica como resultado do sofrimento de Double Trouble. Correspondências entre cientistas da universidade e seus colaboradores reconhecem que houve um problema com a cirurgia de Double Trouble, e o experimento foi um fracasso.

Este experimento é parte de um grande projeto que recebeu mais de 3 milhões de dólares, vindos dos impostos pagos por cidadãos, e tem colaboração dos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health – NIH), que declararam que o propósito do experimentos era entender como o cérebro determina a localização de um som. Mas pesquisadores de instituições no mundo todo já usam métodos modernos com pessoas voluntárias para investigar esta questão.

A PETA entrou em contato com policiais federais para investigar a vida e morte de Double Trouble e para que ações sejam tomadas contra a universidade por várias violações de leis federais de bem estar animal.

Tradução por Roberta Oliveira (da Redação)

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