Política de matança: Austrália Ocidental vai exterminar tubarões que se aproximarem das praias.
Foto: James D. Watt/SeaPics.com
Quem mata mais, tubarões ou seres humanos? E quem merece consideração moral, humanos, tubarões ou ambos? Essas duas perguntas são respondidas com as respostas erradas pelo governo do estado australiano de Austrália Ocidental, que anunciou nesta quinta um plano para exterminar os tubarões que se aproximarem muito das praias. O pretexto é que isso seria uma “medida de proteção” depois que, em doze meses, cinco pessoas foram mortas por esses animais.
Colin Barnett, governador da Austrália Ocidental, declarou ao canal ABC que “em 100 anos houve 12 vítimas mortais por ataques de tubarão, mas nos últimos 12 meses morreram cinco pessoas”. O plano que ele anunciou envolve o encarregamento do Departamento de Pesca para rastrear matar os tubarões que “representarem perigo para os banhistas”. E também se pretende usar o rastreamento para entender o comportamento dos tubarões que vêm se aproximando.
Novamente o ser humano usa a morte de humanos como pretexto para “se vingar” e matar tubarões, numa falsa dicotomia moral que interdita a possibilidade de uma solução inteligente que harmonize o convívio entre tubarões e humanos cada um em suas áreas. Também é perceptível o descompromisso em se conhecer e remediar a causa dos ataques de tubarão, preferindo-se, ao invés, usar uma técnica que, desde com ratos e mosquitos até tubarões, tende a não funcionar, que é sair matando os “invasores”.
Com essa medida, trata-se tubarões pior do que lixo, como se fossem um estorvo a ser varrido das praias, não se reconhecendo que eles também têm direito de viver. Com morte, só se semeia ainda mais morte dos dois lados, e isso é o que a Natureza nos vem ensinando há milênios mas muitos seres humanos se recusam a aprender.
Fonte: http://www.anda.jor.br/
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