Violência cresce no Oriente Médio após explosões em Gaza, Jordânia e Israel
A sequência de episódios de violência ocorridos essa semana denuncia o aumento da violência no Oriente Médio. Trinta e três palestinos ficaram feridos na madrugada desta segunda-feira (2/8) numa explosão de origem desconhecida no campo de refugiados de Deir Al Balah, sul da cidade de Gaza. Posteriormente, as cidades de Eilat, em Israel, e Aqaba, na Jordânia, foram alvos de foguetes. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na cidade jordaniana e, segundo o jornal israelense Haaretz, uma das vítimas não resistiu e morreu horas após ser atingida.
A explosão em Gaza ocorreu numa casa onde vive um ativista do braço armado do movimento islamita Hamas. Os serviços de segurança do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirmaram que a casa foi atingida por um bombardeio israelense, mas um porta-voz militar israelense desmentiu formalmente e enfatizou que o Exército não fez qualquer operação.
A aviação israelense realizou duas operações aéreas no domingo ao amanhecer contra túneis utilizados para contrabando na Faixa de Gaza como represália depois de um disparo de foguete palestino contra o sul de Israel.
Jordânia e Israel
No ataque desta segunda, dois foguetes caíram aparentemente no mar, um explodiu em uma área aberta em Eilat, e outros dois atingiram uma área central em Aqaba, a poucos metros do luxuoso Hotel Intercontinental, na Jordânia. Dois dos feridos eram motoristas de táxi. Um dos carros deles foi destruído.
Diversas explosões foram ouvidas no local pouco depois das 8h (horário local). O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, confirmou que os estrondos foram causados por foguetes e acrescentou que ninguém ficou ferido em Eilat. A polícia egípcia lançou uma investigação no Sinai, mas não encontrou indicações de que os foguetes partiram de seu território. Autoridades israelenses suspeitam que o ataque teria partido do Egito, mas não confirmam. “É um pouco cedo para dizer, mas é razoável admitir que veio da área no Sul”, disse à Rádio Israel o comandante policial de Eilat, Moshe Cohen, em referência ao Sinai.
Em 2005, foguetes foram lançados contra navios dos Estados Unidos no porto de Aqaba, mas não acertaram e alvo e terminaram matando um soldado jordaniano que estava em terra. Um grupo que dizia ter ligações com a al-Qaeda disse estar por trás dos lançamentos. Dois anos depois, um homem-bomba palestino se infiltrou na cidade de Eilat pelo Sinai e matou três pessoas em uma padaria, no primeiro caso do tipo na cidade israelense. A Jordânia e o Egito são os únicos dois países árabes que têm acordos de paz com Israel.
Fonte: Opera Mundi
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário