Massacre: Todos os dias o mundo perde de 96 a 110 elefantes africanos
Foto: Reprodução
Os caçadores matam os elefantes e o marfim é traficado para
a Ásia, onde é vendido para que sejam feitas pulseiras, jóias e
ornamentos. Ainda hoje, os turistas continuam a comprar peças de
marfim ignorando completamente o que estão ajudando a financiar. Há
centenas de lojas na China e na Tailândia que comercializam o produto. As
equipes de fiscalização governamentais, bem como a fiscalização online
estão fazendo pouco ou quase nada para impedir este comércio – apesar de
ser ilegal. As informações são do Facebook
“International Animal Rescue Foundation World Action South Africa.”
A maior empresa de turismo do Reino Unido, embora não
endosse a compra de marfim, meramente diz a seus clientes para “- Terem
cuidado com qualquer coisa que contenha produtos feitos de
marfim, tartaruga marinha, corais, flores ou pele de répteis. O comércios
de lembranças feitas com elementos da vida selvagem é controlado
internacionalmente para salvaguardar as espécies, então seus
presentes podem ser confiscados pela alfândega, em seu retorno.”
Entretanto, embora este aviso seja de domínio público, os
turistas continuam a comprar marfim e com isto o dinheiro volta aos
caçadores e ao comércio do mercado negro. Muitos turistas estão,
involuntariamente, ajudando a levar uma das espécies com mais risco de
extinção do mundo, a sua extinção em si – tudo por causa de uma lembrança
exótica. Embora os últimos números indiquem que alguns itens do comércio
de produtos da vida selvagem sejam trazidos por criminosos, a maioria
parece ser inocentemente trazida na volta das férias como lembranças.
Foto: Reprodução Internet
No último ano, cerca de 158 mil plantas ilegais como o
Ginseg Americano, orquídeas e 221 produtos feitos com marfim e pele e 959
répteis vivos como cobras, lagartos e tartarugas foram aprendidos
pela alfândega. Muitos itens passarão pela alfândega sem serem
descobertos e estes números são somente no Reino Unido. Se considerarmos
todos os turistas de outras partes do mundo, incluindo muitos outros
países com procedimentos alfandegários mais brandos e onde as pessoas não
se importam com a compra de produtos da vida selvagem, é possível imaginar
o tamanho do problema.
O número de produtos feitos com marfim encontrados à venda
subiu de 5.865 em janeiro de 2013 para 14.512 em maio deste ano, enquanto
entre janeiro e dezembro de 2013, o número de lojas que vendem marfim
cresceu de 61 para 105. Pelo menos vinte mil elefantes africanos foram
mortos em 2013 por caçadores , para suprir a alta demanda da Ásia, onde a
Tailândia tem a não invejável reputação de ser o lugar com o maior número
de mercados de marfim irregulares do mundo. Acredita-se que
gangues transnacionais asiáticas estão por trás deste tráfico. De
certa forma, uma lei de 75 anos que permite o comércio legal de marfim de
elefantes domesticados na Tailândia é culpada pela atual crise do tráfico.
“As autoridades tailandesas estão adiando por quase duas
décadas a revisão de sua ultrapassada legislação sobre o marfim e a
paciência do mundo com ela está se esgotando – já é hora de revisar
e fechar a brecha legal que permite a lavagem do marfim de elefantes
africanos, bem como o comércio aberto de outras espécies relacionadas na
CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da
Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção – e fechar o comércio ilegal de
marfim,” disse Chris Shepherd, Diretor regional da TRAFFIC no sudeste
asiático.
Apesar das proibições internacionais da venda de marfim e
regulamentações declarando ilegal, muitas das lojas em Bangkok
têm placas mirando em compradores chineses, minando diretamente os
esforços da China em desencorajar a compra de marfim por seus cidadãos que
viajam ao exterior. Em 2013, a Tailândia deu boas-vindas a 26.7 milhões de
visitantes, de acordo com a Autoridade de Turismo da Tailândia, com a China no
topo da lista com 4.7 milhões de turistas, um pulo de 69% se comparado a
2012 quando o total de turistas era quase 20%.
“O grande crescimento no número de turistas significa que as
autoridades alfandegárias deveriam inspecionar com mais rigor os
visitantes saindo ou retornando da Tailândia com lembranças feitas
de marfim,” disse Shepherd. “A mensagem deveria estar chegando aos
turistas que visitam a Tailândia de forma clara e firme – compre marfim e estará
comprando problemas.” Ironicamente, os elefantes são venerados na
Tailândia como uma parte importante da identidade do país, já que são
parte integral das crenças e cultura tailandesas. Apesar disto, a Tailândia
está sempre presente nas análises do ETIS – Sistema de Informações sobre o
Comércio de Elefantes, gerenciado pela TRAFFIC em nome da Conferência das
Partes da CITES, como um dos países mais problemáticos no mundo em relação
ao comércio do produto.
“A Tailândia tem que cumprir suas obrigações internacionais
– já ouvimos promessas de tomada de ação antes, mas o mundo ainda está
esperando ver o país cumprir os comprometimentos públicos que fez,” disse
Shepherd. E se você pensa que tudo isto é ruim, o Facebook respondeu aos
pedidos da International Animal Rescue Foundation no ano passado e
há cerca de três meses removeu as páginas de 30 comerciantes de marfim –
que voltaram a funcionar novamente. Veja as
páginas que difundem esta indústria cruel.
Fonte: http://www.anda.jor.br/04/12/2014/dias-mundo-perde-96-110-elefantes-africanos
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