Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/
sábado, 29 de novembro de 2014
Água: as mineradoras têm (muita) sede – por Myriam Bahia Lopes
Água: as mineradoras têm (muita) sede
Como grandes empresas estão desviando recursos hídricos
para minerodutos – sem que a sociedade saiba que são e a quem servem
Os minerodutos, tubulações usadas para o transporte rápido e
barato de minérios a longas distânci
as, estão se multiplicando em Minas Gerais. A Samarco que já possui dois minerodutos ativos, que ligam Germano, em Mariana (MG) a Ubu, em Anchieta (ES), projeta construir mais três, ligando Minas Gerais ao litoral.
as, estão se multiplicando em Minas Gerais. A Samarco que já possui dois minerodutos ativos, que ligam Germano, em Mariana (MG) a Ubu, em Anchieta (ES), projeta construir mais três, ligando Minas Gerais ao litoral.
O sistema dutoviário de transporte opera com um líquido e
nos casos citados é a água. Assim, uma discussão imperativa na implementação
destas vias de transporte, e que não está recebendo a atenção necessária, é o
problema dos possíveis danos ao abastecimento doméstico e o impacto no
ecossistema provocados pela drenagem excessiva de água por essas mineradores
para abastecer o sistema de dutos. A fim de demonstrar a gravidade dos efeitos
a curto e longo prazo, causados pelo transporte de recursos hídricos, passa-se
a descrever a desolação do vale do Rio Owens, no estado americano da
Califórnia, provocada pelo bombeamento exorbitante pela prefeitura de Los
Angeles para abastecer a cidade.
A Devastação do Vale Owens
Los Angeles é hoje, com 3,8 milhões de habitantes, a segunda
cidade mais populosa dos Estados Unidos, ficando atrás apenas de Nova York.
Desde o início do século XX, tem sofrido um intenso processo de crescimento
demográfico: em 1900, a sua população se resumia a 100 mil habitantes. Esse
influxo migratório tornou-se um desafio para seus dirigentes políticos, que
logo perceberam que a única fonte de água da cidade, o Rio Los Angeles, não
seria suficiente.
Diante desse prognóstico o prefeito Fred Eaton e seu
engenheiro-chefe, William Mulholland, construíram e inauguraram (em 1913) um
aqueduto ligando Los Angeles ao vale do Rio Owens, a fonte de água mais próxima
da cidade, localizado a 386 quilômetros a nordeste. As águas do Rio Owens
advinham do constante e anual degelo da Serra Nevada, de forma que dispunha de
mais de 4,5 bilhões de metros cúbicos de água, quantidade igual a do lago da
Represa Hoover, maior reservatório artificial dos Estados Unidos e o
equivalente a 15,5% do volume de água armazenada no lago da Usina de Itaipu, no
Brasil. Essa fartura de recursos hídricos e a construção de um sistema de
canais de irrigação permitiram o desenvolvimento da agricultura no vale, que
passou a ser conhecido nacionalmente como Suíça da Califórnia.
5/11/1913: Quarenta mil pessoas enfileiram-se às margens do
Aqueduto de Los Angeles, para acompanhar sua inauguração (Foto: Los Angeles
Times)
Para conseguir abastecer Los Angeles, cuja população
continuava a crescer e irrigar as terras localizadas em seu entorno, a
prefeitura começou a tomar medidas questionáveis. Para garantir o aumento do
volume de água no aqueduto, comprou fazendas no vale e companhias que operavam
os canais de irrigação. Além de drenar a água superficial, a prefeitura
instalou um conjunto de bombas, a fim de extrair as reservas hídricas
subterrâneas, o que acarretou em um drástico rebaixamento do nível do lençol
freático do vale e forçou os fazendeiros a vender suas terras a preços
irrisórios e abandonar a região. Os agricultores que resistiam a pressão
construíam, por conta própria, diques e represas em riachos do vale, mas
agentes de Los Angeles disfarçados dinamitavam as construções.
Setores da população do vale responderam com fundamentalismo
ao assédio da prefeitura. Em 1923, células da Ku Klux Klan surgiram na região e
faziam visitas noturnas nas residências de moradores locais que desistiam de
lutar contra a Prefeitura, a fim de coagi-los a não cooperar. Finalmente, o
extremismo alcançou o ápice em 21 de maio de 1924, quando quarenta homens
implantaram três caixas de dinamites no aqueduto e o explodiram. Outros
atentados ocorreram entre 1925 e 1927, interrompendo o abastecimento da cidade.
Em represália aos ataques, a prefeitura enviou ao vale homens armados com
autorização para atirar em qualquer um que se aproximasse do aqueduto.
Em resposta a novos ataques, a prefeitura decidiu, então,
agir por outra frente: a financeira. Sabendo que somente bancos locais estavam
financiando as atividades econômicas no vale, Los Angeles denunciou-os por
certas irregularidades fiscais. Três dias depois, os bancos foram fechados e
seus proprietários, os Irmãos Watterson, principais líderes da resistência
não-armada no vale, foram julgados e condenados por peculato. Depois desse
evento, a resistência no vale desmoronou e as terras foram vendidas à
prefeitura. Desta forma, já em maio de 1933, Los Angeles controlava 95% das
terras e 85% das propriedades nas cidades no Vale Owens. Com essas medidas,
houve um intenso decrescimento populacional na região. Sua base econômica
mudou, a força, para turismo e atividades de baixo consumo de água, como
pecuária extensiva.
A crise do Vale Owens, conhecida como Guerras Californianas
por Água ou simplesmente Guerra Civil Californiana, tornou-se um evento
marcante na história dos Estados Unidos. Desde então, a implementação de
projetos hídricos é feita sob a ressalva de evitar a repetição desse lamentável
episódio.
Sistema hídrico, sociedade e paisagem
A crise do Vale Owens, nos Estados Unidos, deve ver lida
como um momento exemplar de disputa pela água e pela vida. No Brasil e
principalmente em Minas Gerais, a expansão de minerodutos deve ser avaliada de
vários ângulos. Apesar de serem uma forma barata de transporte, eles consumem
grandes quantidades de água e operam uma intervenção irreversível na cultura e
na paisagem local. Cabe às autoridades ponderar sobre a aplicabilidade dos
recursos hídricos do Estado, a fim de não prejudicar o uso doméstico, a
irrigação que alimenta a agricultura e desertificar a paisagem.
O processo de privatização promovido pelos governos
estaduais tucanos de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente na Sabesp e na
Copasa, interfere de forma radical a produção da água para consumo. Essas
empresas, em seu “choque de gestão”, irão se pautar pela ritmo da bolsa de Nova
York… o que implica transferir o capital da empresa para o exterior. Essa
mudança na produz impactos violentos sobre as companhias, que deixam de ter por
alvo o provimento de um serviço fundamental à vida e passam a visar a
especulação financeira.
Em um momento que deveria ser de amplo debate nacional sobre
o Código de Mineração, assistimos, dentro de um cenário de seca sem precedentes
no Sudeste brasileiro, a construção do mineroduto da Anglo American. A
lamentável história do Vale Owens também deve ser vista como um aviso às
comunidades localizadas a jusante dos minerodutos. A crise da Califórnia
demonstra que, num jogo de poderes entre fortes e fracos, o poderio dos
primeiros pode suplantar estes últimos. Caberia ao Estado e à sociedade civil
cuidar para que o poder econômico dominante ou justificativas políticas
desenvolvimentistas não tenham supremacia sobre direitos individuais ou de
comunidades locais.
Os direitos fundamentais, entendidos como sentinelas da
justiça, devem ser aplicados como trunfos contra essas decisões majoritárias.
Tais direitos não podem ser negligenciados ou sacrificados em prol de
interesses econômicos, sendo inadmissível, em nome da conveniência política ou
do que seja, deixar de levar tais direitos a sério, como foi feito no episódio
do Vale Owens, o que resultou em uma escalada de violência sem precedentes e em
intervenção irreversível e drástica na cultura e no ecossistema.
Fonte: http://outraspalavras.net/brasil/agua-as-mineradoras-te-muita-sede/
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
É meu dever dizer aos jovens o que é um Golpe de Estado – por Hildegard Angel
É meu dever dizer aos jovens o que é um Golpe de Estado
**Há cheiro de 1964 no ar. Não apenas no Brasil, mas também
nas vizinhanças. Acho então que é chegada a hora de dar o meu depoimento.
Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o
que é de fato uma ditadura.
Se a Ditadura Militar tivesse sido contada na escola, como
são a Inconfidência Mineira e outros episódios pontuais de usurpação da
liberdade em nosso país, eu não estaria me vendo hoje obrigada a passar sal em
minhas tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar.
Fazer as feridas sangrarem é obrigação de cada um dos que
sofreram naquele período e ainda têm voz para falar.
Alguns já se calaram para sempre. Outros, agora se calam por
vontade própria. Terceiros, por cansaço. Muitos, por desânimo. O coração tem
razões…
Eu falo e eu choro e eu me sinto um bagaço. Talvez porque a
minha consciência do sofrimento tenha pegado meio no tranco, como se eu vivesse
durante um certo tempo assim catatônica, sem prestar atenção, caminhando como
cabra cega num cenário de terror e desolação, apalpando o ar, me guiando pela
brisa. E quando, finalmente, caiu-me a venda, só vi o vazio de minha própria
cegueira.
Meu irmão, meu irmão, onde estás? Sequer o corpo jamais
tivemos.
Outro dia, jantei com um casal de leais companheiros dele.
Bronzeados, risonhos, felizes. Quando falei do sofrimento que passávamos em
casa, na expectativa de saber se Tuti estaria morto ou vivo, se havia corpo ou
não, ouvi: “Ah, mas se soubessem como éramos felizes… Dormíamos de mãos dadas e
com o revólver ao lado, e éramos completamente felizes”. E se olharam, um ao
outro, completamente felizes.
Ah, meu deus, e como nós, as famílias dos que morreram, éramos e somos
completamente infelizes!
A ditadura militar aboletou-se no Brasil, assentada sobre um
colchão de mentiras ardilosamente costuradas para iludir a boa fé de uma classe
média desinformada, aterrorizada por perversa lavagem cerebral da mídia, que
antevia uma “invasão vermelha”, quando o que, de fato, hoje se sabe, navegava
célere em nossa direção, era uma frota americana.
Deu-se o golpe! Os jovens universitários liberais e de
esquerda não precisavam de motivação mais convincente para reagir. Como armas,
tinham sua ideologia, os argumentos, os livros. Foram afugentados do mundo
acadêmico, proibidos de estudar, de frequentar as escolas, o saber entrou para
o índex nacional engendrado pela prepotência.
As pessoas tinham as casas invadidas, gavetas reviradas,
papéis e livros confiscados. Pessoas eram levadas na calada da noite ou sob o
sol brilhante, aos olhos da vizinhança, sem explicações nem motivo, bastava uma
denúncia, sabe-se lá por que razão ou partindo de quem, muitas para nunca mais
serem vistas ou sabidas. Ou mesmo eram mortas à luz do dia. Ra-ta-ta-ta-tá e
pronto.
E todos se calavam. A grande escuridão do Brasil. Assim são
as ditaduras. Hoje ouvimos falar dos horrores praticados na Coreia do Norte.
Aqui não foi muito diferente. O medo era igual. O obscurantismo igual. As
torturas iguais. A hipocrisia idêntica. A aceitação da sobrevivência. Ame-me ou
deixe-me. O dedurismo. Tudo igual. Em número menor de indivíduos massacrados,
mas a mesma consistência de terror, a mesma impotência.
Falam na corrupção dos dias de hoje. Esquecem-se de falar
nas de ontem. Quando cochichavam sobre “as malas do Golbery” ou “as comissões
das turbinas”, “as compras de armamento”. Falavam, falavam, mas nada se
apurava, nada se publicava, nada se confirmava, pois não havia CPI, não havia
um Congresso de verdade, uma imprensa de verdade, uma Justiça de verdade, um
país de verdade.
E qualquer empresa, grande, média ou mínima, para conseguir
se manter, precisava obrigatoriamente ter na diretoria um militar. De qualquer
patente. Para impor respeito, abrir portas, estar imune a perseguições. Se isso
não é um tipo de aparelhamento, o que é, então? Um Brasil de mentirinha, ao som
da trilha sonora ufanista de Miguel Gustavo.
Minha família se dilacerou. Meu irmão torturado, morto,
corpo não sabido. Minha mãe assassinada, numa pantomima de acidente, só
desmascarada 22 anos depois, pelo empenho do ministro José Gregory, com a
instalação da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos no governo Fernando
Henrique Cardoso.
Meu pai, quatro infartos e a decepção de saber que ele,
estrangeiro, que dedicou vida, esforço e economias a manter um orfanato em
Minas, criando 50 meninos brasileiros e lhes dando ofício, via o Brasil
roubar-lhe o primogênito, Stuart Edgar, somando no nome homenagens aos seus pai
e irmão, ambos pastores protestantes americanos – o irmão, assassinado por
membro louco da Ku Klux Klan. Tragédia que se repetia.
Minha irmã, enviada repentinamente para estudar nos Estados
Unidos, quando minha mãe teve a informação de que sua sala de aula, no curso de
Ciências Sociais, na PUC, seria invadida pelos militares, e foi, e os alunos
seriam presos, e foram. Até hoje, ela vive no exterior.
Barata tonta, fiquei por aí, vagando feito mariposa, em volta
da fosforescência da luz magnífica de minha profissão de colunista social, que
só me somou aplausos e muitos queridos amigos, mas também uma insolente
incompreensão de quem se arbitrou o insano direito de me julgar por ter
sobrevivido.
Outra morte dolorida foi a da atriz, minha verdadeira e
apaixonada vocação, que, logo após o assassinato de minha mãe, precisei abdicar
de ser, apesar de me ter preparado desde a infância para tal e já ter então
alcançado o espaço próprio. Intuitivamente, sabia que prosseguir significaria
uma contagem regressiva para meu próprio fim.
Hoje, vivo catando os retalhos daquele passado, como
acumuladora, sem espaço para tantos papéis, vestidos, rabiscos, memórias,
tentando me entender, encontrar, reencontrar e viver apesar de tudo, e promover
nessa plantação tosca de sofrimentos uma bela colheita: lembrar os meus
mártires e tudo de bom e de belo que fizeram pelo meu país, quer na moda, na
arte, na política, nos exemplos deixados, na História, através do maior número
de ações produtivas, efetivas e criativas que eu consiga multiplicar.
E ainda há quem me pergunte em quê a Ditadura Militar
modificou minha vida!
Hildegard Angel
**O primeiro parágrafo original deste texto, que fazia
referência à possível iminente tomada do poder de um governo eleito
democraticamente, na Venezuela, foi trocado pela frase sucinta aqui vista
agora, às 15h06m deste dia 24/02/2014, porque o foco principal do assunto (a
ditadura brasileira) foi desviado nos comentários. Meus ombros já são pequenos
para arcarem com a nossa tragédia. Que dirá com a da Venezuela!
*** Pelo mesmo motivo acima exposto, os comentários que se
referiam à questão na Venezuela referida no antigo primeiro parágrafo foram
retirados pois perderam o sentido no contexto.Pedindo desculpa aos autores dos
textos, muitos deles objeto de reflexão honesta e profunda, e merecedores de
serem conhecidos, mas não há motivação para mantê-los aqui no ar. O nível de
truculência a que levou a discussão não me permite estimulá-la.
Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=2091
Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=2091
É possível um crowdfunding pós-capitalista? - por Antonio Martins
É possível um crowdfunding pós-capitalista?
“Outras Palavras”
acredita que sim! Veja como o dinheiro de nossos leitores (e o seu) pode
sustentar um site para o qual a vida não é mercadoria
O núcleo de redação de Outras Palavras concluiu, há algumas
horas, uma etapa de trabalho intensa e absorvente – porém necessária. Está no
ar, num novo site, o programa Outros
Quinhentos, em sua versão para 2015. Por meio dele, queremos mobilizar os
leitores para garantir a continuidade e expansão de nosso projeto editorial. O
chamado é necessário devido às condições peculiares em que o site foi criado e
se mantém.
Lançado em 2010, para oferecer uma visão sobre o mundo e o
Brasil alternativa à dos velhos jornais, Outras Palavras recusa-se ao panfleto
e à superficialidade. Não nos agrada repetir a crítica às manipulações da mídia
de mercado. Queremos cumprir o papel a que ela renunciou: examinar em
profundidade grandes temas de nossa época. Expor os limites da ordem social em
que estamos mergulhados. Destacar as lógicas que emergem de lutas e práticas
inovadoras: entre outras, o compartilhamento, a colaboração, a redistribuição
de riquezas, a busca de novas relações entre o ser humano e a natureza.
Ressaltar a possibilidade do pós-capitalismo.
Em menos de cinco anos, esta proposta revelou seu alcance.
Em torno dela, reuniram-se algumas centenas de colaboradores e um vasto público
leitor (mais de 17 mil textos lidos por dia, 213 mil “curtidores” no Facebook).
Mas as condições para existência de Outras Palavras são difíceis, num mundo em
que as relações mercantis são hegemônicas. Nossa produção é oferecida
gratuitamente. Mas para isso, enfrentamos custos muito concretos.
Nossa resposta é recorrer à mobilização consciente dos
leitores, sempre que possível de forma criativa. Por meio da nova versão
de Outros
Quinhentos, pretendemos arrecadar, de hoje até março (quando completaremos
cinco anos) R$ 160 mil. Se alcançada, a meta permitirá manter nosso trabalho
por um ano e abrirá caminho para novos projetos. Oferecemos, aos participantes
deste esforço – os que aderirem a partir de agora e os que já se somaram à
sustentação de Outras Palavras –, singelas contrapartidas, relacionadas a uma
novidade. Em seu segundo ano, Outros Quinhentos vai se converter, também, num
canal para circulação de produções culturais alternativas e produtos da
Economia Solidária.
Participar de Outros
Quinhentos é fácil, seguro e módico. Pequenas contribuições, de
muitos, manterão vivo nosso jornalismo de profundidade. Em minutos, você
receberá um boletim especial com todas as informações sobre a campanha – que
começa sob a égide de Frida Kahlo. O ritmo de publicação de textos em Outras
Palavras, reduzido nas últimas semanas devido ao esforço para construiu a nova
iniciativa, será regularizado a partir de amanhã. Desde já, receba nossa
gratidão.
Fonte: http://outraspalavras.net/blog/2014/11/26/e-possivel-um-crowdfunding-pos-capitalista/
“Para Mudar Tudo”, um projeto anarquista
“Para Mudar Tudo”, um projeto anarquista
A p r e s e n t a ç ã o:
Mudanças climáticas, escassez de água, crises econômicas que
ameaçam nossos empregos já instáveis e precários, bem como nosso acesso a
alimento, saúde e moradia: a ordem dominante é insustentável em todas as suas
formas. Até mesmo os seus maiores representantes, como a mídia, políticos e
empresários, admitem que são necessárias mudanças radicais. Mas por que
deveríamos pedir ou esperar que essas autoridades tomem a iniciativa?
O que seria, realmente, mudar tudo? Como escolheremos
caminhos diferentes?
O projeto “Para Mudar Tudo” tem como objetivo a propaganda
dos pensamentos e valores libertários e radicais para pessoas que ainda não
tiveram contato com essas ideias ou práticas mas que mesmo assim sentem que
precisamos resistir à ordem política vigente. Ele conta com um texto
introdutório ao pensamento anarquista e em linguagem acessível, levado ao
público por diferentes formatos: 4 mil cópias de uma revista impressa com cerca
de 50 páginas, uma versão em pdf para download, uma versão em vídeo do mesmo
texto com cerca de 8 minutos para circulação na internet, posters e adesivos
para serem difundidos nas ruas, espaços libertários, centros sociais, ou mesmo
pregado nos quartos de jovens rebeldes. Tudo isso reunido em um site para
download gratuito e livre difusão.
Todo o projeto – vídeo, texto, site – foi produzido e
adaptado para cerca de 14 idiomas por coletivos locais de cada país para ser
lançado ao mesmo tempo nos 5 continentes e propagar o caráter sem fronteiras e
cooperativo do anarquismo. Cada versão foi também devidamente adaptada ou
reescrita pelos coletivos locais para ser usada como plataforma de diálogo com
indivíduos e iniciativas de cada região. Então, com exemplos, contextos,
imagens e linguagens, tentamos falar da nossa realidade e propor formas de
resistir às opressões existentes nela. Para conhecer as outras versões,
acesse: www.tochangeeverything.com.
Nosso site tem como proposta servir de introdução a
pensamentos e ações libertárias e te colocar em contato com grupos e pessoas
agindo – ou que aspiram agir – para resistir e transformar a realidade em que
vivemos.
Aproveite o conteúdo e fique à vontade para entrar em
contato!
Mais infos, contato: paramudartudo.com
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Pardal orfãozinho
vem brincar
comigo
Cláudio Fontalan
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