quarta-feira, 23 de junho de 2010

O iminente colapso dos Estados Unidos

O iminente colapso dos Estados Unidos
Do excelente (vão lá e confiram) Defesa BR

Câmara dos EUA acusa Pentágono de financiar, indiretamente, grupos armados no Afeganistão

WASHINGTON — Os Estados Unidos estão pagando indiretamente dezenas de milhões de dólares a grupos armados — talvez até ao Talibã -, em troca de proteção aos comboios que levam mantimentos a tropas americanas no país, segundo investigação da Câmara de deputados americana.

A prática do Pentágono de terceirizar o deslocamento de bens no Afeganistão, deixando as próprias empresas encarregadas da sua segurança, libera tropas para o combate à insurgência. Os “efeitos colaterais” dessa atitude podem prejudicar o combate à corrupção e o fortalecimento das instituições, segundo o relatório que será examinado numa audiência parlamentar nesta terça-feira.

“Este arranjo tem alimentado um vasto esquema de proteção mantido por uma rede obscura de senhores da guerra, homens fortes, comandantes, autoridades afegãs corruptas e talvez outros”, disse em nota o deputado democrata John Tierney, presidente de uma subcomissão de segurança nacional da Câmara.

O relatório, preparado por assessores democratas da subcomissão, diz que os pagamentos em troca de proteção representam “uma fonte potencialmente significativa de financiamento para o Talibã”. O texto cita vários documentos, incidentes e emails que mencionam tentativas de extorsões dos talibãs.

Relatório sugere que Departamento de Defesa assuma responsabilidade

O contrato, conhecido pela sigla HNT (de “Transporte por Caminhões na Nação Anfitriã”, na sigla em inglês), e envolve uma cifra de US$ 2,16 bilhões e abrange 70% do transporte de combustível, alimentos, munições e outros itens para as tropas dos EUA. A investigação começou em novembro de 2009.

Segundo o relatório, as empresas de transporte e suas subcontratadas “pagam dezenas de milhões de dólares anualmente a senhores da guerra locais em todo o Afeganistão, em troca de ‘proteção’ para os comboios de abastecimento do HNT que apoiam tropas dos EUA”.

“Os contratados do HNT frequentemente se referiam a tais pagamentos como ‘extorsão’, ’subornos’, ’segurança especial’ e/ou ‘pagamentos por proteção’”, acrescenta o documento.

Os investigadores disseram que várias empresas já se queixaram ao Pentágono, mas que não houve providências adequadas. O relatório sugere que o Departamento de Defesa acompanhe mais de perto o transporte das suas cargas e assuma a responsabilidade direta pelas ações das empresas contratadas.

O texto recomenda também uma avaliação detalhada dos efeitos secundários do contrato HNT, inclusive a respeito da corrupção gerada e do impacto sobre a política afegã.

Nosso Comentário:
O Colapso dos EUA Parece Iminente com Obama na Casa Branca

Os americanos não se dizem os paladinos mundiais contra a corrupção? Duvido que esse dinheiro não vá para mãos que mandam. E não falo de senhores da guerra locais nem de talibãs.

Se não vai, a dúvida paira no ar. Está errado e isso tem que mudar. É aquela velha estória dos americanos: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço.

Outro escândalo divulgado hoje demonstra claramente como os EUA estão a ponto de perderem a guerra no Afeganistão, se é que já não a perderam e ainda não sabem. Só faltaria o colapso final, à La Vietnã.

Em um artigo na revista Rolling Stone, o general Stanley McChrystal, comandante de 142.000 soldados da coalizão de forças internacionais no Afeganistão, ironiza abertamente várias autoridades americanas. Só isso já seria um absurdo, mas precisa haver um motivo por trás.

Ele começa pelo vice-presidente, Joe Biden, um cético da estratégia usada na guerra do Afeganistão. E termina por ironizar o seu próprio presidente, Barack Obama.

Mas não é só isso. No meio, McChrystal critica os membros da segurança nacional, reclama de ter sido traído pelo embaixador americano em Cabul, Karl Eikenberry, e denigre o enviado especial dos EUA para o Afeganistão e Paquistão, Richard Holbrooke.

Ele simplesmente fala mal de todo mundo. Mas será que seu estresse não estaria relacionado com a corrupção generalizada que pode estar vendo à sua volta e o deixaria impotente para vencer a guerra? Não sentirá falta de um comandante-em-chefe à altura? Claro que sim.

Nesse ponto, o general dá pistas de sua imensa insatisfação ao reclamar de atritos entre o Exército e a Casa Branca em 2009 sobre o envio de reforços pedidos por ele, o que teria sido um “momento “penoso” para McChrystal.

Ele teria ficado bastante frustrado com Obama também em 2009, depois de uma reunião, que lhe pareceu apenas uma sessão fotográfica de 10 minutos. Segundo um assessor seu, o presidente Obama claramente nada sabia sobre ele, sequer quem era. E não parecia muito comprometido com a situação. O quadro começa a ficar claro agora.

Ao ler a entrevista explosiva, Obama chamou o general de volta para conversarem novamente na Casa Branca. Estarão presentes os secretários Hillary Clinton (Estado) e Robert Gates (Defesa), sendo ambos uma parte importante do problema da atual administração. Mas, afinal, a óbvia falta de comando neste caso todo é mesmo de quem?

E a crise econômica nos EUA continua a agravar-se. O diretor de orçamento da Casa Branca, Peter Orszag, acaba de anunciar que planeja demitir-se em breve. Trata-se de um colaborador de primeira hora do grupo de Obama, ainda nas primárias.

Sua falta será muito sentida pelo presidente americano, pois o orçamento é mais uma derrota de sua administração, que não sabe o que é economizar. E sabe muito menos como conduzir uma guerra.

Claramente, algo está muito errado na Casa Branca. Como Obama agiu errado com o Brasil no caso do Irã (incentivando Lula por carta a uma acordo com o Irã e o traindo depois) e na falta de atitude no caso do vazamento de óleo da British Petroleum (BP) no Golfo Pérsico.

Se pequenas partes de graves erros dessa administração são juntadas (e mais virão), a imagem final do quebra-cabeças que aparece é terrível para os americanos.

Um diretor de orçamento que se demite, corrupção e falta de pulso grassando na guerra, um general comandando 142.000 homens entrando em colapso em pleno Afeganistão, uma carta presidencial que nada vale, uma atitude que não veio sobre a BP, etc. O colapso dos EUA virá?

Fonte: http://www.estadoanarquista.org/blog/

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