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O grupo fundamentalista Al Shabab, que se diz aliado da rede Al Qaeda, é quem atualmente domina as partes mais afetadas da região. O grupo alega que tudo não passa de mentiras do Ocidente. Que tudo vai muito bem, obrigado, que não há surto de fome coisa nenhuma. E assim, O Al Shabab não permite a entrada dos socorristas das organizações de ações humanitárias.
O Ocidente (ou comunidade Internacional?) faz corpo mole, cara de paisagem. Alega que não é possível fazer muita coisa para tirar as crianças da garra da morte, de serem usadas como combustível de uma estratégia odiosa e infernal de dominação política. Afinal, não é de bom alvitre intervir nas questões internas dos países, é preciso respeitar a autonomia e o destino das nações, o livre-arbítrio dos povos, blábláblá-blábláblá.
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Pronto, calei. Mas antes só uma observação grosseira: Criança abandonada a gente vê muito; mas alguém viu algum bezerro abandonado por aí?
Isto é só para perguntar: e se tivesse petróleo, ouro ou mesmo lítio no Chifre da África e o grupo Al Shabab estivesse impedindo a retida dessas commodities, existiria algum assessor prudente, algum diplomata ponderado que aconselhasse a Comunidade Internacional a não estourar o Al Shabab e restabelecer o fluxo do bem interrompido?
Enquanto isso, para o bem e para o mal, com ou sem indignação, a gente vai se empanturrando de gordura trans e alucinógenos (i)lícitos. Até ser também alcançado pela morte. Não esquálidos como os defuntos das crianças do Chifre da África. Mas balofo como um hipopótamo boiando nas águas serenas do rio Okavango, nas planícies do Kalahari.
Fonte: http://www.revistabula.com
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