Enquanto cessar-fogo era implementado em Gaza, Israel lançava operação na Cisjordânia
Mais de 50 palestinos envolvidos em protestos contra a investida militar israelense foram presos
Em Ramallah, manifestantes palestinos correm de bombas de gás lacrimogêneo
Enquanto o cessar-fogo entre Israel e Hamas era implementado na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (21/11), oficiais israelenses lançaram uma nova operação na Cisjordânia a fim de reprimir “recentes atividades violentas e terroristas”. Mais de 50 palestinos envolvidos em protestos contra a investida militar israelense no território palestino na última semana foram presos para “restaurar a calma”.
Na última quarta-feira (14/11), as Forças de Defesa de Israel iniciaram a operação “Pilar Defensivo” na Faixa de Gaza com o suposto objetivo de se defender do lançamento de projeteis por grupos da resistência palestina. Aviões não-tripulados dispararam bombas no território palestino, destruindo dezenas de edifícios e deixando pelo menos 147 pessoas mortas e mais de mil feridos. A maioria das vítimas era civil, incluindo dezenas de jovens e crianças.
Desde o início da ofensiva militar, palestinos residentes da Cisjordânia realizaram protestos e vigílias pelas vítimas em diferentes cidades. As manifestações foram duramente reprimidas por oficiais israelenses que dispararam balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e projéteis contra os participantes. Pelo menos duas pessoas morreram em decorrência dos ferimentos nesta semana.
Durante a madrugada desta quinta (22/11), os militares israelenses realizaram uma campanha para deter diversos membros de organizações políticas palestinas. Autoridades do Hamas, com quem o governo israelense havia acabado de negociar, da Frente Popular de Libertação da Palestina, da Jihad Islâmica e outras organizações foram levadas para prisões.
"À luz das recentes atividades terroristas e violentas em Samaria e Judéia (Cisjordânia) e como parte da tentativa das forças de segurança de restabelecer a calma na zona, foi adotada a decisão de levar a cabo as detenções", indica a nota das Forças de Defesa de Israel. A operação foi realizada com a cooperação de serviços de inteligência.
Na última quarta-feira (14/11), as Forças de Defesa de Israel iniciaram a operação “Pilar Defensivo” na Faixa de Gaza com o suposto objetivo de se defender do lançamento de projeteis por grupos da resistência palestina. Aviões não-tripulados dispararam bombas no território palestino, destruindo dezenas de edifícios e deixando pelo menos 147 pessoas mortas e mais de mil feridos. A maioria das vítimas era civil, incluindo dezenas de jovens e crianças.
Desde o início da ofensiva militar, palestinos residentes da Cisjordânia realizaram protestos e vigílias pelas vítimas em diferentes cidades. As manifestações foram duramente reprimidas por oficiais israelenses que dispararam balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e projéteis contra os participantes. Pelo menos duas pessoas morreram em decorrência dos ferimentos nesta semana.
Durante a madrugada desta quinta (22/11), os militares israelenses realizaram uma campanha para deter diversos membros de organizações políticas palestinas. Autoridades do Hamas, com quem o governo israelense havia acabado de negociar, da Frente Popular de Libertação da Palestina, da Jihad Islâmica e outras organizações foram levadas para prisões.
"À luz das recentes atividades terroristas e violentas em Samaria e Judéia (Cisjordânia) e como parte da tentativa das forças de segurança de restabelecer a calma na zona, foi adotada a decisão de levar a cabo as detenções", indica a nota das Forças de Defesa de Israel. A operação foi realizada com a cooperação de serviços de inteligência.
Paz em Gaza, guerra na Cisjordânia?
Embora a Cisjordânia não tenha sido incluída na operação israelense “Pilar Defensivo”, os últimos dias neste território palestino também foram marcados por conflitos, prisões e mortes. De acordo com relatos, houve intensificação da atividade repressiva israelense e de resistência palestina.
“Definitivamente, houve um aumento nas prisões”, explicou porta-voz da Addameer, organização de direitos humanos dos presos palestinos. “Os israelenses estão usando essa oportunidade para prender mais jovens. Para sufocar, eles os prendem enquanto são novos”, acrescentou. Thaer Halahleh, um prisioneiro que havia passado 77 dias em greve de fome, foi novamente detido, mas liberado depois de quatro dias.
“Com os massacres que estão acontecendo em Gaza, os protestos na Cisjordânia estão ficando maiores e acontecendo todos os dias”, disse um dos manifestantes.
“Eu acho que as pessoas estão muito, muito irritadas com o que está acontecendo
Rushdi Tamimi, policial palestino de 31 anos, faleceu nesta segunda-feira (19/11) como consequência de ferimentos causados por disparos de soldados israelenses em um protesto na vila Nabi Saleh, próxima a Ramallah. “Estou com sentimentos confusos, estou triste e bravo, porque ele foi morto a sangue frio”, disse Raya Ziada que estava na manifestação.
Hamdi al-Falah, de 22 anos, também foi morto na segunda-feira (19/11) durante um protesto
Diversos ataques contra palestinos, edifícios públicos e carros foram registrados na última semana em cidades da Cisjordânia próximas a assentamentos israelenses. Na vila Urif, próxima a Nablus, uma mesquita e um carro foram incendiados e grafites racistas contra palestinos foram pintados em paredes da vila Sinjiil, na área de Ramallah. Em outras vilas, colonos judeus atiraram pedras contra agricultores palestinos que colhiam oliveiras e destruíram casas palestinas.
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