quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Policial grego que matou o jovem libertário Alexis Grigoropoulos em 2008 em Atenas é condenado à prisão perpétua - por ANA

Policial grego que matou o jovem libertário Alexis Grigoropoulos em 2008 em Atenas é condenado à prisão perpétua

O policial grego acusado de ter matado o jovem libertário Alexis Grigoropoulos, em dezembro de 2008 em Atenas, o que gerou uma onda de protestos em toda a Grécia que duraram mais de um mês, foi considerado culpado de homicídio intencional e condenado à prisão perpétua, pena máxima do sistema grego.

Após sete meses de julgamento, o tribunal, que se reuniu hoje (11) na cidade de Amfisa, a 300 quilômetros de Atenas, decidiu por maioria contra o policial Epaminondas Korkoneas, 38 anos, ao destacar o caráter intencional do ato, que resultou na morte do adolescente de 15 anos Alexis Grigoropoulos.

Korkoneas foi declarado "culpado de assassinato proposital" por quatro votos a três e, além da pena de prisão perpétua, foi condenado também a outros 15 meses de prisão por "mal uso de arma".

O oficial disparou três vezes com a arma de serviço contra um grupo de jovens quando fazia uma patrulha no bairro de Exarchia, no centro de Atenas, na noite 6 de dezembro de 2008. O tribunal constatou que o agente policial "foi ao local onde o jovem morreu com a intenção de matar".

O advogado do policial anunciou que vai recorrer da sentença.

A corte, integrada por três juízes e quatro jurados, também decidiu pela cumplicidade do segundo acusado, Vassilios Saraliotis, 32 anos, que fazia a patrulha ao lado de Korkoneas. Saraliotis foi condenado a 10 anos de prisão. Ele disse que vai apelar da decisão do tribunal.

Segundo a imprensa local, familiares de Alexis comemoraram a condenação.

O processo foi transferido para Amfissa, a mais de 100 quilômetros da capital, com o objetivo de evitar mais confrontos em Atenas, que foi cenário de semanas de distúrbios urbanos após a morte do adolescente.

agência de notícias anarquistas-ana
Na velha roseira,
entre as folhas e os espinhos,
uma aranha tece.

Humberto del Maestro

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