segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Acima de tudo, HUMANO! – por Renata Nunes


Acima de tudo, HUMANO!

Senti um gosto amargo na boca enquanto estava lendo o artigo compartilhado pelo meu amigo @Bê Lima. Cavalheirismo é machismo. As colocações faziam sentido mas havia alguma coisa que me incomodava, de fato! Evito criar falsas polêmicas mas passei um dia inteiro pensando nisso e hoje pela manhã descobri o que tanto me incomodava.

Não quero aqui finalizar uma opinião sobre sobre as questões expostas, mas me sinto na obrigação de compartilhar minha opinião. E sim, levantar uma discussão com pessoas com capacidade de discernimento!

Acredito ser muito pequeno raciocinar no pequeno grupo, nas questões de relacionamento diário entre homens e mulheres, uma vez que o Movimento Feminista vêm de tão longe. Datada de meados do século XIX, a primeira corrente lutava contra padrões opressores baseados no gênero, tais como: os casamentos arranjados, à propriedade de mulheres e filhos (sim, os homens se achavam donos de suas esposas e filhos). Num segundo momento essa luta se deu pelo direito ao voto. Durante a Segunda Guerra Mundial, no início do século XX, com a ida dos homens à Guerra, as mulheres saem de seus lares, e vão literalmente à luta. Trocam as saias rodadas por calças compridas e vão trabalhar em fábricas. E com isso se sentem livre, donas de seus próprios narizes. Com o final da Guerra, os homens exigem a volta delas à antiga vida de bibelôs do lar. E como é óbvio, as mulheres não querem mais essa vida. 

E isso tudo muito antes da emblemática queima dos sutiãs!!! 

Não obstante é relevante dizer que o movimento feminista é social, mas principalmente filosófico e político.

Como vocês podem notar nesse breve relato da história, o feminismo não luta pela igualdade de gêneros e sim contra padrões de comportamento que se baseavam apenas nessa diferença. É lastimável notar que um movimento tão legítimo tenha encontrado voz em pessoas que lutam pela não existência da diferença dos gêneros que são óbvias. São diferenças mostradas ao logo de décadas de estudo evolucionista. Homens mais fortes, mulheres mais fracas (pois os homens eram os caçadores e protetores do bando); homens mais racionais, mulheres mais emotivas (pois são as mulheres que procriam).

Como vemos até hoje, a violência e as manifestações são características intrínsecas dos grandes movimentos de revolução.

Portanto, carregar malas, abrir portas, pagar a conta, são gestos de cordialidade educação, e acredito que até de romantismo. Não me imagino pensando se um homem faria tudo isso para o Toninho Bombadão. Acho raso e até infantil pensar que um homem que paga a conta do motel transforma instantaneamente a mulher em prostituta e pagando por seu sexo, pode subjugá-la e tratá-la como a uma lata de lixo.

Indo além, se pensarmos que a igualdade dos gêneros baseia-se em acreditar que tudo que um homem faz, uma mulher pode fazer também, ou vice-versa, vamos falar que é normal a prostituição infantil, e o maltrato aos idosos (peguei pesado de propósito, rsss...). 

E sem cair no pieguismo, acredito que a melhor forma disso tudo é a máxima: Fazer aos outros o que quer que façam contigo!

Quer ser surpreendido, SURPREENDA! Quer companhia para pegar o ônibus, seja uma boa cia! Quer ser tratado com carinho e respeito? Trate a todos dessa maneira! Independentemente de cor, raça, gênero, idade ou condição social. Não faça algo somente se você fizesse ao Toninho Bombadão.
Seja acima de tudo HUMANO!

Renata Nunes (www.facebook.com/rn.renatanunes) é Formada em Marketing pela UniverCidade e Formada em Moda pelo SENAI-Cetiqt. Analista de Marketing na empresa Galileu Tecnologia ( www.galileu.ind.br).
Fonte: http://www.novae.inf.br/

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