Matança: Governo australiano cria plano de massacre a tubarões!!!
Foto: Care2
Após alguns
ataques fatais de tubarões a humanos nos últimos três anos, o governo da
Austrália Ocidental propôs uma política controversa para lidar com esses
animais, que consiste em nada mais que um massacre que irá atingir populações
de tubarões e de outros animais, sem realmente incluir nada que conceda
segurança às pessoas. As informações são da Care2.
Praias
vinham sendo patrulhadas em terra e mar para detectar tubarões, mas um conjunto
de ataques levou a pedidos de uma nova abordagem e ao anúncio de um esquema de
captura e morte de tubarões nas praias mais populares.
Começando
em 10 de Janeiro, funcionários do departamento de pesca estarão alvejando
grandes tubarões brancos e outras espécies que tenham um tamanho maior que três
metros e estabelecerão 72 pontos de isca para captura em zonas designadas, além
de contratar pescadores para monitorar os locais e “humanamente destruir os
tubarões que forem encontrados vivos, atirando neles e descartando seus corpos
no mar”. Quaisquer outros animais que forem apanhados serão lançados de volta à
água vivos, “se possível”.
O projeto
do governo inclui o uso de linhas de tambor, que consistem em um grandes anzóis
ligados a uma boia e uma âncora para mantê-los no lugar, e que são algo cercado
de polêmicas. Um estudo da Universidade de Bond, que foi encomendado pelo
governo no ano passado para descobrir as melhores táticas de mitigação de risco
de tubarões para a Austrália, concluiu que o uso desse artifício não é
recomendável devido ao seu impacto negativo global sobre o meio ambiente e à
ameaça que representam para os tubarões que não são alvo da captura e a outras
espécies, incluindo golfinhos.
O plano do
governo também está encontrando oposição de organizações conservacionistas,
políticos, comunidades locais, surfistas e ambientalistas. Mais de 100
cientistas assinaram uma carta aberta opondo-se às táticas letais do governo
aos tubarões, e apontaram várias alternativas que incluem um processo de
captura, marcação, transporte e soltura desses animais em outros locais.
Segundo a reportagem, esse tipo de alternativa foi adotada e teve sucesso no
Brasil, bem como esforços de melhoria na educação e comunicação a respeito de
tubarões para evitar ataques.
Eles
argumentam que este não é um meio eficaz para proteger as pessoas e que este
plano é especialmente ofensivo, considerando os contínuos esforços globais para
proteger tubarões.
Realmente o
plano não tem sentido e é uma tentativa cruel de tentar parar algo que acontece
aleatoriamente. Famílias e comunidades eventualmente sofreram ataques fatais de
tubarões, mas essas ocorrências são raras se for considerado o número de
pessoas que têm contato com os oceanos ao redor do mundo todos os anos. Esses
ataques, inclusive, apresentam-se em estatística insignificante se comparados
com outras causas de morte nos mares, como o afogamento, por exemplo.
Matar mais
tubarões pode reduzir a chance de ataques, mas não elimina o risco que de fato
haverá sempre que alguém entrar na água, ou seja, a não ser que todos os
tubarões sejam mortos, banhistas, surfistas e mergulhadores nunca estarão de
fato seguros uma vez que entram na água. Esse tipo de plano apenas traz uma
falsa sensação de segurança, enquanto tubarões que são vitais para um
ecossistema marinho saudável são mortos.
Há
ferramentas para as pessoas se protegerem de ataques de tubarões, como a
comunicação de avistamento desses animais via redes sociais. Já existe,
inclusive, uma conta de Twitter da organização Surf Life Saving (@SLSWA), que
informa sobre localizações de risco sempre atualizadas.
Enquanto
isso, o governo australiano parece determinado a colocar em prática seu plano,
mas os defensores e ambientalistas continuam se opondo e disseram que estão
considerando uma ação direta para desarticular e impedir qualquer massacre de
tubarões.
“Sabemos
muito pouco sobre os grandes tubarões: nós certamente podemos desenvolver
soluções mais inteligentes que matá-los”, disse Lynn MacLaren da Greens MLC,
que tem buscado alternativas para o dito problema.
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