sábado, 23 de outubro de 2010

Nova revelação do WikiLeaks: Ianques ocultaram torturas e milhares de mortes de civis no Iraque - por Diário Liberdade

Nova revelação do WikiLeaks: Ianques ocultaram torturas e milhares de mortes de civis no Iraque
Diário Liberdade - O site WikiLeaks voltou a apresentar documentação filtrada dos serviços secretos dos Estados Unidos, demonstrando as suas práticas criminosas no Iraque.

O novo vazamento de informações secretas dos Estados Unidos nesta sexta-feira revela como o comando da ocupação norte-americanas no Iraque evitaram atuar contra os crimes cometidos pelas suas tropas no Iraque.

São quase 400 mil arquivos que evidenciam todo o tipo de abusos e torturas contra detidos, execuções sumárias e estupros cometidos por policiais e soldados iraquianos.

Tão importante como isso, os documentos mostram que Washington evitou qualquer investigação sobre verdadeiros crimes de guerra, que resultaram em 15 mil civis mortos sobre os quais não existia registro durante o conflito no país do Oriente Médio.

Depois da revelação em julho de mais de 70 mil arquivos secretos dos EUA relativos à guerra do Afeganistão, agora o WikiLeaks apresenta um lote bem maior, relativo à guerra do Iraque. Somado ao anterior, este vazamento significa a maior violação do sigilo militar da história norte-americana, que até agora a Casa Branca e o Pentágono não conseguiram impedir apesar das suspeitas sobre a tentativa de "caçar" o responsável pela publicação das informações comprometedoras.

O aviso da nova publicação foi feito público através do Twitter, junto a um comentário eloquente: "É um momento extraordinário no jornalismo".

Crimes ianques dados a conhecer
qNos documentos oferecem-se dados reveladores sobre mortes: 109.000, das quais 63% civis.
Abusos não punidos: Centenas de denúncias de abuso, tortura, estupro e assassinato pela polícia e pelo Exército do Iraque foram ignoradas pelo comando norte-americano, permitindo a continuidade dessas práticas sem qualquer punição.

Entre os casos relatados referimos o de um prisioneiro ajoelhado ao chão, com os olhos tapados e as mãos amarradas, recebendo pontapés de soldados iraquianos no pescoço. Tudo isso observado por um fuzileiro americano, que depois, ao reportar com detalhes o incidente, afirmou que "nenhuma investigação era necessária".

No entanto, esse é um dos incidentes mais "suaves" e menos brutais. Salientemos também os disparos às pernas de pessoas acusadas de "terroristas", no momento da detenção. Costelas quebradas, lacerações e chicotadas nas costas também ficavam sem qualquer sanção por parte dos responsáveis de tais práticas contra civis iraquianos.

Aparecem 15.000 civis mort@s d@s quais não existia constância oficial
A documentação filtrada recolhe mais de 15 mil civis que morreram em "incidentes" antes desconhecidos. Os documentos deixam claro que a maioria dos civis foi morta por outros iraquianos. Nesse sentido, dois dos piores dias da guerra foram 31 de agosto de 2005, quando uma explosão em uma ponte de Bagdá matou mais de 950 pessoas, e 14 de agosto de 2007, quando caminhões-bomba deixaram mais de 500 mortos numa área rural próxima à fronteira com a Síria.

A violência sectária surgida após a invasão imperialista do país, levou os índices de mortes a seu ponto mais alto em dezembro de 2006, o pior mês da guerra. De acordo com os arquivos secretos, 3.800 civis foram mortos, além de 1.300 policias, insurgentes e soldados da coalizão.

O Irã apoia milícias iraquianas
Em 22 de dezembro de 2006, autoridades militares norte-americanas em Bagdá emitiram um alerta secreto: o comandante da milícia xiita que tinha organizado o sequestro do funcionários do Ministério de Educação Superior iraquiano, preparava o sequestro de soldados ocupantes.

Relatórios de inteligência confirmavam que o iraquiano Azhar al-Dulaimi tinha sido treinado por mestres das artes negras das operações paramilitares no Oriente Médio: a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e o Hezbollah, seu aliado libanês.

Cinco meses depois, Dulaimi foi morto em um bombardeio americano a Bagdá - não antes, no entanto, de quatro soldados americanos serem sequestrados de um quartel-general iraquiano em Kerbala e executados em uma operação militar com "as impressões digitais de Dulaimi".

Ianques assassinam civis iraquianos em postos de controle
Um dos dossiês publicados pela WikiLeaks narra casos de civis iraquianos mortos por soldados norte-americanos em postos de controle, estradas e em batidas a residências.

O motivo aduzido dos assassinatos é que as vítimas, muitas vezes mulheres e crianças, tinham desrespeitado as sinalizações e advertências dadas pelos oficiais. Os documentos minimizam as mortes, classificando-as como "escaladas de incidentes de força", descrevendo como os soldados seguiram fielmente as regras de conduta preestabelecidas: primeiro, sinalizar; depois, dar tiros de advertência; e, como último recurso, abrir fogo para desativar qualquer ameaça iminente.

A norma imperialista de evitar o reconhecimento de vítimas civis e crianças verifica-se no caso da invasão ianque do Iraque.

Insurgentes rendidos assassinados
Um helicóptero Apache dos EUA atacou e matou, em 2007, dois insurgentes que estavam no solo mesmo depois de os tripulantes terem recebido a informação de que ambos já tinham se rendido. A ordem de atacar partiu de um militar especialista em leis, que teria dito a eles que combatentes em solo não podem se render a uma aeronave.
Fonte: http://www.diarioliberdade.org/

2 comentários:

Maria José Speglich disse...

Pois é…, não foi a Hilary que na ONU, disse que os EUA jamais cometeram torturas, isso após o Ahmadinejad acusar os Estados Unidos dessa pratica ?

Provos Brasil disse...

Minha amiga esses cara estão cometendo torturas, assassinatos, violações dos direitos humanos a todo instante. Mas como se julgam os “donos do mundo” estão acima do bem e do mal.

E se o Serra ganhar às eleições as próximas bases no Sul será em terras brasiles...

Provos Brasil
PS: essa Hilary é uma desgraçada como todas as outras que ocuparam esse cargo nos últimos anos!