Wikileaks revela corrupção entre altos dirigentes israelenses
Segundo documentos obtidos pela Wikileaks, altos dirigentes israelenses faziam parte de um esquema de corrupção que envolvia o pagamento, por parte de empresas norte-americanas, de subornos para conseguir distribuir produtos em Gaza.
Por Redação
Segundo um telegrama datado de 14 de junho de 2006, obtido pela Wikileaks e que o jornal norueguês Aftenposten publicou, as companhias norte-americanas pagavam enormes quantidades de dinheiro para permitir que os seus artigos entrassem em Gaza.
Os subornos terão ocorrido ainda antes de o movimento islâmico palestino Hamas ter assumido o poder na Faixa de Gaza, em 2007, e do Estado de Israel ter imposto um bloqueio econômico àquele território.
No telegrama é mencionado que "Nos finais de maio, 34 navios cargueiros de bens americanos, contendo cerca de 1,5 milhões de euros, estiveram à espera três a quatro meses para entrar em Gaza".
Neste esquema de corrupção estavam envolvidos altos dirigentes de Israel. O documento revela que "A corrupção estende-se pela administração de Karni[i]e envolve empresas de logística que trabalham para autoridades civis e militares no terminal". De acordo com documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, também obtidos pela Wikileaks, um general israelense admitiu a existência de corrupção nos principais postos de fronteira.
Conforme é revelado nos documentos obtidos pela Wikileaks, as " alegações de corrupção em Karni têm um longo histórico".
Os subornos cobrados pelas autoridades israelenses chegavam a um valor cerca de 75 vezes superior ao pagamento de taxas normais.
[i]Karni é um terminal de carga entre Israel e a Faixa de Gaza. Ele está localizado na extremidade norte-oriental da Faixa de Gaza e foi inaugurado em 1994, após a assinatura dos Acordos de Oslo, a fim de permitir a exportação e importação de mercadorias por parte de comerciantes palestinos.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/
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