
Quem vai acabar com a festa?
Fonte: http://peledaterra.blogspot.com/
Aviso: as pessoas que alimentam esse Blog são apolíticas. Não acreditam em políticos brasileiros e muito menos nos partidos políticos. Logo não defendemos nenhum deles exceto sua destruição. provosbrasil@gmail.com “Não posso compreender que na estrada da revolta haja uma direita e uma esquerda (...) Digo que a chama revolucionária arde onde quer, e não compete a um pequeno número de homens, no período de expectativa que vivemos, decretar que é só aqui ou ali que ela pode arder” André Breton
Da maneira como entendo, essas mobilizações possuem muitos elementos em comum com aqueles que foram desenvolvidos, alguns anos atrás, pela Ação Global dos Povos (AGP). Portanto, creio que poderia ser interessante iniciar um balanço crítico sobre o que foi essa experiência, no Brasil, do Movimento de Resistência Global ou “Movimento Antiglobalização”, especialmente porque fiz parte de dois coletivos que tiveram papel central nessa experiência: Ação Local por Justiça Global (ALJG) e Centro de Mídia Independente (CMI) — e de outros com menor importância, como o Batukação — os quais me possibilitaram uma atuação e um envolvimento bastante amplos.
A Ação Global dos Povos (AGP) nasceu no início de 1998 e constituía uma “rede global de movimentos sociais de base originalmente criada para combater o livre comércio”. Não era uma “organização formal, mas uma rede de comunicação e coordenação de lutas em escala global baseada apenas em princípios comuns”. [Martín Bergel e Pablo Ortellado. AGP]. Dentre seus princípios, pode-se destacar os seguintes: “1. A AGP é um instrumento de coordenação. Ela não é uma organização. Os seus principais objetivos são: (i) Inspirar o maior número possível de pessoas, movimentos e organizações a agir contra a dominação das empresas através da desobediência civil não-violenta e de ações construtivas voltadas para os povos. (ii) Oferecer um instrumento para coordenação e apoio mútuo a nível mundial para aqueles que resistem ao domínio das empresas e ao paradigma de desenvolvimento capitalista. (iii) Dar maior projeção internacional às lutas contra a liberalização econômica e o capitalismo mundial. 2. A filosofia organizacional da AGP é baseada na descentralização e na autonomia. Por isso, estruturas centrais são mínimas. 3. A AGP não possui membros. 4. [...] Nenhuma organização ou pessoa representa a AGP, nem a AGP representa qualquer organização ou pessoa.” [Manifesto da Ação Global dos Povos]
Sendo responsável por convocar e promover os chamados “Dias de Ação Global”, a AGP promoveu uma série de mobilizações em escala global, com destaque para o J18 [2], em junho de 1999, quando mais de 50 cidades manifestaram-se contra a reunião do G7 em Colônia, na Alemanha; o N30, por ocasião das manifestações contra o encontro da OMC em Seattle em novembro de 1999; e, principalmente, o S26, quando mais de 100 cidades em todo o mundo, inclusive na América Latina, protestaram contra o encontro do FMI e do Banco Mundial, em Praga, em setembro de 2000. O S26 provavelmente significou o ponto mais alto do movimento e dos dias de ação global [Bergel e Ortellado. Op.Cit.]. Além desses dias globais de ação, a AGP realizou encontros visando promover a comunicação e o intercâmbio das experiências de luta.
Um marco importante do movimento foi o chamado A20 (20/04/2001), quando 2 mil pessoas — mobilizando-se contra a Cúpula das Américas, onde se negociava a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) — foram brutalmente atacadas pela polícia na Avenida Paulista, em São Paulo, resultando em muitos presos e feridos. Outros marcos relevantes foram: o J20 (20/07/2001), que articulou protestos contra o G8, reunindo 5 mil pessoas em São Paulo, ocasião em que Carlo Giuliani foi assassinado nos protestos de Gênova. Por razão dos ataques terroristas de 11 de Setembro, o encontro entre Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM), marcado para acontecer em Washington no fim daquele mês, foi cancelado, fazendo com que o tema das manifestações que se articulavam contra o encontro modificassem a temática da luta, tomando forma de protesto contra a guerra no Afeganistão. Manifestações acontecem em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. O fim do ano de 2001 é marcado pelo N9 (09/11/2001), com protestos contra a Organização Mundial do Comércio (OMC), em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Pode-se destacar também, no período de 2001 a 2003, as participações de pessoas e coletivos ligados à AGP nos três encontros do Fórum Social Mundial (FSM), fundamentalmente em atividades paralelas, como Intergaláctika e Vida Após o Capitalismo. Entre 2001 e 2004, utiliza-se também uma tática de jogar tortas na cara de pessoas que representavam inimigos: em 2001, no capitão Francisco Roher, responsável pela repressão ao A20; em 2002, contra representantes do BM; em 2003, em José Genoíno, contra o aparelhamento do FSM por parte do PT, em um representante da ALCA e no governador do MT. Em 2004 foi a vez de Rubens Ricupero, representante da UNCTAD, contra o discurso desenvolvimentista. [André Ryoki e Pablo Ortellado. Estamos Vencendo]
"Sacrifício de Isaac", Caravaggio (1603)
Vegetariano ativista há décadas, Morrissey está provocando mais uma polêmica na Inglaterra. O ex-vocalista do Smiths declarou esta semana que os ataques na Noruega, que resultaram em pelo menos 76 mortes, não são tão cruéis quanto o consumo de carnes promovido por grandes redes de "fast food".
O anarquismo teve e tem pouca presença no mundo acadêmico, ao contrário do marxismo. Isto se deve, em grande parte, ao anarquismo sempre estar mais interessado na prática do que às grandes discussões teóricas. Nunca foi a intenção do anarquismo avançar um modelo futuro para aplicar, mas ser fiel nos meios aos fins perseguidos, daí a influência inegável de idéias libertárias nas práticas e formas de organização de movimentos críticos à globalização capitalista.
A União Européia deveria combater a violência crescente por parte dos extremistas pelos direitos dos animais renovando um diálogo que permita que possam arejar suas opiniões de forma democrática - concluiu uma conferência das agências de aplicação da lei.
Estudioso da extrema-direita mostra de que modo a rejeição ao não-europeu e ao Islã alimenta atos extremos como os atentados em Oslo
Quem diz que Carlos Alberto Brilhante Ustra é torturador não é a Revista Fórum, é a Justiça brasileira. Em ação movida pela família Teles, em 2007, o coronel reformado do Exército que comandou o DOI-CODI de São Paulo entre 1970 e 1974 foi declarado culpado do crime de tortura. Ele poderá, a partir de amanhã, acrescentar “assassino” ao seu currículo. Haverá audiência no Fórum João Mendes, no centro de São Paulo, a partir das 14h30min, em que testemunhas da morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, militante assassinado no DOI-CODI em julho de 1971, terão a oportunidade de confrontar o torturador. Os movimentos de repúdio à tortura pedem comparecimento em massa.
Brasil de Fato - Qual o significado do movimento dos “indignados” na Espanha? Possuem força política real? Qual sua formação
E a “Esquerda Unida?
As imagens em anexo falam por si mesmas. Eu as cliquei neste sábado, dia 23, no meio da tarde, quando retornava de uma caminhada até o Parque Ecológico Itutinga-Pilões, em Cubatão, no litoral paulista.
São cães que ficaram para trás, literalmente abandonados pelos seus tutores e pelo Poder Público - estadual (PSDB) e municipal (PT) - durante a remoção de moradores dos bairros Cota para conjuntos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), dentro do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, promovido pelo Governo do Estado.
Somente num raio de 200 metros, perto da Fabril, eu contei mais de 40 cachorros, alguns no cio, expostos a condições absurdas: fome, frio, açoite, desprezo, sujeira, humilhação... A tristeza no olhar destes animais é de partir o coração. É revoltante!
Por outro lado, enquanto estes animais sobrevivem sob condições degradantes, as autoridades – todas – devem estar num lugar quentinho, amplo, limpinho, comendo do bom e do melhor.
Ministro católico de Gana quer rastrear e prender gays e lésbicas. Enriquecido, país enfrenta desigualdade e fundamentalismo cristão
A polícia já excluiu a hipótese de terrorismo internacional e estabeleceu a ligação entre o suspeito preso, um norueguês, e os dois ataques que provocaram pelo menos 16 mortos e muitos feridos graves. Nesta sexta à tarde, uma bomba explodiu junto à sede do governo em Oslo, fazendo sete mortos e nove feridos graves. Pouco depois, pelo menos um atirador semeou o pânico a poucos quilômetros da capital, no acampamento dos jovens do partido trabalhista, com nove mortos confirmados ao princípio da noite.
(Mortos são os policiais que o mataram e seus superiores, que, escondidos atrás de seus escudos e capacetes, tentam preencher suas vidas de morte diariamente. Os mortos são os indiferentes, aqueles que se conformam e não lutam. Para nós, só estão mortos os companheiros e companehiras que caem no esquecimento. Carlo vive!)
“Hoje em dia, com exceção de membros de organizações brancas supremacistas, poucos brancos nos Estados Unidos se proclamam “racistas”. A maioria dos brancos afirma que “não vê cor alguma, apenas pessoas”; que embora a face feia do racismo ainda esteja entre nós, não é mais fator central determinando as oportunidades de vida das minorias; e, finalmente, que, como Dr. Martin Luther King Jr, eles sonham em viver em uma sociedade na qual as pessoas sejam julgadas pelo caráter, não pela cor da pele. Mais incisivamente, a maioria dos brancos insiste que as minorias (especialmente os negros) são os responsáveis por “playing the race card” (expressão usada para apontar uso vitimizador e mal intencionado da diferença racial), por exigirem a manutenção de programas desnecessários e divisivos baseados em raças, como ações afirmativas, e por bradar “racismo” sempre que são criticados por brancos. A maioria dos brancos acredita que se os negros e outras minorias simplesmente parassem de pensar no passado, trabalhassem duro e reclamassem menos (particularmente de discriminação racial), então americanos de todas as cores poderiam viver em paz.”