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O filme é uma verdadeira obra de arte, que reúne depoimentos de historiadores, ativistas sociais da vizinhança e anarquistas, imagens documentais de diversas épocas, desde a Rosário do começo do século XX, como seu emblemático Barrio Refinería, até o presente, em que o paroxismo imobiliário varre edifícios, mas não pode apagar a resistente memória de lutas que foram travadas aqui.
Fidalgo liga em seu trabalho diversas gerações de fazedores da contracultura popular rosarina, como a Biblioteca Constancio C. Vigil, Rubén Naranjo, Raul Frutos e Rafael O. Ielpi, passando pelos editores locais do livro de Fernando Quesada: "Joaquin Penina, primeiro fuzilado", publicado em 1974 pelo Grupo Editor de Estudos Sociais, como Juvenal Fernández e Pedro Munique. Também está no filme o poeta Aldo Oliva, com sua voz profunda e sua coragem como escritor do livro "O Assassinato de Penina", publicado pela Biblioteca Vigil em 1975.
Diego Fidalgo nos faz transitar através de diferentes áreas, mas sempre significativas: às margens do Saladillo cena do infame crime estatal, arquivos, bibliotecas, faculdades da Universidade Nacional de Rosário e terras no exterior da Catalunha, a partir da qual migrou Joaquín Penina.
A memória da luta social dos militantes de diferentes latitudes: a Região da Argentina e da Península Ibérica. No filme "Homens de idéias avançadas", cumpre-se a sentença da canção de León Gieco - tudo está guardado na memória, sonho da vida e da história. A memória desperta para ferir às pessoas adormecidas que não a deixam viver livre como o vento.
Carlos A. Solero
Mais infos e trailer do filme:
› http://www.hombresdeideasavanzadas.blogspot.com/
agência de notícias anarquistas-ana
Oh cruel vendaval!
Um bando de pequenos pardais
agarra-se à relva.
Buson
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