segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Extrema-direita racista se infiltra em pequena cidade norte-americana, denuncia organização - Redação


Extrema-direita racista se infiltra em pequena cidade norte-americana, denuncia organização

População de Leith está preocupada com a chegada de neonazistas à região

A pequena cidade de Leith, na Dakota do Norte, Estados Unidos, está se preparando para um fenômeno fora do comum. O local foi escolhido por membros de movimentos de extrema direita para se transformar numa comunidade de supremacia branca, recebendo grupos neonazistas norte-americanos como o NSM (Movimento Socialista Nacional Americano) e o WAR (Resistência Ariana Branca).   
Leith está se tornando um pólo de atração de neonazistas americanos

O processo começou há dois anos, quando Paul Craig Cobb, procurado pela justiça do Canadá por defender a supremacia branca e promover a discórdia num fórum de discussões na internet, mudou-se para Leith e começou a comprar extensas porções de terra na região.   

Seu objetivo, assinalado pela organização norte-americana South Poverty Law Center, que monitora movimentos de extrema direita, é, silenciosamente, construir uma comunidade neonazista no local, que possui apenas 24 habitantes. A informação foi publicada pelo jornal inglês The Guardian neste domingo (22/09).

Assim, Cobb está no processo de transferir algumas de suas propriedades para Jeff Schoep, comandante da NSM, para Tom Metzger, um antigo membro da Ku Klux Kan, e para April Gaede, fundador do grupo extremista Vanguarda Nacional.   

Segundo Heidi Beirich, do Southern Poverty Law Center, essa não é a primeira tentativa de Cobb, de 61 anos, de instaurar comunidades de coletivismo racista. “Cobb foi provavelmente muito além do que qualquer outro na perseguição por essa ideal de supremacia branca”, disse Beirich, que confirmou iniciativas semelhantes lideradas por ele nas localidades de Idaho e Montana.  

Ativistas contra o racismo de outras partes da Dakota do Norte e do estado vizinho de Minnesota também são esperados na cidade. “Não podemos aceitar esse ódio racista que eles estão trazendo para cá. Leith está em crise e desesperadamente precisando de ajuda” afirmou Jeremy Kell, um dos organizadores da ação contrária à comunidade neonazista, ao Bismarck Tribune.   

Para os 24 habitantes de Leith, a perspectiva de assistirem à sua cidade ser tomada por um movimento de supremacia branca não é nada bem vinda. Conforme relatou o prefeito da cidade, Ryan Schock, os cidadãos estão muito preocupados e iniciam uma articulação para encorajar Cobb a deixar o local. 

Dentre as possibilidades de ação discutidas por eles, estão a criação de um fundo de defesa para pagar taxas legais, permitindo aos moradores empreender ações na justiça contra Cobb. Outra atitude que foi proposta é abandonar o status municipal de Leith antes que os neonazistas se tornem a maioria da população da cidade, e cheguem a controlar a prefeitura do local.  

Todo o burburinho que envolve os planos de Cobb fez com que nenhum proprietário da cidade continuasse a negociar com ele. Diante disso, Jeff Shoep, acusou “extremistas de esquerda” de tentarem retirar Cobb de sua casa, e assinalou que viajará à Leith a fim de “plantar as sementes do Nacional Socialismo na Dakota do Norte”. 

“Craig Cobb não está sozinho, e não será expulso ou forçado a sair. Documentos legais estão sendo preparados para garantir seus direitos civis, e outros novos moradores de Leith não serão violados”, afirmou o comandante da NSM.  

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/

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