sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Brincando com fogo, excelências? – por Alessandra Nilo


Brincando com fogo, excelências?
Sei que não esqueceram Junho de 2013 e estão com raiva. Mas tentar barrar a Política de Participação Social pode ser insanidade

Srs. Deputados, por favor parem com esse mimimi sobre a inconstitucionalidade do Decreto Presidencial Nº 8.243 . Afinal, qual foi a surpresa, por que tanto espanto? Essa não foi a primeira (e nem última vez) que recebem um decreto presidencial, e é fato notório que o executivo quase governa por Decretos e Medidas Provisórias. Há quanto tempo e por quantas vezes vocês os receberam e os aprovaram calmamente?

O tamanho desse incômodo parece mais um preciosismo para esconder podridões. E, afinal, o que a participação social tem de “insana” ou a ver com a “existência de 40 ministérios” ou com a escolha do staff governamental? Que argumentação é essa? Os simulacros não se sustentam mais tão facilmente.

Entendo que estejam irritados porque as pessoas comuns foram às ruas, disputaram discursos, ideias. Entendo que Henrique Alves está chateado por ter perdido as eleições, que metade do PMDB não gostou do resultado; que o PSB está em crise de identidade e que PSDB e DEM, juntinhos, decidiram apertar o governo. Entendo, mas não adianta mandar recados, faremos valer nossos direitos. 

Entendo também que a prática dos que rechaçaram o Decreto tem a ver com interesses partidários pouco republicanos de muitos dos senhores, e apenas corrobora com uma já generalizada desconfiança, partilhada por todas as classes e meios, sobre os que legislam para poucos e ignoram a maioria. 

Sim, a realidade não está fácil e o descontentamento paira sobre muitas cabeças. 

Entendo também que os que barraram a Política Nacional de Participação Social (PNPS) devem estar mesmo com raiva. Saíram de alguma forma derrotados pelas urnas e sabem o que acontece quando a sociedade ocupa as ruas. Ruas sempre tão sedutoras… Sei que não esqueceram tão rápido de Junho de 2013. Lembro bem como os senhores voltaram correndo de seus estados, trabalharam de segunda a sexta em turnos regulares de trabalho, fazendo por pressão e no grito o que sempre deveriam ter feito, e o que são mais do que bem-pagos para fazer. Óbvio, estamos conscientes que fizeram muita fita, mas nós não somos meras plateias, estamos ativas no processo. 

Realmente detesto ter que concordar com os comentários recentes sobre alguns partidos e parlamentares toscos e anacrônicos que temos, cujas composturas indicam total desrespeito à democracia. Que feio, senhores. Brincando com fogo? 

Não vai ser tão difícil conseguir aliados. Seja de direitas, de esquerdas, de centros ou independentes, ainda tem muita gente cujo voto não tem preço. Pela PNPS, em todas as regiões e partidos será possível conseguir aliados/as. 

Desenhando: 40 milhões de pessoas que votaram em branco, mais oito milhões que defendem o plebiscito sobre a Reforma Política não irão divergir num tentativa tão óbvia de retrocesso democrático. Qualquer pessoa sabe como funcionam as redes, o quanto as articulações sociais se multiplicam e como as informações circulam entre bytes e bits rapidamente. Existem organizações e movimentos, a sociedade é múltipla e nem sempre tem donos.

Finalmente, registro que refiro-me apenas aos “Senhores Deputados” porque, de fato, essa maioria masculina na política deixa muito a desejar. Tenho certeza de que se fossemos metade + 1 no Congresso, nós, mulheres, iríamos aprovar sem grandes dramas esse Decreto, uma demanda de anos de uma parte bem significativa da população brasileira. A situação é, pois, muito grave: além de terem uma noção limitada e limitante de Democracia, ao que parece, muitos dos Senhores sequer sabem fazer contas.

Sem meu voto e sem afeto, despeço-me.

Desmascarando a indústria: Novo estudo revela que leite de vaca pode causar morte precoce - ANA


Desmascarando a indústria: Novo estudo revela que leite de vaca pode causar morte precoce
Foto: VegNews

Um novo estudo publicado no British Medical Journal, diz que não só o leite de vaca contribui para fraturas ósseas em mulheres, como pode também dobrar o risco de morte precoce para aqueles que bebem três ou mais copos por dia. O estudo – realizado na Suécia, em 61.000 mulheres e 45.000 homens – desmascara a alegação da indústria de laticínios de que beber leite de vaca é necessário para a saúde óssea.

De acordo com o principal autor do estudo, o professor Karl Michaelsson, “Nossos resultados podem questionar a validade das recomendações de consumir grandes quantidades de leite para prevenir fraturas por fragilidade. Um alto consumo de leite em mulheres e homens não está acompanhado de um menor risco de fratura ao contrário, pode estar associado a uma maior taxa de morte.”

Fonte: Veggi & Tal

terça-feira, 28 de outubro de 2014

GOG: “Roupa suja a gente lava em casa, mas eu não vou voltar a lavar roupa para eles” - por Camilla Hoshino


GOG: “Roupa suja a gente lava em casa, mas eu não vou voltar a lavar roupa para eles”
Após atividade cultural de campanha no Paraná, em apoio à candidata Dilma Rousseff, GOG participou de uma roda de conversa com artistas do rap local, militantes do Levante Popular da Juventude e com o Brasil de Fato

Rapper, escritor e produtor cultural, Genival Oliveira Gonçalves, mais conhecido como GOG, é um dos nomes artísticos em destaque do movimento hip hop no Brasil. Durante atividade de campanha em apoio à reeleição da candidata Dilma Rousseff, GOG esteve em Curitiba e participou de uma roda de conversa com artistas do rap local, com militantes do Levante Popular da Juventude e com o jornal Brasil de Fato.

Durante a conversa, GOG fz críticas ao governo, mas defendeu seu apoio a Dilma como forma de manter os avanços sociais no Brasil. “Roupa suja a gente lava em casa, mas eu não vou voltar a lavar roupa para eles”, brinca em relação a uma possível eleição do tucano Aécio Neves. O rapper também fala sobre o hip hop como ferramenta de mobilização, o enfrentamento ao extermínio da juventude negra e o racismo institucional do Estado. Sobre o projeto do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para a população negra, GOG afirma: “o ‘tucanado’ nunca andou com a gente.

Brasil de Fato- Um levantamento recente realizado pela Prefeitura de Curitiba nos bairros constatou que a cultura está entre as duas principais prioridades das pessoas que vivem nos territórios mais pobres da cidade. Como você vê isso?
GOG- A cultura já foi revolucionada, não é mais aquela coisa do “livro mais alto da estante”. Ela não está só no teatro ou no cinema. Isso foi rompido com a cultura de rua, com o break, nós desafiamos isso. Agora, a próxima ‘cena’ é discutir estratégia. Saber quem está com a gente e quem não está.

Você apoiou a Dilma em 2010 e também está apoiando a candidatura dela nestas eleições. Você poderia fazer um balanço do governo do PT no sentido das políticas para a população negra?
Tivemos duas Conferências Nacionais de Promoção da Igualdade Racial [CONAPIR]. Foram apresentadas prioridades, o debate foi aberto. Muitos discutem o fato de elas terem sido consultivas e não deliberativas. Muitas coisas foram. Precisamos de mais, claro. Também tivemos as Conferências Nacionais de Cultura. Teríamos isso no governo PSDB? Ou seja, não podemos negar que uma faixa de diálogo foi aberta com o Governo Federal. Está como a gente quer? Não está.

Também é importante dizer que a caminhada de parte do movimento social para os gabinetes provocou um vazio na “quebrada” e todo o espaço vazio fisicamente vai ser ocupado. É o vácuo. Cadê os nossos parceiros? Às vezes você chega lá na chefia do gabinete, vê um parceiro que estava com você naquela luta e que diz “ah GOG, não tem jeito, agora eu entendo porque não anda e tal”, mas se entende o porquê, então vamos tentar desparafusar isso aí.

Sou super respeitoso com quem acredita no voto nulo, mas tem uma coisa que o Brown [vocalista da banda Racionais Mc’s] fala: o tempo é rei. E agora não é tempo do voto nulo. Roupa suja a gente lava em casa, mas eu não vou voltar a lavar roupa para eles. Essa situação que a gente precisa colocar para os parceiros.

Racismo institucional
Independente de qualquer governo, o Estado é racista. O racismo institucional está petrificado no Estado e falta sensibilidade, pois ele não tem a vivencia. Hoje eu fiz uma participação na campanha da Dilma e escrevi uma letra na hora: Lágrima escorria quando mamãe dizia/ Barriga quente espremida no fogão da chefia/ São eles que querem voltar a Brasília/ E para isso dizem que são a favor do bolsa família/ Não são, você sabe bem, irmão/ Não vamos deixar acontecer isso não. Então, essa é a nossa convocação de guerra agora, porque é mesmo uma batalha.

Qual deve ser o foco do debate para a periferia e para a população negra?
O que interessa para nós é discutir, mesmo dentro da estrutura, as migalhas que nos deixaram. Por exemplo, a PL 441/12, do deputado Paulo Teixeira [PT-SP], sobre o fim dos autos de resistência. Esse projeto de lei discute as situações quando o policial mata e não tem inquérito nos documentos, não tem laudo, nem investigação, mas só tem registrado “autos de resistência”. Nós, do território negro, do movimento negro principalmente, achamos que isso é uma licença para matar. Nosso discurso é o da vida e não o da propriedade. Nós não temos propriedade. A única propriedade que temos é a intelectual e, no meu caso, dou a ela o teor de domínio público. Pode usar minhas musicas, pegar meus textos, levar tudo. Mas então, a PL 441/12 para nós é interessante. E o PT tem essa discussão, enquanto que o PSDB não tem. O tucanato nunca andou com a gente. Outra “fita”: dos deputados federais eleitos pelo PSDB, nenhum é negro.

Você acredita que os jovens estejam pouco articulados nas periferias?
Olha, a geração James Brown querendo ser geração Beatles vai dar problema. Meu nome é Genival, não é Marcelo. Meu nome não é Ricardo. O que acontece é que a geração Beatles está, obrigatoriamente, ligada a um caminho para o centro, ela se estrutura nas ferramentas burguesas, na televisão, nos jornais de grande porte, nos estúdios potentes. E a gente? Eu gravei músicas maravilhosas num barraco, com um microfone na mão. Teve um disco que gravei onde a cabine era o banheiro. Gravei uma música com o Lenine, “A Ponte”, e ele colocou uma orquestra. Ficou “da hora”, mas eu falei pra ele “a original é aquela ali”. A geração James Brown é a que vale para mim. Claro que a geração Beatles também é humana, mas é difícil. A nossa revolução não foi bateria, baixo e guitarra. Foi toca disco! O DJ é a fotossíntese do hip hop, sem DJ não tem criadouro.

Nesse sentido, como o hip hop pode ser utilizado enquanto ferramenta de mobilização política? 
O rap é a maior estratégia de ocupação do território dentro da comunidade. A primeira tarefa do artista de hip hop, do movimento, é sabotar essa “fita” da geração Beatles, essa coisa de botar hierarquia no artista como se ele fosse um semi-Deus. A gente tem que desmistificar o artista e colocar o “artivista” na “fita”. Para mim uma das principais caminhadas do rap, principalmente da primeira geração, é aquele pensamento: “o cantor de rap conhecido mora do lado de casa, ele fala parecido comigo, ele ta nos protestos”. Aos poucos nós fomos criando nossos pretextos e sumimos dos protestos. Isso é um divã do hip hop, assim como há na política. Não creio que essa situação não possa mudar. Eu acho que nós, os ativistas sociais do hip hop, que também é um movimento social, temos que entender nossa caminhada como um pêndulo. Ele tem que percorrer todo o território, assim: “olha o GOG lá no congresso, e depois, olha o GOG lá na quebrada”. É difícil a gente falar disso, mas eu sempre me coloco como instrumento e na mesma hora em que as pessoas me colocam lá em cima, eu vou me puxando para baixo.

“Guerra preta, estratégia quilombola”
A nossa caminhada é essa, não quero estar aqui nas próximas eleições discutindo isso. Nelson Maca, um professor de literatura da Universidade Católica de Salvador [UCSAL] diz : “guerra preta, estratégia quilombola”. Nós estamos em guerra, em levante. E não é só estar assim em tempos de eleições, quando o hip hop não pode subir no palco ou quando a prefeitura não contrata a gente. Temos que estar em guerra contra o extermínio da juventude negra. A curva da mortalidade dos jovens não negros, no Brasil, depois das políticas publicas, está descendo. A do negro está subindo. O racismo institucional impede que se tenha avanços nessa discussão. Só nós que podemos pressionar o Estado pra que ele mude, mas com a certeza de que estamos colocando lenha na fogueira e fogo no pavio para as nossas “quebradas”. Às vezes o Estado é só um trajeto, o importante é o nosso território. Meu pai sempre falava: “Genival, vá onde quiser, caminhe com quem você quiser, mas durma em casa”. E eu acho que o hip hop muitas vezes não está dormindo no seu barraco, mas nas grandes mansões. Muito mais do que letra, o importante é onde você está focado.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/30282

Saiu à programação da V Feira Anarquista de São Paulo - ANA



Saiu à programação da V Feira Anarquista de São Paulo
[Confira a seguir a programação da V Feira Anarquista de São Paulo, que acontecerá no dia 09 de novembro de 2014, das 10h às 20h, no Espaço Cultural Tendal da Lapa. Durante toda a Feira haverá bate-papos, debates, exposições, filmes, música, lançamento de livros, entre outras atividades.]

P r o g r a m a ç ã o:

10h00 – Início da Feira Anarquista de São Paulo 2014
10h00 – Filme: Viva a Escola Moderna (83 min, Espanha)
10h30 – Debate: Roda de conversa sobre vivências libertárias em regiões interioranas: realidades e necessidades – Coletivo Nenhures (CAICÓ/RN), NELCA (Guarujá/SP), Cultive Resistência/ Semente Negra / No Gods No Masters (Itanhaém/SP).
10h30 – Debate: Movimento estudantil e a greve da USP numa perspectiva libertária (Rizoma Tendência Libertária Autônoma)
11h00 – Oficina de Encadernação (Imprensa Marginal)
11h30 – Filmes Curtas: Anarcovândalos / Caixa Postal 195/ Bakunin 200 anos (30 min)
12h00 – Filme: Simón, filho do povo (Rolando Goldman e Julián Troksberg, 73min, Argentina, 2013)
12h30 – Debate: Experiência de Rádios Anarquistas pelo Mundo (Rádio Cordel Libertário – Salvador/BA; Rádio Anarquista de Berlim – Alemanha; Rádio da Juventude – São Vicente/SP)
12h30 – Debate: Agroecologia e Anarquismo (Ativismo ABC, Coletivo Cara e Semente Negra)
13h30 – Filme: Não vivamos mais como escravos (90 min, Grécia, 2013)
13h30 – Sarau (Coletivo Perifatividade)
14h00 – Debate: Grupo de Mulheres contra a violência de Gênero (Federación Libertária Argentina)
14h00 – Debate: Historia do anarquismo no Chile fora das grandes cidades (Grupo de Estudios José Domingo Gómez Rojas e Federación Anarquista Local de Valdivia – Chile)
15h00 – Filmes Curtas para Crianças e Adultos: Desigualdade: Meow (8min10), Abuela Grillo (12min42), El Empleo (6min25), A Pequena vendedora de fósforos (6min40); Livros: Os Fantásticos Livros Voadores do Sr. Morris Lessmore (15min07), A menina que odiava livros (7min20)
15h00 – Música: Orquestra de Trincheira
15h30 – Lançamento de livros
16h00 – Debate: Federalismo Anarquista (René Berthier, Federação Anarquista Francófona)
18h00 – Debate: O Papel das mulheres Anarquistas-Magonistas na revolução mexicana (Federación Anarquista Mexicana)
18h00 – Debate: A Copa do Mundo no Brasil numa Perspectiva anarquista (Rosanegra A.D.F.; Comitê Popular da Copa de São Paulo)
18h00 – Debate: Núcleo Pró-Federação Libertária de Educação (Rio de Janeiro)
18h30 – Oficina: Jongo Bandeira Preta (Santo André/SP)
20h00 – Encerramento da V Feira Anarquista de São Paulo

Ao longo de todo o dia:

ESPAÇO PARA CRIANÇAS ADELINO DE PINHO
O espaço Adelino de Pinho é destinado às crianças de diferentes idades que estarão com suas mães, pais ou responsáveis na Feira Anarquista. Esta é uma proposta do Laboratório de Educação Anarquista (LEA) e da Pequena Mafalda e contará com as seguintes atividades:

– Contação de História
– Oficina de construção de personagens com saco de papel
– Oficina de massinha: Crie seu mito
– Brincadeira da “Partilha do Tesouro”
– Conversa com mães e pais
– Espaço de Dádivas Infantis

Com alguns colchonetes, brinquedos, materiais reciclados e papel, é um espaço lúdico que possibilita a presença de amigas, amigos, pais, mães, tios, tias, irmãos, irmãs, avôs, avós e afins que querem estar presentes na Feira acompanhadas das crianças.

Os responsáveis pelo espaço contam com voluntários que se disponibilizem a ajudar nas atividade, garantindo um espaço de educação, divertimento, segurança e bem-estar estar.

Se você puder ajudar, procure o ESPAÇO PARA CRIANÇAS ADELINO DE PINHO na Feira e inscreva-se para colaborar neste importante trabalho.

DÁDIVA
Espaço da dádiva e material anticonsumo (Fenikso Nigra e Barricada Libertária, Campinas/SP)

EXPOSIÇÕES
– OPINIÃO PÚBLICA DIRET(A) – Pichação e grafite libertário

A exposição Opinião Pública Diret(A) – Pichação e grafite libertário apresenta registros fotográficos captados em cidades do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro), Peru (Lima, Cusco), Bolívia (La Paz) e Paraguai (Assunção). Registros que revelam temas, problemas e contradições sociais, e também da presença libertária no espaço público, que se não aparecem nos meios de comunicação dominantes, tornam-se visíveis no dia a dia em traços velozes e anônimos que percorrem muros e paredes das cidades.
(Ruivo Lopes é educador, poeta, fotógrafo e anarquista)

– Ás

As fotografias da exposição buscam documentar as aparições do símbolo anarquista “A na Bola” capturados pelo olhar de diversos militantes anarquistas na cidade de São Paulo e outras cidades do Brasil e do mundo.

– EXPOSIÇÃO BAKUNIN 200 anos
Com esta exposição, pretendende-se resgatar a figura de Mikhail Bakunin (1814-1876) através de produções artísticas ao longo do tempo (do século XIX até produções contemporâneas) que homenagearam o revolucionário russo.

COMIDA
Infelizmente, não é permitida a venda de alimentos no Tendal da Lapa. Por isso, compre antecipadamente sua comida, seu lanche e sua bebida para leva-la no dia. O espaço do Tendal é grande e há diversas áreas verdes onde se pode realizar um piquenique. Na região há poucas opções de locais para comer, ainda mais num domingo, por isso, programe-se.

Lembramos ainda que é importante levar sua garrafa ou copo de água pois o Tendal da Lapa não possui bebedouros, somente filtros de água.

Local do evento:
Espaço Cultural Tendal da Lapa
Rua Constança, 72 – Lapa, São Paulo/SP, Brasil
Próximo à estação de trem e terminal de ônibus Lapa.
Para mais informações entre em contato: feiraanarquista@gmail.com
Entrada Gratuita.

Organização:
Biblioteca Terra Livre

agência de notícias anarquistas-ana

folha seca
sobre o travesseiro
acorda borboleta
Alice Ruiz

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Carta aos brasileiros (da Esquerda) – por Carlos Latuff


Carta aos brasileiros da esquerda

Afinal, Dilma Rousseff garantiu mais um mandato, derrotando o tucano Aécio Neves. Foi por um triz, como na eleição de 2010, ao enfrentar o também tucano José Serra. Naquele ano, como agora, votei em Dilma, não por apoiar a agenda de seu governo e sim por acreditar que, as coisas podem não melhorar mas certamente podem piorar, e no meu entendimento, Aécio Neves simboliza o retrocesso, o agravamento de um problema.

Meu voto não é um cheque em branco à Dilma e seu partido, nem tão pouco é um voto de confiança no sistema eleitoral. Com sua política de alianças com o que há de mais patife na política brasileira, o governo de Dilma Rousseff não me representa, como também não representa os indígenas e quilombolas, estes sequer citados nos debates e propagandas dos candidatos. Quero crer também que não representa os moradores de favelas cuja ocupação por tropas do exército foi autorizada pela presidenta. E acredito ainda que não representa a parcela do movimento social que não foi cooptada pela máquina do governo.

Claro que me agrada aos olhos ver os “coxinhas” se consumindo no próprio ódio ao saber que a “ditadura comunista do PT” terá um fôlego adicional de 4 anos, mas não tenho qualquer esperança de que o Partido dos Trabalhadores, com todos os compromissos firmados com o agronegócio, banqueiros, empresários, e mesmo a “guerra contra as drogas” de Washington, possa retomar as velhas bandeiras de luta do movimento social. O movimento social no Brasil precisa livrar-se dessa polarização entre PT e PSDB, livrar-se da cooptação, e trabalhar por uma alternativa à esquerda, uma alternativa que não busque como meta o governo e sim o poder. Acabar de vez com essa oligarquia, com o coronelismo, com o poder de famílias que possuem terras, emissoras de TV e rádio, e mesmo estados inteiros. São estes os verdadeiros detentores do poder no Brasil.

Quanto a mim, retorno agora à oposição de esquerda e continuo colocando minha arte a serviço do movimento social. A quem acredita que pelo meu voto crítico eu aderi ou capitulei ao governismo, peço que refreie sua leviandade e guarde essa carta como referência futura.

Carlos Latuff é cartunista.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Estudantes sequestrados no México, a polícia e o narcotráfico - por Latuff

Fonte: http://latuffcartoons.wordpress.com/

São Paulo: Ativistas invadem sítio e resgatam 100 chinchilas criadas para fazer pele - ANA


São Paulo: Ativistas invadem sítio e resgatam 100 chinchilas criadas para fazer pele
[Na noite de domingo (19 de outubro), cerca de 100 chinchilas foram libertadas de um criadouro num sítio em Itapecerica da Serra (SP) por um grupo de ativistas da Frente de Libertação Animal (ALF, sua sigla em inglês). Recentemente foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo um Projeto de Lei (PL) que "proíbe a criação e manutenção de animais com o intuito de usar sua pele", e que precisa ser aprovado ou vetado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin. A seguir, comunicado da ALF sobre a ação direta.]

C o m u n i c a d o:
Não acreditamos em petições, em PL, em lei, não acreditamos em nada que seja relacionado ao estado opressor, pois no mundo onde vivemos, não existe justiça, e não a alcançaremos se não lutarmos com as nossas próprias mãos por ela! Sendo assim a ação direta é a nossa escolha, pois com ela acreditamos ao menos passar perto do termo LIBERTAÇÃO ANIMAL, uma vez que, enquanto respondemos essas perguntas, centenas de milhares de vidas estão sendo arrancadas pelas mãos do homem opressor, não podemos ficar simplesmente “aguardando” ou nos manifestando “pacificamente”, acreditando em promessas vazias e em engravatados do poder, que lucram com a morte de todos esses animais. Nós somos a avalanche, que vem derrubando os muros dessa sociedade doentia capitalista. Continuaremos salvando vidas, sendo livres, e livrando!

Se querem mesmo nos ajudar, pedimos que se organizem melhor, de forma descentralizada, autônoma e libertária, livres de qualquer tipo de preconceito, políticos e instituições do governo, livres de exposições desnecessárias nas redes sociais, pois sofremos uma enorme perseguição, afinal, somos quem fere os interesses econômicos do país, ou seja, somos o inimigo n° 1 do estado, portanto, devemos nos cuidar e cuidar de todos que lutam por essa causa!

Não aceitaríamos de maneira nenhuma dar uma entrevista ou sequer registraríamos uma ação desse tipo se não houvesse um único propósito, o de abrir os olhos da sociedade, pois a cada dia que passa, conhecemos mais e mais pessoas que simpatizam com a libertação animal, porém, ainda precisam de muita instrução para executarem ações bem sucedidas!

Gostaríamos de deixar claro que não estamos sozinhos. Em todo lugar do mundo existem células A.L.F., informe-se, converse apenas com pessoas de sua total confiança, forme a sua célula, não combine nenhuma ação ou algo do tipo via redes sociais, telefones celulares… existem outros meios de comunicação, a mais segura de todas continua sendo a conversa pessoalmente! Lembrando, apenas com pessoas de sua total confiança!

Lembrando que:
Nós não iremos alcançar a libertação animal de forma pacífica/passiva! As leis não favorecem nem a nós (animais humanos), Imaginem só esperar por leis que irão realmente favorecer a eles (animais não humanos)? Nós não iremos parar por aqui até que não exista mais exploração animal e da Terra. Portanto, não importa onde estivermos, estaremos resistindo e lutando por toda e qualquer forma de vida que ainda resta nesse planeta.

Sendo assim… só nos resta a LUTA.

Com amor…

Frente de Libertação Animal

agência de notícias anarquistas-ana

Sulco fundo de arado.
A terra aberta ferida
Eis a vida.
Eunice Arruda