Custos de sistema anti-míssil podem explicar operação em Gaza
Na história
sempre temos pretextos para ações militares, desde pretextos reais que são
maximizados para mobilizar a população, como o assassinato do o arquiduque
Francisco Fernando herdeiro do Império Austro-Húngaro em 28 de junho de 1914
que levou a primeira Guerra Mundial, como pretextos fabricados
intencionalmente, como o incidente do Golfo de Tonkin, fabricado
intencionalmente pelo governo Norte-americano para justificar o começo da
Guerra do Vietnam.
Todos estes
pretextos têm por objetivo começar uma ação militar com fundo econômico. Se
olharmos a invasão da faixa de Gaza como uma consequência do assassinato de
três jovens Israelenses dentro de uma área dominada pelo governo Israelense e
por consequência dentro da sua jurisdição de investigação e punição dos
assassinos, vemos que mais uma vez estamos a frente de um incidente que foi
maximizado.
Invadir a
faixa de Gaza com as baixas previstas pelo eficiente exército de Israel, não
faz sentido dentro da lógica de retaliação empregada sistematicamente por esse
Estado, até o dia 17 de julho foram confirmada a morte de 27 soldados
israelenses e mais de 100 feridos, número de mortes que será bem amis pesado à
medida que o ritmo da ação se desenvolver.
Mas qual
seriam os verdadeiros motivos da invasão, os famosos túneis que cruzam a
fronteira e que com a tecnologia de prospecção do subsolo que existem hoje em
dia são facilmente detectados ou os foguetes Qassam que são atirados pelo Hamas
sobre Israel.
Pelo número
de vítimas durante o período que os arcaicos foguetes Qassam estão sendo
usados, não deveria ser a causa de tão arriscada invasão, pois em mais de 14
anos de lançamento destes foguetes morreram menos israelenses do que no início
desta invasão, entretanto, como diz um bom policial, para achar um criminoso
procure primeiro um motivo econômico e talvez esteja por aí o motivo da invasão
da faixa de Gaza.
O foguete
Qassam é um parente próximo aos grandes rojões empregados em espetáculos
pirotécnicos. É um pequeno conduto de aço de 11,5 cm de diâmetro, propulsionado
por uma mistura de açúcar e nitrato de potássio (fertilizante agrícola) que o
estopim é constituído por um cartucho de arma de fogo acionado por um prego. A
carga explosiva é composta de TNT e outro fertilizante o nitrato de ureia.
Como se
pode ver o Qassam é uma arma extremamente rudimentar, ultrapassada e BARATA. Se
formos pesquisar na Internet a estimativa de custo de cada Qassam é de
R$3.000,00 a R$1.500,00, e se feito em massa este custo pode cair ainda mais.
Após o
início do uso dos foguetes Qassam, Israel desenvolveu um sofisticado sistema de
proteção contra estes foguetes que na prática derruba 100% deles, logo sobre o
ponto de vista de sinistralidade o Qassam é mais uma lenda do que uma arma.
Apesar de
toda a disparidade tecnológica há uma disparidade maior que justifica a invasão
da faixa de Gaza, o custo da defesa contra estes foguetes primitivos. No início
do lançamento dos Qassam Israel começou a desenvolver um sistema eficientíssimo
para intercepta-los, o chamado “Iron Dome”. Este sistema possui várias partes
desde radares e centros de controle até os fantásticos foguetes Tamir, é um
sistema eficiente (bem melhor do que o Patriot norte-americano) e funciona perfeitamente,
com um pequeno problema O CU$TO.
Cada
sistema é composto por uma base que tem um custo de implantação do sistema foi
previsto um custo de US$680 milhões para o ano fiscal de 2013, e o total já
deve ter ultrapassado o custo de quase meia dezena de bilhões de dólares. Porém
o custo de implantação não é o único, para cada míssil Qassam lançado deve-se
lançar dois mísseis Tamir,e cada míssil Tamir custa entre US$60.000,00 ou
US$100.000,00 (conforme as estimativas feitas).
Quanto às
guerras dos mísseis podemos resumir o seguinte. A cada míssil Qassam
(US$500,00) lançado com absoluta certeza que não vai atingir nada, devem ser
lançados dois misseis Tamir (US$120.000,00 ou US$200.000,00) que deverão com
certeza atingir o Qassam.
Por menos
recursos que tenha Hamas o custo de um lançamento dos Tamir corresponde a 240 a
400 mísseis Qassam e se o Hamas gastar US$100.000,00 nos seus foguetes Israel
deverá gastar US$24 a US$40 bilhões para intercepta-los.
Fonte: http://jornalggn.com.br/
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