Capitães e tripulação não se intimidaram - ONG Sea Sheperd salvou 784 baleias em operação na Antártida
Foto: Simon
Ager
A operação
Relentless, da ONG Sea Sheperd, salvou a vida de 784 baleias da frota baleeira
japonesa. Os caçadores culparam a organização por um de seus três piores anos
de matança na Antártida. A Agência Japonesa de Pesca disse que os baleeiros
“muitas vezes tiveram que correr para longe do grupo e eles eram impedidos de se
envolver em sua ‘pesquisa’ (baleeira) .”
“Apesar do
fato da temporada de caça ter durado mais tempo do que nunca; e mesmo com os
caçadores terem sido mais agressivos do que em anos anteriores; os esforços
incansáveis da tripulação da Sea Shepherd, garantiu que os baleeiros não
atingissem nem um quarto do seu objetivo. Minha equipe e eu estamos hoje
celebrando a vida das 784 baleias que estão nadando livres no Santuário
Antártico, agora, devido a intervenções diretas da Sea Shepherd”, disse o
capitão Peter Hammarstedt. As informações são do site do grupo.
“A
controversa prática do Japão foi
agora oficialmente condenada pelo Tribunal Internacional de Justiça. O que
a Sea Shepherd diz há anos foi agora confirmado pelo mais alto tribunal
internacional: a caça de baleias do Japão na Antártida é uma caça comercial.
251 baleias foram mortas dentro de um santuário de baleias por uma operação
financiada pelo governo. Graças à enorme dedicação de nossos comandantes e
tripulação, este número acabou por ser um dos mais baixos desde que a operação
de caça Jarpa II foi iniciada”, afirmou Alex Cornelissen, também capitão da
organização.
Na semana
passada, a Corte Internacional de Justiça decidiu que o programa japonês não
tem objetivo científico, como afirmavam, e ordenou o país a acabar com a caça
na região. O Japão disse que vai respeitar a decisão da corte, e não vai enviar
frota baleeira para o Santuário Antártico das Baleias para a temporada
2014-2015.
“Apesar dos
implacáveis ataques pelos navios japoneses terem colocado em perigo a vida da
tripulação da Sea Shepherd, em vez de serem intimidados, os capitães e
tripulação aceitaram o desafio e continuaram a enfrentar os caçadores. Hoje eu
dedico essa vitória às baleias que nós não conseguimos salvar, às baleias que
foram mortas dentro de um santuário. Nosso compromisso com as baleias é mais
forte, maior e mais firme hoje do que era nunca, e se os caçadores voltarem, eles
serão recebidos por toda a força da Sea Shepherd”, disse o capitão Sid
Chakravarty.
Segundo o
site G1, o Japão anunciou que matou 251 baleias durante a campanha anual de
“pesca científica” no oceano Antártico. O número, divulgado pela Agência
Japonesa de Pesca, é superior ao da campanha anterior (103), mas muito inferior
ao objetivo fixado de 935 baleias para esta temporada, que começou em 3 de
janeiro e terminou em 13 de março.
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