terça-feira, 25 de agosto de 2009
Chomsky com Chávez em Caracas
Chomsky com Chávez em Caracas
25-Ago-2009
O presidente da Venezuela recebeu Noam Chomsky em Caracas. O linguista norte-americano está de visita à Venezuela e numa conferência que deu, nesta Segunda feira, na capital venezuelana condenou o uso de bases colombianas pelo exército dos Estados Unidos, considerando que não é séria a justificação dos EUA, de combate ao narcotráfico.
"Já era hora de nos visitares, já era hora de o povo venezuelano te ouvir e te ver", saudou Hugo Chávez ao receber Noam Chomsky no palácio presidencial de Miraflores.
Chávez disse que na Venezuela as ideias de Chomsky são bem conhecidas e divulgadas e lembrou que, em 2006 na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, recomendou a leitura do livro de Chomsky "Hegemonia ou sobrevivência". Entre "hegemonia ou sobrevivência, nós optamos pela sobrevivência", destacou o presidente venezuelano.
Noam Chomsky, por sua vez, agradeceu as palavras de Chávez e referiu "é emocionante ver como na Venezuela se está a criar este outro mundo possível e ver o homem que inspirou essa mudança".
"Falar da paz e criticar quem está contra ela é fácil. O difícil é criar um mundo novo e diferente", salientou o ensaísta norte-americano.
Após reunir com o presidente venezuelano, Chomsky deu uma conferência no Teatro Teresa Carreño da Caracas, na qual declarou:
"A justificação dos Estados Unidos para a instalação de bases militares na Colômbia é a luta contra o narcotráfico, esta justificação é sem dúvida pouco séria. Existe uma atitude intervenção sob o pretexto do narcotráfico".
Chomsky considerou que a Venezuela só pode ter uma resposta perante as bases e apelou às nações latino-americanas a que na reunião da Unasur1 (em 28 de Agosto em Bariloche na Argentina) elaborem "uma declaração forte opondo-se à militarização do continente e à presença norte-americana nas bases militares colombianas".
1 UNASUR - União das nações sul-americanas, comunidade política e económica composta por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Perú, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Fonte: http://www.esquerda.net/
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