"Companheiro" era um infiltrado do FBI
[Recentemente foi descoberto um agente secreto do FBI que se infiltrou e espionou as comunidades anarquistas e anti-guerra nas cidades de Tacoma e Olympia, localizadas no Estado de Washington. Nos últimos dois anos o militar participou de reuniões, eventos e ações organizadas pelos ativistas em ambas as cidades levantando informações sobre ele/as. Suspeita-se que exista uma grande rede de espionagem em todo Estados Unidos mirando anarquistas, ecologistas radicais, ativistas anti-guerra, entre outros dissidentes. A seguir um texto escrito por um companheiro estadunidense que também pode servir de alerta para comunidades anarquistas fora daquele país.]
Um aviso aos companheiro/as anarquistas
A caça às bruxas continua. A Limpeza Vermelha e o McCartismo, muitos diriam, são relíquias dolorosas, e pertencem ao passado. Infelizmente, como o programa jornalístico independente Democracy Now! (Democracia Já!) divulgou, isto não é verdade.
O Governo Federal dos Estados Unidos, uma entidade que somente existe para receber ordens do setor privado (veja o desastre do setor da saúde), ainda está tentado criminalmente encontrar terroristas insanos que bombardeiam as pessoas, vivem nas florestas, e aspiram um mundo de caos, que também se auto-referem como anarquistas. Para o desalento deles, isto é, na verdade, um tanto difícil de encontrar.
Esta não é a hora e nem o lugar em que tratarei sobre violência; que é uma discussão muito válida. Mas não hesitaria em afirmar que o/as anarquistas são estatisticamente muito menos violentos que os chefes de estado, corporações ou a maioria dos outros grupos.
Infelizmente para o/as anarquistas, isto não é uma relíquia, e devemos ser cauteloso/as e vigilantes em relação ao que fazemos e com quem nos juntamos.
Brendan Maslauskas Dunn, anarquista e ativista antimilitarista, descobriu que um companheiro era na verdade um espião militar, assim como o Democracy Now! contou. Ele descobriu que seu amigo “John Jacob” era na verdade um espião chamado John Taylor, um espião militar que atuava via The Freedom of Information Act¹ (Ato pela Liberdade de Informação).
Qual era a missão do John Taylor? Maslauskas Dunn disse que ele fazia parte de um enorme projeto do FBI para monitorar os meios anarquistas a fim de encontrar motivos para dar batidas policiais nos Infoshops, ou nas casas do/as ativistas.
Segundo Maslaukas, entre outras ações realizadas, “a polícia colocou uma câmera, uma câmera de vigilância, na rua que dá para o centro comunitário do/as anarquistas em Tacoma, chamado Pitch Pipe Infoshop”.
Mais perturbador, a polícia planejava fazer uma batida na casa onde Maslauskas e outro/as ativistas vivem na tentativa de encontrar explosivos, drogas, e outras armas.
Companheiro/as, espalhem essa mensagem, especialmente em Tacoma e Olympia. Neste ponto, não sabemos empiricamente o quão meticulosa permanece esta operação. Então, tome cuidado com as novas pessoas dentro de seus próprios meios locais, mantenha suas orelhas e seus olhos abertos, e divulgue a informação para que companheiro/as anarquistas possam ficar atento/as. Com o capital global enfrentando crises, é muito provável que a caça às bruxas se intensifique.
Alex Bradshaw
[1] Lei que permite espionagem sem mandado judicial nos Estados Unidos, criada pelo ex-presidente estadunidense George W. Bush.
Tradução > Marcelo Yokoi
agência de notícias anarquistas-ana
Terreiro do sítio -
Rebrilham na escuridão
olhos de coruja.
Regina Alonso
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário