segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estado Assassino: Israel, a “democracia” tentou vender bombas atômicas ao regime do Apartheid.

Israel, a “democracia” tentou vender bombas atômicas ao regime do Apartheid
Uma série de documentos secretos da África do Sul revelam que Israel pretendia vender ao regime de “apartheid” sul-africano ogivas nucleares na década de 1970, sustenta na edição de hoje o diário britânico “The Guardian”.

Segundo aquele jornal, que terá tido acesso aos documentos descobertos por um académico norte-americano, as reuniões secretas entre altos funcionários dos dois países – que ocorreram em 1975 – demonstram que o então ministro israelita da Defesa e actual Presidente de Israel, Shimon Peres, ofereceu “três tamanhos diferentes” de ogivas ao homólogo sul-africano, PW Botha.

Peres e Botha tiveram mesmo um encontro a dois sobre o assunto,a 31 de Março de 1975.

A documentação dá ainda conta da existência de um acordo estratégico de cooperação militar entre Israel e a África do Sul, em que os Governos de ambos os países se comprometem explicitamente que as menções ao material nuclear “devem permanecer secretas”.

As informações constantes nestes documentos vêm, assim, trazer à luz provas de que Israel possui armamento nuclear, apesar da política de “ambiguidade” sempre seguida pelas autoridades israelitas, que não confirmam nem desmentem a existência de tal arsenal.

Os documentos foram descobertos por Sasha Polakow-Suransky, por um acaso, quando pesquisava – e copiava – documentos sobre as estreitas relações diplomáticas entre Israel e a África do Sul no período do “apartheid”.

Avança o “Guardian” que as autoridades israelitas tentaram bloquear o acesso do académico àqueles documentos, pressionando as autoridades sul-africanas pós-“apartheid” a não tirarem o estatuto secreto à documentação – os quais mostram ainda que a África do Sul pretendia obter as ogivas para que funcionassem como instrumento de dissuasão que potencialmente alcançasse os países vizinhos.

Fonte: http://www.estadoanarquista.org/blog/

Israel nega acordo de venda de armas nucleares à África do Sul - BBC-Brasil 24.05.2010
O presidente de Israel, Shimon Peres, desmentiu nesta segunda-feira uma reportagem do jornal britânico The Guardian que revelou documentos que supostamente comprovam a tentativa do governo israelense de vender, em 1975, armas nucleares à África do Sul.

A matéria do jornal alega que documentos secretos tornados públicos pelo governo sul-africano revelam que Israel ofereceu ogivas nucleares para o então regime do apartheid.

Segundo o jornal, os documentos seriam as primeiras evidências oficiais de que Israel possui bombas atômicas.

O governo israelense jamais negou nem confirmou ter armas nucleares.

O jornal diz que os então ministros da Defesa sul-africano, P.W. Botha, e israelense, Shimon Peres tiveram um encontro secreto em 1975, no qual Botha teria perguntado por armas nucleares e Peres teria respondido que Israel poderia oferecê-las em "três tamanhos", incluindo mísseis balísticos Jericó.

Segundo o Guardian, um acordo nuclear só não foi levado adiante por causa dos custos.

O diário britânico também publicou a foto de um acordo secreto de cooperação militar entre os dois países, assinado por Botha e Peres.

Fontes do governo israelense ouvidas pelo jornal Jerusalem Post dizem não ter dúvidas "de que os papéis que supostamente documentavam um acordo de venda de mísseis nucleares são completamente fabricados".

"Nós lamentamos que o jornal não achou certo que deveria perguntar por uma resposta oficial e examinar os fatos com fontes oficiais israelenses", disse o gabinete do presidente Peres ao jornal.

Acordo militar Os documentos secretos foram levantados pelo acadêmico americano Sasha Polakow-Suransky para seu livro sobre a aliança secreta entre Israel e o regime do apartheid da África do Sul.

O Guardian ainda revela que o governo israelense tentou impedir que o governo sul-africano tornasse públicos os documentos solicitados por Polakow-Suransky, alegando que as revelações seriam constrangedoras para Israel, justamente em meio a conversas da comunidade internacional em torno da não-proliferação de armas nucleares de outros países.

A extensão do poderio nuclear de Israel é mantida em segredo e qualquer tentativa de revelar detalhes sobre seu suposto programa de armas atômicas é duramente punida.

No domingo, o ex-técnico nuclear israelense Mordechai Vanunu, que passou 18 anos preso por ter revelado a um jornal britânico que Israel possuía armas nucleares, voltou a ser detido para cumprir uma nova pena de três meses por ter violado os termos de sua libertação condicional em 2004.

Em 1986, Vanunu, que era técnico na usina nuclear de Dimona, no sul de Israel, entregou fotos da usina e revelou detalhes de processos de produção de material nuclear no local ao jornal Sunday Times Por violar um contrato de sigilo, Vanunu foi sequestrado por agentes do serviço secreto israelense, o Mossad, na Itália, acusado de traição e espionagem, e condenado à prisão.

Solto em 2004, ele continua sob vigilância e proibido de ter contatos com estrangeiros e viajar sem permissão do governo. Em dezembro, Vanunu, de 55 anos, foi detido novamente em um hotel em Jerusalém quando conversava com uma mulher norueguesa.

Passaportes falsos Ainda nesta segunda-feira, a Austrália expulsou um diplomata israelense dizendo que Israel esteva por trás da falsificação de passaportes australianos usados por agentes que mataram um comandante do grupo palestinos Hamas em um hotel em Dubai.

O governo australiano declarou que a conduta de Israel no caso "não foi a ação de um país amigo".

Mahmoud al-Mabhouh foi morto em janeiro por pessoas que usavam passaportes da França, Irlanda, Alemanha, Reino Unido e Austrália.

O governo britânico já havia expulsado um diplomata israelense em março, dizendo que havia fortes evidências de que Israel teria organizado a falsificação de passaportes do país.

O governo israelense disse que não havia provas de que estava por trás do assassinato. No entanto, as autoridades de Dubai disseram que estavam 99,9% certos de que agentes do Mossad eram os autores da morte de Mabhouh.

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