segunda-feira, 5 de abril de 2010

20 anos do Massacre de Acari – Por Latuff


A Chacina de Acari, como ficou conhecida, ocorreu no dia 26 de julho de 1990, quando onze pessoas, dentre elas sete menores,moradoras da favela do Acari no Rio de Janeiro, foram retiradas de um sítio em Suruí, no bairro do município de Magé, onde passavam o dia, por um grupo que se identificava como sendo policiais.

Os sequestradores queriam jóias e dinheiro, e após supostamente negociarem a sua libertação por meio de um pagamento, durante cerca de uma hora, segundo a única testemunha do caso, Dona Laudicena, já falecida, os sequestradores levaram as onze vítimas para um local abandonado. Nem eles nem seus corpos até hoje foram encontrados.

As mães dos desaparecidos começaram uma busca por seus filhos e por justiça, e ficaram conhecidas como as Mães de Acari (local onde a maioria dos sequestrados morava). O inquérito, que recebeu nova data em 1998, e o inquérito sob o número 07/98 na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense está aberto e sem progressos.

Em sua luta por justiça, as mães sofreram perseguições, calúnias e ameaças. Uma das mães, Edméia da Silva, foi assassinada em 20 de julho de 1993, supostamente por vigança.

Os onze seqüestrados (e suas idades à época):
Viviane Rocha, 13 anos
Cristiane Souza Leite, 16 anos
Wudson de Souza, 16 anos
Wallace do Nascimento, 17 anos
Antonio Carlos da Silva, 17 anos
Luiz Henrique Euzébio, 17 anos
Edson de Souza, 17 anos
Rosana Lima de Souza, 18 anos
Moisés dos Santos Cruz, 31 anos
Luiz Carlos de Vasconcelos, 37 anos
Edio do Nascimento, 41 anos

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