quinta-feira, 29 de abril de 2010

A magistral Polícia Militar de São Paulo – essa é a herança de anos e anos de PSDB um governo que faz muito, e bota muito nisso!


PMs são acusados de bater e forjar flagrante em SP
AFONSO BENITES - da Reportagem Local - UOL

Dois policiais militares estão sendo investigados pela corporação sob suspeita de forjar uma apreensão de drogas e agredir um office boy e um ajudante geral numa ação que resultou na prisão de um deles na Casa Verde, zona norte de São Paulo.

Agressões
Segundo a denúncia, os PMs jogaram gás de pimenta nos olhos dos rapazes, ambos de 21 anos, e usaram algemas como soco inglês. Um exame do Instituto Médico Legal, feito na época, comprovou as agressões.

O office boy ficou quatro meses preso por tráfico de drogas. Os advogados sustentam que a PM "plantou" as 37 pedras de crack encontradas com ele.

O rapaz foi solto após o Tribunal de Justiça conceder um habeas corpus no qual contestou a forma como a PM agiu. O TJ disse que os policiais deveriam ter revistado os rapazes na presença de uma testemunha.

Os jovens afirmam que andavam de moto quando foram abordados pelos dois policiais. Os PMs anunciaram a apreensão da moto do office boy, porque ele não tinha habilitação.

Os rapazes e os policiais se agrediram na rua Lucila, em frente à igreja Nossa Senhora das Dores e próximo a uma feira livre. Um padre pediu para que os PMs parassem de bater nos dois. Diz ter sido tratado agressivamente pelos PMs.

Durante a briga, o office boy fugiu dos PMs, mas foi pego minutos depois. Ele foi levado para o quartel, onde diz ter apanhado mais. Dessa vez, os outros policiais que estavam no plantão também os agrediram, segundo a denúncia. Os policiais negam as agressões.

Flagrante
Depois de ficarem cerca de 40 minutos no batalhão da PM, os jovens foram apresentados no 13º DP, onde foi registrado um boletim de ocorrência relatando os crimes de lesão corporal, desobediência, resistência à prisão e tráfico de drogas.

O advogado Antonio Funari Filho disse que se o rapaz fosse traficante teria tempo para se livrar das drogas. "A tese de tráfico é absurda. Antes da prisão, ele conseguiu fugir da PM".

Motoboy foi torturado por PMs, diz secretário
da Reportagem Local - UOL

O secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse em reportagem publicada na Folha deste sábado que não tem dúvidas de que a morte do motoboy Eduardo Luís Pinheiro dos Santos, 30, no último dia 9, na zona norte de São Paulo, foi resultado das torturas que ele sofreu de policiais militares.

A reportagem está disponível para assinantes de jornal e do UOL.

"Não temos dúvida alguma de que ele sofreu tortura, e que foi a tortura que levou o rapaz a óbito", disse. Ferreira Pinto afirma que as investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) apontam que a cena da morte na rua foi "montada" pelos policiais. Segundo ele, o local em que o motoboy sofreu maus-tratos foi uma edícula no prédio da PM.

Os nove policiais militares suspeitos de envolvimento negaram ontem ter cometido o crime.

Ferreira Pinto diz que o caso irritou o governador Alberto Goldman (PSDB) e seu partido, que temem a exploração eleitoral do episódio.

Crime
A vítima morreu após ser espancada. Horas antes, na noite de 9 de abril, o homem havia sido detido com outras três pessoas pelos policiais que foram atender uma ocorrência de furto de bicicleta na esquina da rua Maria Curupaiti com a avenida Casa Verde. Segundo a corregedoria da PM, os suspeitos foram levados para o batalhão da PM ao invés de irem para a delegacia.

No mesmo dia, por volta da meia-noite, a vítima foi encontrada caída no chão por outros policiais na esquina da rua Voluntários da Pátria com a avenida Brás Leme, também na zona norte. O homem foi levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

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