terça-feira, 6 de abril de 2010

Estado Assassino: Israel mantém mais de 300 crianças palestinas presas, afirma ONG - Por Marina Terra


Israel mantém mais de 300 crianças palestinas presas, afirma ONG

O Centro Palestino para a Defesa dos Presos, organização não governamental, emitiu um comunicado dizendo que Israel mantém em prisões israelenses comuns 340 crianças palestinas. O texto ressalta que os menores, que são julgados por tribunais israelenses como adultos, são submetidos a abusos e violações, incluindo tortura e isolamento em solitárias.

As crianças também estão sujeitas a detenções administrativas, sem acusação formal ou julgamento, pontos que violam o direito e os acordos internacionais. De acordo com o instituto palestino, existem 50 crianças em regime de detenção que precisam de cuidados de saúde essenciais e pelo menos 10 crianças sofreram intoxicação alimentar.

O PCDD pediu no comunicado, emitido pela ocasião do Dia da Criança na Palestina, para que grupos internacionais de direitos humanos intervenham para assegurar a libertação incondicional de todas as crianças detidas e obrigar Israel a respeitar as leis internacionais. O Estado judeu mantém mais de oito mil prisioneiros, sendo que 1,6 mil em péssimo estado de saúde.

Realidade
O grupo de direitos humanos israelense B'Tselem disse que as forças de segurança de Israel nos últimos meses "violaram severamente" os direitos de crianças com idades entre 12 e 15 anos.

A família de um menino de 13 anos de Hebron, na Cisjordânia, preso em 27 de fevereiro por uma patrulha militar e detido durante oito dias, processou as autoridades israelenses. O adolescente Al-Hasan Muhtaseb contou que foi interrogado sem um advogado até tarde da noite, forçado a confessar que teria atirado pedras contra soldados e instruído a assinar uma confissão, escrita em hebraico, além de ter sido mantido em celas com adultos e submetido a um julgamento em tribunal militar.

O garoto, de acordo com a ONG israelense, só foi libertado sob fiança, oito dias depois, após diversos grupos de direitos humanos pressionarem o governo de Israel. Como havia assinado uma confissão, Al-Hasan ainda enfrenta acusação por ter atirado pedras – crime com a pena máxima de 20 anos de prisão.

Al-Hasan foi capturado pelas forças israelenses com o irmão de 10 anos, Amir Muhtaseb, liberado pouco depois. O adolescente teve os olhos vendados durante o trajeto e contou que na prisão não havia outras crianças.

Fonte: http://www.operamundi.com.br/

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